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quarta-feira, 16 de março de 2022

Perda Gestacional: Essa dor vai passar!



Oi!!!

Há quatro anos atrás escrevi sobre a minha vivência com a perda gestacional aqui no blog (aqui, aqui e aqui). Recebo muitos recados via WhatsApp de mães que também passaram pelo processo de perda gestacional querendo conversar, saber como foi depois de tudo o que aconteceu. Resolvi então escrever para você, que também teve uma perda gestacional.

Bem, foi um processo doloroso, mas também muito transformador. Tive sentimentos profundos e que me acompanharam por um tempo... me culpei, me senti incapaz, me senti estranha em uma sociedade que vê a perda gestacional como um segredo guardado a 7 chaves, como se o ocorrido não pudesse ser pauta de nenhuma conversa, me senti tratada com mais uma na estatística por médicos. Nesse processo também percebi a quantidade de mulheres próximas a mim que também haviam passado pela perda gestacional. O fato de conversar muito com amigas, escrever aqui no blog e nas redes sociais a respeito trouxe um movimento interessante. Um movimento de pessoas que também queriam falar, que queriam ser ouvidas, que queriam compartilhar as suas vivências como forma de cura, desabafo, medo do inesperado etc. Na dor a gente aprende tanto, mas tanto...eu me permiti aprender com essa experiência. 

Denominamos nosso bebezinho como Saulo e aos poucos fomos ressignificando tudo o que vivemos. A maternidade me transformou muito, e a perda gestacional também. Nesse processo tentei olhar para dentro de mim e dentro da minha casa. Comecei a olhar para a minha relação com Deus, de fé, de crenças. Sempre me perguntava o "porquê" disso? E hoje vejo que essa pergunta pode ter várias respostas, e acredito que muitas delas nunca saberei. Quando houve a perda eu, meu marido e a Nina (minha primeira filha) nos fortalecemos juntos. Resgatamos aos poucos os nossos sonhos. Comecei a olhar para as mulheres ao meu redor com ainda mais admiração e ainda mais respeito pelas histórias, pelas suas origens, pelas suas vivências. Aprendi que cada história é única. Eu queria acelerar o tempo para resolver isso, mas tive que aprender a dar tempo ao tempo. No fundo no fundo nunca deixamos de acreditar que seríamos capazes de gerar uma nova criança, mas a nossa força foi aos poucos chegando. Meu corpo também foi se recuperando aos poucos. Foram algumas tentativas para que pudéssemos efetivamente engravidar, e sim, isso aconteceu!



Após 6 meses da perda gestacional veio a notícia de que estávamos grávidos novamente! Foi até bem rápido!!! Nos munimos de prudência até para comemorar (mas no fundo meu coração estava explodindo de felicidade). Tivemos um medo grande da história se repetir. A cada ultrassom que passava respirava aliviada. E o coração foi se tomando de amor profundo novamente pela nova vida. A segurança foi chegando em passinhos de tartaruga, mas chegou! Sempre que desesperava, respirava fundo, e mentalizada em um dia por vez, um dia por vez, um dia por vez. Foi uma gravidez muito bem vivida, e comemorada! A cada dia que passava eu nem acreditava que estava vivendo aquilo. E chegou ao mundo a nossa Ana Sol, nossa bebê arco-íris. O nome é super sugestivo para os dias de escuridão que vivemos: recebemos a nossa Sol, nossa luz, nossa tão esperada criança, que veio pra trazer o arco-íris em nossas vidas! Quando ela nasceu e veio para o meu colo, ela me olhou tão profundamente, no fundo dos olhos, que não consigo esquecer. Parecia um reencontro! Agradeci, chorei, rezei, me entreguei!



Então querida mãe, se você está lendo essa mensagem após ter vivido a experiência da perda gestacional, quero te pedir de coração que cuide com todo amor do mundo de você! Sempre haverá uma luzinha lá no céu brilhando e um arco-íris para lembrar-lhe de que há sempre esperança na jornada, há crescimento, há reflexões, há amor, há vida, há planos de Deus...  Não compare a sua história com a de ninguém, nem o seu tempo com o de ninguém. Essa jornada é sua! Se ame, se abrace, se cuide e siga!

