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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A Violência Sexual que Ninguém Conta


Foi num banheiro feminino de um centro cultural, era fim de noite numa cidade agitada, poucos minutos para os portões fecharem, após o dia muito animado e todas as programações feitas pela amizade, as amigas entraram juntas. Entre essas conversas que rolam entre o rodízio no banheiro descobriram: de um grupo de quatro amigas, três delas sofreram algum tipo de violência sexual na infância e/ou juventude. 

Sabe aquelas estatísticas que você insiste em ignorar? Sabe aquela dor que você guarda no peito por achar que a culpa era sua? Afinal, a sociedade faz isso muito bem! A culpabilização da vítima. Sabe aquele arrependimento por não ter contado para ninguém? Ou aquele medo de contar? Sabe aquele nojo que você tem de si própria? Do seu corpo? Sabe aquele problema de prazer sexual que você ainda não conseguiu superar? Aquele medo de andar sozinha na rua? O medo do escuro? Do desconhecido?

Talvez só quem passou por alguma violência sexual vai entender essas questões, porque elas invadem nosso pensamento vez ou outra. Quando alguma coisa não vai bem elas aparecem, atormentam nossa mente. E mesmo que as terapias ajudem, que os divãs façam bem, há memórias que não desaparecem. Podem ser digeridas de alguma forma, mas o velório, curto ou longo, sempre precede o enterro.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Outros Jeitos de Usar a Boca

Ser mulher neste país, como em muitos outros lugares do mundo, é travar batalhas diárias por direitos mínimos, por liberdade, por segurança... E nessas lutas tão cotidianas para nós, esbarramos com histórias cruzadas, histórias que se assemelham ou mesmo histórias idênticas que só mudam de endereço, muitas delas são comuns na experiência de traumas que vivemos enquanto ainda éramos crianças. 

É difícil ser mulher! Muitas feridas marcam nossa história de resistência e luta feminina, mas também parte dessa dor cicatriza e vira solo fértil para um belo jardim e, assim, conseguimos transformar tudo que nos roubou de nós em arte com muito de nós. 

E isso é herança, como as que vieram antes de nós nos deixaram um legado, nós também precisamos deixar isso para os que estão nascendo. 

Existem tantos livros interessantes de mulheres, famosas e outras nem tanto, que conseguem partilhar trajetórias brilhantes, de superação, de representatividade, de empoderamento, de conhecimento, de força! 

Faça esse exercício: leia mais escritoras, leia mais o que as mulheres têm para partilhar, leia sobre as grandes mulheres que mudaram a história e com frequência não são lembradas, leia sobre as mulheres da atualidade que enfrentam e ocupam espaços cercados de machistas. Leia mulheres! 

E não tenha medo, mulher, de partilhar sua arte também!

Um livro que conheci e amei (por ser muito impactante) foi outros jeitos de usar a boca.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Jovem. Estudante. Trabalhadora. Mãe. Eu Luto pelo Fim da Cultura do Estupro.


O fim do mês de maio foi marcado, lamentavelmente, pela notícia do estupro coletivo no Rio de Janeiro. O caso ficou conhecido após um grupo de homens filmar e compartilhar nas redes sociais a imagem da jovem violentada. 

Sei que muitas pessoas vão pensar "mais uma postagem sobre o assunto na internet", mas a verdade é que não podemos nos cansar de falar sobre isso. A cultura machista envenena e domina as pessoas sem que elas percebam (ou percebem e o fazem propositalmente). Não podemos deixar de lutar pela nossa integridade, por nossos direitos, por todas as mulheres que sofreram e sofrem violência. Sim! Temos que protestar por direitos, pela dignidade humana. Manifestar nossa revolta contra a violência.

Fonte: Pensamento Sem Nexo