Toda vez que aparece um arco-íris no céu faço uma oração pelo meu Saulo...ele me ensinou tanto! Vamos fazer esse combinado? Sempre que ver um arco-íris por aí vamos rezar juntas?



Sinta o meu abraço bem apertado, com muito amor.
Essa dor no peito vai diminuir.




                                                                                                   









quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Se conecte com a sua natureza cíclica!

Assim como a “menstruação” é inevitável, as energias e/ou emoções associadas ao nosso ciclo também são. E são símbolos da natureza da mulher. Esse aspecto cíclico não é valorizado socialmente, e por questões internas ou externas muitas vezes tentamos ser constantes para atender as expectativas, sejam profissionais, emocionais ou de relacionamento.  

Ciclo Menstrual


Controlar esse fluxo, essa natureza essencial feminina é como tentar parar um rio muito caudaloso: impossível! Suas águas vão encontrar algum lugar para seguir fluindo e aí é quando aparecem as dores, as tensões pré-mentruais, a irritabilidade, entre outros sintomas que mostram que o rio esta encontrando outras formas para seguir o seu caminho, pois é um fluxo tão poderoso que não podemos estanca-lo. Da mesma forma quanto mais nos conectamos com a nossa natureza essencial, aceitando que somos cíclicas e que estamos em constante movimento, podemos aproveitar o que cada fase tem de melhor e “dançar” com cada uma delas.

A Medicina Tradicional Chinesa e outros saberes ancestrais, se baseiam muito na observação dos ciclos naturais: estações do ano, fases da Lua, alimentos disponíveis, posição dos astros. E isso se reflete também no corpo feminino! Nas lendas antigas e nas mitologias, as energias que a mulher experimenta durante o seu ciclo menstrual também estão descritas em quatro fases, um reflexo das fases da lua. Miranda Gray, terapeuta, artista e autora inglesa através do seu livro “Lua Vermelha” reúne essas informações associando cada uma dessas fases a um arquétipo: Donzela, Mãe, Feiticeira e Anciã.  Arquétipos, neste caso, são imagens e energias comuns a todas as mulheres independentemente da cultura a qual estamos inseridas.

Fases da lua e estação do ano


Existe uma semelhança de cada fase do ciclo menstrual com a energia de uma estação do ano e com as fases da Lua.
Nosso ciclo menstrual natural consiste em 4 fases (assim como o ciclo da Lua e as estações do ano). Estas caracterizam-se por diferentes processos que nos ajudam a interpretar e registrar os sinais do nosso corpo.

Observar o nosso ciclo nos permite identificar padrões, ver o que podemos/queremos mudar ou manter e permite nos acolher com respeito, sem culpas e auto julgamentos.
Acho lindo demais saber que temos nossas Luas internas! Temos primaveras, verões, outonos e invernos dentro de nós!
Acompanhar a relação entre o nosso corpo e a natureza, e aceitar que somos cíclicas é um grande exercício de autoconhecimento.

Geralmente só “percebemos” nosso ciclo menstrual quando sentimos a TPM ou quando estamos menstruadas, mas isso é apenas uma parte dele. A verdade é que o ciclo é contado do 1º dia da menstruação até o primeiro dia da próxima menstruação, ou seja, o ciclo dura o tempo todo e estamos sempre sendo influenciadas por suas diferentes fases.
Para começar, é importante sabermos que nosso ciclo pode ser dividido em 4 fases principais:
Fase 1: Menstruação (sangramento)
Fase 2:Folicular (pré ovulatória)
Fase 3: Ovulação
Fase 4: Lútea (pré menstrual)






Cada fase do ciclo menstrual faz analogia com uma fase da Lua e assim surgiram os termos lua interna e lua externa.
A lua interna se refere à fase do ciclo menstrual que você está vivenciando e a lua externa se refere à lua que está no céu naquele momento. Em alguns ciclos elas coincidem, em outros não. E está tudo bem!
Muitas mulheres, ao lerem que a lua nova se refere à menstruação acreditam que deveriam menstruar nela. Nada disso!
Nem sempre nosso ciclo menstrual vai se encaixar exatamente com a fase lunar correspondente.
Nosso ciclo transita entre as fases da Lua. Somos cheias, minguantes, novas e crescentes. Somos cíclicas em nossa luz e nossa sombra. Somos energia feminina em constante movimento.
Em cada uma das fases do nosso ciclo temos diferentes qualidades, habilidades, energias e sensações em nosso corpo, mente e emoções, que mudam nossa percepção e expressão. Seria como se nos comportássemos e nos expressássemos como a Lua e as estações do ano, manifestando essa energia cíclica da natureza em nós.
Não há necessidade de se encaixar em nenhum padrão. Apenas observe e utilize essas informações como mais uma forma de tornar consciente e conhecer seu ciclo e seus ritmos.
Quando vibramos com nossa energia cíclica, florescemos e realizamos nossa plena potência, nos tornamos mulheres conscientes, empoderadas de si mesmas, revelando e expressando nossa essência sagrada!

A lua nova e a Anciã representam a fase da menstruação, onde a mulher retira as energias físicas do mundo terrenal levando sua consciência ao mundo espiritual. Essa etapa traz a energia do inverno, nos pede para descansar, rezar, meditar e refletir. É uma fase de morte-renascimento onde as energias criativas que se gestam na mente podem gerar tanto uma nova vida como filhas-idéias, já que é nesse período onde começa um novo ciclo. Sugestão: Vá pra cama um pouco mais cedo esta semana e desfrute de um descanso extra.

A lua crescente representa a fase que vai desde o fim do fluxo menstrual até o começo da ovulação (fase pré-ovulatória). As energias dessa fase são dinâmicas, inspiradoras, de iniciativa, e se assemelham a uma jovem Donzela e à primaveraUma fase que nos pede ações independentes e a realização de tarefas. Sugestão: Faça uma lista de todas as coisas que você quer fazer esta semana e mãos á obra, a criar novos projetos.

Já a lua cheia se relaciona com a Mãe e representa o período da ovulação (fase ovulatória), as energias aqui se assemelham com a do verão e com a da maternidade pois contam com a energia de criar, sustentar e fortalecer. A criatividade interna da mãe surge para criar uma nova vida. Esta fase nos pede para ser amorosas, aproximar-nos das pessoas e expressar-lhes nossa gratidão. Sugestão: alimenta projetos e ideias que já existem.

A diminuição da luz durante a fase minguante reflete a diminuição da energia física da ovulação à menstruação (fase pré-menstrual), assim como aumento da criatividade, da magia e a palavra escolhida para este aspecto é a da Feiticeira, a qual tem o poder tanto para criar como para destruir. Nesta fase se liberam as energias que podiam ter criado uma nova vida, um filho, só que desta vez se desenvolvem no exterior pedindo-nos uma criatividade e espiritualidade independentes. Relaciona-se com a energia do outono. Sugestão: Deixa que o seu coração, o seu útero e a sua criatividade encontrem as imagens e palavras para expressar-se. TPM - tempo para mim!

Fonte: Mandala Lunar


Se comparamos o ciclo lunar com o feminino, as fases crescente e minguante são momentos de mudança e equivalem as etapas da Donzela e da Feiticeira. Já a lua cheia e a lua nova são períodos de equilíbrio, assim como as fases da Mãe e da Anciã.

Não é necessário que o ciclo pessoal acompanhe o ciclo lunar, o importante é estar em harmonia com o seu próprio ciclo.  Os limites entre uma fase e outra não são rígidos (uma semana num ciclo de 28 dias), as energias passam livremente de uma para outra numa fusão dinâmica. Pouco a pouco e com algum tempo de observação perceberemos como uma fase vai diminuindo sua força para iniciar à outra.

O mais importante é que cada uma perceba no seu ciclo, individualmente, como estas energias estão presentes, como nos influenciam e o tempo que cada uma delas nos acompanha. Muitas vezes uma só atividade em harmonia com cada uma das fases já nos faz sentir bem e nos alinhamos com nossa natureza!




Parece algo complexo e difícil?! Na prática é muito mais fácil de compreender estas relações já que fazem parte da nossa natureza essencial feminina. Uma sugestão para que nos conectemos mais e mais com essa natureza é anotar diariamente, o estado emocional, o nível de criatividade, ou de energia, o dia do ciclo e a fase da lua. Este recurso é também chamado de Diagrama Lunar. Essa observação diária ajuda a despertar nossa percepção entre o útero e a mente consciente, criando um vínculo positivo com o ciclo menstrual.

Quando reconhecemos e aceitamos nossa ciclicidade e aprendemos a utilizar os recursos pessoais que estão disponíveis diariamente, expressamos mais e mais o nosso Ser no mundo, nos sentimos em conexão com nós mesmas e com as pessoas ao nosso redor.

Se desejar entender mais sobre as fases da mulher, podem entrar em contato conosco e nos acompanhe através do @calima.souessencial. Além de informações, compartilhamos muitas dicas e ferramentas para nos auxiliar nessa jornada!

Abraços





Referência:
Livro: Lua Vermelha - Miranda Grey
www.mandalalunar.com.br
www.tendavermelha.com.br

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Mãe Egoísta?


Ser mãe é viver numa eterna encruzilhada de decisões. É ter que avaliar o custo de oportunidade. Uma reflexão constante sobre as oportunidades renunciadas e uma reformulação contínua dos projetos de vida, dos sonhos, das definições de viver bem.

Era tudo tão mais fácil quando éramos apenas nós mesmas. Nós por nós! Mas a maternidade chegou e o que fazer com todos aqueles sonhos?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

7 dicas para transformar seu ano


A cada Janeiro viramos o ano com um milhão de expectativas e promessas de um ano novo diferente de tudo que já vivemos e o que fazemos para isso ser realmente efetivo? As mesmas atitudes irão refletir os mesmos resultados e não é isso que a gente quer, né? Então comece a mudar você mesmo! Separamos alguma dicas para começar o ano com tudo:

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Minha transição capilar!

Em maio de 2017 eu resolvi não fazer mais escova progressiva no meu cabelo. Costume que eu tinha desde fevereiro de 2006.
Após 11 anos de cabelos alisados com produtos químicos, eu olhei para minhas fotos de cabelos cacheados e me deu saudade! Além disso, minhas duas filhas tem cabelos cacheados. Lindos! A mais velha sempre amou seus cachos, sempre usou seu cabelo natural e começou a me questionar o motivo por alisar o meu cabelo, já que eu sempre elogiava o dela.
Eu expliquei que quando eu fiz a primeira escova progressiva, aos 18 anos, não existia muitos produtos para cabelos cacheados , tão pouco salões especializados para os cuidados dos cachos. A química foi uma alternativa prática. 
Antes da progressiva, eu usava o cabelo natural e eventualmente, fazia escova e prancha e gostava do resultado liso (e ainda gosto!). Eu tinha a liberdade de escolher se queria usar o meu cabelo natural ou liso. Depois da progressiva, perdi isso!

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Meus 15 anos com longos cachos!
Fiquei muito dependente dos produtos alisantes. Usava meus cabelos nos tamanhos médios/longos e logo que a raiz começava a crescer, eu retocava a progressiva para igualar ao restante do cabelo.
Com o tempo, meu cabelo perdeu volume, ficou fraco, muito oleoso na raiz e seco nas pontas. Havia quebra dos fios e muita queda. Veio a segunda gestação e após o parto, a queda aumentou demais!
Fiquei durante toda a gestação e fase da amamentação sem fazer nenhuma química. Mas sempre mantinha os meus cabelos escovados e pranchados, para igualar a raiz ao restante do comprimento. Foi então que minha irmã Marina (que sempre elogiou os meus cabelos cacheados) sugeriu que eu cortasse e parasse de alisar meu cabelo. Mas na época eu não escutei o seu conselho e assim que parei de amamentar, fiz mais uma progressiva!

transição capilar
2011 com longos cabelos lisos!
Surgiu então a onda dos cabelos cacheados! Comecei a ver amigas e conhecidas iniciando a transição, muitas inspirações, novas tendências, uma variedade enorme de produtos para tratar e cuidar dos cachos (comecei a usar na minha filha), salões especializados para corte e tratamento...Tudo isso me encorajou. Somou-se ao apoio da minha irmã, ao admirar todos os dias os cachinhos das minhas filhas e então, decidi resgatar a minha identidade!
Fiz a ultima progressiva em maio de 2017. E em junho eu fiz o primeiro corte. Optei por não tirar toda a progressiva de uma vez (para isso, só cortando muito curto). Meu cabelo estava na cintura e cortei na altura dos ombros. Mas continuei fazendo escova e prancha para igualar a raiz ao restante dos fios.
Em março de 2018 fiz um novo corte. Tipo long bob. Depois desse corte decidi que eu não igualaria a raiz às pontas e sim o contrário: as pontas é que seriam igualadas à raiz. Comecei a utilizar produtos que auxiliavam na finalização e definição dos cachos. Mas ainda alisava a franja para ficar "mais ajeitado". (essa ainda era a minha visão)

transição capilar

Durante todo esse processo eu tive várias inspirações e foi conversando com uma delas que recebi a indicação de um salão especializado: Nataly Sgoviah Conceito Cachos. Fui no Instagram, vi vários "antes e depois" e na mesma hora resolvi marcar o meu horário, para tirar todo o cabelo que ainda estava alisado.
Fui, sem falar pra ninguém, cortar meu cabelo bem curto, como eu nunca havia usado! E que atendimento perfeito eu recebi! Fiquei encantada com o corte, a consultoria, as informações, as técnicas que aprendi, o apoio e a qualidade dos produtos. Quando me olhei no espelho após o corte e o tratamento dos meus cabelos, fiquei admirada! Parecia outra pessoa! Eu saí de lá tão feliz e realizada. Livre!
Postei o resultado no Instagram e recebi muitos elogios, palavras de apoio, de incentivo, que me fizeram ter ainda mais certeza de que eu estava no caminho certo.

Corte em Setembro de 2018
Quantas mudanças internas vieram junto com essa transição. Durante 1 ano e 7 meses (período em que estive neste processo), muitas coisas mudaram na minha vida.
Na semana passada, minha irmã Marina (sempre me incentivando), me indicou um filme para assistir: Felicidade por 1 fio, da Netflix.
O filme foi baseado no primeiro livro da série da autora Trisha R. Thomas chamado Nappily Ever After ("Crespos para Sempre") e fala da jornada de uma mulher em busca de si mesma e de seu cabelo natural. Em uma jornada de autoconhecimento. Recomendo em especial para quem quer passar, está passando ou já passou pela transição capilar. Criamos uma identificação: estes impasses não são apenas nossos, não estamos sozinhas!
Eu gostei demais do filme e ele mostra claramente o que eu percebi em mim. Quantas mudanças internas e comportamentais surgiram após o corte! Era o que faltava para fechar  meu 2018, que foi um ano decisivo e transformador!
Hoje estou curtindo o meu cabelo curtinho e pretendo deixar meus cachos crescerem bastante! Aprendi a amar e cuidar do meu cabelo natural. E sei que o dia que eu quiser, eu posso fazer uma bela escovinha e usar ele liso também!
Tô amando essa liberdade!
Agradeço imensamente às minhas filhas cacheadinhas que foram meu maior incentivo. Quando eu pensava em desistir, olhava para o cabelo delas e já queria o meu igual! À minha irmã Marina pelo apoio durante esses 1 ano e 7 meses. E a todas as mulheres lindas que passaram por esse processo e foram minhas inspirações!

"As mulheres podem continuar usando entrelaçamento se quiserem, elas podem alisar o cabelo se quiserem, é uma escolha, não há nada de errado com isso. 
Mas também precisamos que elas saibam que há beleza no cabelo natural." 
Felicidade por 1 fio



quarta-feira, 11 de julho de 2018

Outros Jeitos de Usar a Boca

Ser mulher neste país, como em muitos outros lugares do mundo, é travar batalhas diárias por direitos mínimos, por liberdade, por segurança... E nessas lutas tão cotidianas para nós, esbarramos com histórias cruzadas, histórias que se assemelham ou mesmo histórias idênticas que só mudam de endereço, muitas delas são comuns na experiência de traumas que vivemos enquanto ainda éramos crianças. 

É difícil ser mulher! Muitas feridas marcam nossa história de resistência e luta feminina, mas também parte dessa dor cicatriza e vira solo fértil para um belo jardim e, assim, conseguimos transformar tudo que nos roubou de nós em arte com muito de nós. 

E isso é herança, como as que vieram antes de nós nos deixaram um legado, nós também precisamos deixar isso para os que estão nascendo. 

Existem tantos livros interessantes de mulheres, famosas e outras nem tanto, que conseguem partilhar trajetórias brilhantes, de superação, de representatividade, de empoderamento, de conhecimento, de força! 

Faça esse exercício: leia mais escritoras, leia mais o que as mulheres têm para partilhar, leia sobre as grandes mulheres que mudaram a história e com frequência não são lembradas, leia sobre as mulheres da atualidade que enfrentam e ocupam espaços cercados de machistas. Leia mulheres! 

E não tenha medo, mulher, de partilhar sua arte também!

Um livro que conheci e amei (por ser muito impactante) foi outros jeitos de usar a boca.


quarta-feira, 4 de julho de 2018

Maternidade isentona: cesárea, aderências, alimentação e coragem!

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Instagram: @spiritysol

Sou tão insentona na vida, tão no centro, tão no meio do caminho que fico perdida quando me pedem para escolher lados! Quando você escolhe um, você perde tanto do outro, tantos estudos e práticas de pessoas geniais. Prefiro ser pragmática, tratando as situações e pessoas com certo relativismo, respeitando necessidades e características individuais . Não dá pra jogar tudo numa vala comum! Não consigo! Somos tão únicos no mundo, porque insistimos em buscar tantas respostas simplificadas?

Sou a mãe fria que vem de duas cesáreas e a mãe calorosa da demanda livre na amamentação, que se alonga por 2 anos. A mãe preocupada com desenvolvimento do filho que montou o quarto montessoriano buscando sua autonomia, e a mãe afetuosa que compartilha a cama cultivando o apego. Sou da disciplina positiva com o olhar metralhadora sempre que necessário! Nada constante, tudo é uma questão de observação, necessidade e até mesmo exaustão!

Eu, mulher, sou uma flor de formosura que fala palavrão, sou feliz com muita coisa e escrava de nada; se tem cerveja ta bom, se tem só suco ta bom, se tem piquenique maravilhoso, se tem baile de gala incrível... Preciso mesmo pensar muito em algo que eu não goste de fazer.

quinta-feira, 28 de junho de 2018

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Feminismo e Casamento

O "casamento real" de Henry Charles (mais conhecido como príncipe Harry) e Meghan Markle foi notícia no mundo inteiro e o assunto dominou as redes por N motivações diferentes (o vestido, a maquiagem simples dela, as músicas...).

O que chamou minha atenção, no entanto, foram os muitos comentários que surgiram do tipo:

"Feminista? Mas usa vestido de noiva?"
"Feminista? Mas entra na igreja?" 
"Feminista? Mas casou com um homem?"
"Feminista? Mas vai ter filhos?"

E tantos outros no mesmo sentido!

Não conheço muito os dois, não acompanho, não sei da vida deles! Mas ouvi dizer que Meghan é declaradamente feminista e, por causa disso, muito provavelmente, deve ter incitado esses comentários nas redes. Não entrarei no mérito do casamento, da monarquia, da cobertura midiática, do tal casamento que passa longe da realidade de muitos casais, da união (amor) dos dois ou do feminismo de Meghan, mas preciso falar sobre feminismo e casamento.


Divulgação: Kensigton Palace

sexta-feira, 11 de maio de 2018

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Transição Capilar!


Cabelos novos por aqui! Uhu!!! Me sentindo tão linda, por dentro e por fora, que preciso compartilhar um pouco de histórias, sentimentos, superações e motivações! 

Esse é o cabelo que sempre existiu mas nem eu mesma o conhecia! Desde os meus 13 anos de idade fiz relaxamentos, e nos últimos 6 anos, além dos relaxamentos, fazia também progressivas. Ou seja, definitivamente, eu não sabia como era o meu cabelo. Tenho mais anos de cabelos quimicamente tratados do que anos de cabelos naturais. 


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Na infância vivi aquela fase na qual o cabelo "bom" era o liso, e cabelo "ruim" era o crespo. Nas mídias a imagem da mulher bonitona normalmente era a de uma mulher com o cabelo liso. Conheço muitas pessoas com histórias parecidas com a minha. Pessoas que que sofreram algum tipo de descriminação, ou que se sentiram diferentes e menosprezadas por terem cabelo afro.

Lembro das brincadeiras de infância e eu sempre colocava uma fronha na cabeça para simular um cabelo grande e liso. Eu sentia vergonha do cabelo alto e cheio de volume, que embolava após 10 minutos de haver desembaraçado.

Já sofri preconceito em salões de beleza. Quantas vezes...

Quantas vezes já escutei a piada: "cabelo ruim é igual bandido, ou tá armado ou tá preso." 

Em uma festa de família do ano passado uma parente próxima olhou para o cabelo da Nina e falou assim: "Coitada, foi puxar logo o cabelo do pai." Falei: "puxou o nosso cabelo." Ela falou "mas o seu cabelo é bom". 

Quando ia a algum lugar com piscina riam de mim pois o meu cabelo era impermeável. Hahahaha! Quantas vezes isso aconteceu...quantas vezes!

Na escola eu tinha o apelido de Helô Jubão. Estou aqui escrevendo e rindo, mas a verdade é que carreguei essas críticas idiotas comigo por muito tempo.

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Eu com 5 anos de idade! Amo essa foto!
Não parece mas eu estava vestida de Emília, em uma versão adaptada! Hahaha!


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Eu com 8 anos de idade!


Dores foram se acumulando com o passar dos anos. E aí o Papai do Céu me manda de presente essa princesa, de cabelinhos de molinhas, de coração tão bom, puro e lindo. Eu amo o cabelo dela, amo mesmo! Acho minha filha autêntica, linda, cheia de estilo e com o cabelo lindo, cheinho de "póim" - é a forma que falamos por aqui! E ela com certeza é a minha maior inspiração.


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Um certo dia ela chegou da escola resmungando que o coleguinha tinha falado que o cabelo dela era "ruim", e o meu coração partiu. Na mesma hora vieram à mente todos os meus sentimentos da infância, e o desejo que ela não se sentisse como eu me senti. Nas brincadeiras ela começou a pegar uma fronha, colocar na cabeça, e a falar que aquele era o cabelo dela.  E por mais que eu a incentivasse em relação ao cabelo dela ela não queria tirar a fronha da cabeça. Mais uma vez eu me vi em minha filha. No dia-dia ela queria que o cabelo dela balançasse como o meu.

Então essa mudança foi por mim, e por ela também! 

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Já sentei em uma cadeira de salão para conversar sobre transição e percebi que não é uma ida ao salão que iria mudar tudo o que senti nestes anos em relação ao meu cabelo e aos comentários que já escutei. Precisava sentar comigo mesma, conversar internamente e fazer um processo de desintoxicação de tudo o que havia vivido até o momento. Nesse tempo de transição voltei atrás da ideia e acabei usando a progressiva novamente, mas juntei minhas forças e fui em frente! 

Transitar o cabelo foi chato demais. Mas o dia em que cortei meu cabelo, junto com a minha filha, foi uma felicidade tão grande! Ela amou, e eu também! Nesse dia o coração bateu mais forte. Nos preparamos para cortar o meu cabelo e também o dela, pois foi o primeiro corte. Fomos em um salão que é nossa inspiração diária, de transformação e criatividade em cabelos: A Liza que Fez!



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E esses são os nossos novos looks! Estamos amando! Nina vez ou outra solta: "Mamãe seu cabelo está lindo, cheio de 'póim', sua linda"! Hahahaha! Essas crianças fazem maravilhas em nossas vidas!  Nessa semana ela falou "Mamãe, seu cabelo não balança, igual ao meu". kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Ri demais! Essas somos nós, integralmente, com o nosso cabelo estiloso! Estamos nos sentindo tão chiques andando de cabelos iguais por aí! Agora já até falam que ela é a minha cara!!!!! Hahahaha!

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Me senti tão parecida com a minha filha, mas também parecida com minha mãe! 
Essas são fotos antigas dela! 


Em breve quero contar um pouco dos cuidados com os cachinhos por aqui! Estou achando bem mais prático do que antes. Passei quase um ano de cabelo preso pois ele estava trifásico: raiz natural, uma desondulação que fiz e restos de progressiva. Estava bonito não, mas valeu a pena a espera, paciência!

Estou feliz por estar vivendo novas experiências e me desfazendo aos poucos do que algum dia me afligiu! 






terça-feira, 5 de setembro de 2017

O que é Beleza Para Você?

Aconteceu no mês de julho o "Empodera - Mulheres de Atitude", idealizado pela Poli Pompei e pela Soraia Félix, do Instituto Solluz. 

Foi a minha experiência com técnicas avançadas e ferramentas de coaching, PNL, neurociência e psicologia positiva e achei simplesmente sensacional! Tudo isso para o desenvolvimento e capacitação humana, ajudando traçar metas e alcançar objetivos em todos os âmbitos da vida. 

Com muita interatividade, dinâmica e aprendizado, o evento foi voltado para o empoderamento de mulheres. Para superarem suas próprias limitações, alcançarem objetivos e assumirem o controle de suas vidas. Foi um momento de autoconhecimento, transformação e empoderamento, com resgate de sonhos, metas e objetivos pessoais e profissionais. 

Capricho

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Mãe de Legging, de Sapato Baixo, de Cabelo Preso...


Sempre ouço alguém dizer a expressão "mãe de legging" para se referir àquela mãezinha que está sempre com uma calça de ginástica, uma legging ou peça parecida. Um bom tênis também costuma estar no pé. 

Algumas dessas mães estão indo ou voltando da prática de atividade física, algumas podem trabalhar com serviços que demandem esse tipo de roupa e algumas podem usá-la por falta de opção, por falta de conforto em outras peças, por não possuir o manequim social, por falta de tempo, por falta de recursos, por falta de alguma coisa ou muitas coisas. 

Só que é comum as pessoas falarem de "mãe de legging" de uma forma pejorativa. 

Eu não sou de usar legging, mas adoro um sapatinho baixo. 

A maternidade transforma! Em todos os sentidos. Nunca fui de ser apegada em moda. Gosto de ter meu próprio estilo. Gosto de estar confortável. Eu costumava andar de salto até dentro de casa antes de ter filho. Era um vício. Comecei a usar sapato baixo durante a gestação e não larguei mais. Ainda tenho um amor por salto, mas só uso em ocasiões muito atípicas. 

Eu gosto mesmo é de vestir o que quiser. De sentir conforto. De sentir liberdade para usar qualquer coisa. 

empoderamento materno, maes livres e se sentindo bem.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Mulher e Mãe (e outras coisas mais)


Dia Internacional da Mulher: 08 de março... É preciso um dia para a mulher? 

O dia 08 de março foi consagrado após diversas lutas e reivindicações das mulheres, por melhores condições de trabalho, por igualdade de direitos trabalhistas, por direitos sociais, por direitos políticos e por uma série de outras questões que se estendem até os dias de hoje. Lutas e reivindicações que fortificaram na segunda metade do século XIX. Não ouso dizer que iniciaram nesta época, porque eu duvido que desde que o mundo é mundo não tenha existido uma mulher que lutou (e pode ser que tenha sido jogada na fogueira por isso) para ter direitos básicos. 

E os movimentos, comumente, foram reprimidos por violência. Ainda hoje são! Em vários lugares do mundo, onde nem mesmo é consensual o direito da luta feminina. Mesmo onde é, a repressão transita por uma diversidade de formas. 

É tudo controlado! 

A roupa, o modo de sentar, a profissão, os hábitos de consumo, o corpo... Para não falar do assédio, da agressão verbal e física, das "brincadeiras" machistas.

Se ser mãe muda? Costumo achar que piora.

Ser mãe nesta sociedade significa que você é estranha por aproveitar a vida de qualquer forma que não seja com a maternidade. Que você não pode gostar de carnaval. Que é melhor você andar de burca. Que você é problemática por não ter um relacionamento amoroso bem sucedido. Se for viúva: matou o marido. Se for divorciada: ele não aguentou a chatice. Se for solteira: ixi! Nunca mais vai se relacionar com ninguém. Se você trabalha fora: prefere a vida profissional do que os filhos, terceiriza a maternidade. Se você não trabalha, é empreendedora, trabalha em casa, tem "mais tempo perto da família": é rica! É a do lar, que o marido banca. Se você estuda: como consegue?! Como se mãe não tivesse o direito de estudar. Ser mãe de estado civil solteira, que trabalha fora e estuda... Definição social de "olhe com reprovação".

Já somos julgadas o tempo todo. Não precisamos de mais críticas. 

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