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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Se conecte com a sua natureza cíclica!

Assim como a “menstruação” é inevitável, as energias e/ou emoções associadas ao nosso ciclo também são. E são símbolos da natureza da mulher. Esse aspecto cíclico não é valorizado socialmente, e por questões internas ou externas muitas vezes tentamos ser constantes para atender as expectativas, sejam profissionais, emocionais ou de relacionamento.  

Ciclo Menstrual


Controlar esse fluxo, essa natureza essencial feminina é como tentar parar um rio muito caudaloso: impossível! Suas águas vão encontrar algum lugar para seguir fluindo e aí é quando aparecem as dores, as tensões pré-mentruais, a irritabilidade, entre outros sintomas que mostram que o rio esta encontrando outras formas para seguir o seu caminho, pois é um fluxo tão poderoso que não podemos estanca-lo. Da mesma forma quanto mais nos conectamos com a nossa natureza essencial, aceitando que somos cíclicas e que estamos em constante movimento, podemos aproveitar o que cada fase tem de melhor e “dançar” com cada uma delas.

A Medicina Tradicional Chinesa e outros saberes ancestrais, se baseiam muito na observação dos ciclos naturais: estações do ano, fases da Lua, alimentos disponíveis, posição dos astros. E isso se reflete também no corpo feminino! Nas lendas antigas e nas mitologias, as energias que a mulher experimenta durante o seu ciclo menstrual também estão descritas em quatro fases, um reflexo das fases da lua. Miranda Gray, terapeuta, artista e autora inglesa através do seu livro “Lua Vermelha” reúne essas informações associando cada uma dessas fases a um arquétipo: Donzela, Mãe, Feiticeira e Anciã.  Arquétipos, neste caso, são imagens e energias comuns a todas as mulheres independentemente da cultura a qual estamos inseridas.

Fases da lua e estação do ano


Existe uma semelhança de cada fase do ciclo menstrual com a energia de uma estação do ano e com as fases da Lua.
Nosso ciclo menstrual natural consiste em 4 fases (assim como o ciclo da Lua e as estações do ano). Estas caracterizam-se por diferentes processos que nos ajudam a interpretar e registrar os sinais do nosso corpo.

Observar o nosso ciclo nos permite identificar padrões, ver o que podemos/queremos mudar ou manter e permite nos acolher com respeito, sem culpas e auto julgamentos.
Acho lindo demais saber que temos nossas Luas internas! Temos primaveras, verões, outonos e invernos dentro de nós!
Acompanhar a relação entre o nosso corpo e a natureza, e aceitar que somos cíclicas é um grande exercício de autoconhecimento.

Geralmente só “percebemos” nosso ciclo menstrual quando sentimos a TPM ou quando estamos menstruadas, mas isso é apenas uma parte dele. A verdade é que o ciclo é contado do 1º dia da menstruação até o primeiro dia da próxima menstruação, ou seja, o ciclo dura o tempo todo e estamos sempre sendo influenciadas por suas diferentes fases.
Para começar, é importante sabermos que nosso ciclo pode ser dividido em 4 fases principais:
Fase 1: Menstruação (sangramento)
Fase 2:Folicular (pré ovulatória)
Fase 3: Ovulação
Fase 4: Lútea (pré menstrual)






Cada fase do ciclo menstrual faz analogia com uma fase da Lua e assim surgiram os termos lua interna e lua externa.
A lua interna se refere à fase do ciclo menstrual que você está vivenciando e a lua externa se refere à lua que está no céu naquele momento. Em alguns ciclos elas coincidem, em outros não. E está tudo bem!
Muitas mulheres, ao lerem que a lua nova se refere à menstruação acreditam que deveriam menstruar nela. Nada disso!
Nem sempre nosso ciclo menstrual vai se encaixar exatamente com a fase lunar correspondente.
Nosso ciclo transita entre as fases da Lua. Somos cheias, minguantes, novas e crescentes. Somos cíclicas em nossa luz e nossa sombra. Somos energia feminina em constante movimento.
Em cada uma das fases do nosso ciclo temos diferentes qualidades, habilidades, energias e sensações em nosso corpo, mente e emoções, que mudam nossa percepção e expressão. Seria como se nos comportássemos e nos expressássemos como a Lua e as estações do ano, manifestando essa energia cíclica da natureza em nós.
Não há necessidade de se encaixar em nenhum padrão. Apenas observe e utilize essas informações como mais uma forma de tornar consciente e conhecer seu ciclo e seus ritmos.
Quando vibramos com nossa energia cíclica, florescemos e realizamos nossa plena potência, nos tornamos mulheres conscientes, empoderadas de si mesmas, revelando e expressando nossa essência sagrada!

A lua nova e a Anciã representam a fase da menstruação, onde a mulher retira as energias físicas do mundo terrenal levando sua consciência ao mundo espiritual. Essa etapa traz a energia do inverno, nos pede para descansar, rezar, meditar e refletir. É uma fase de morte-renascimento onde as energias criativas que se gestam na mente podem gerar tanto uma nova vida como filhas-idéias, já que é nesse período onde começa um novo ciclo. Sugestão: Vá pra cama um pouco mais cedo esta semana e desfrute de um descanso extra.

A lua crescente representa a fase que vai desde o fim do fluxo menstrual até o começo da ovulação (fase pré-ovulatória). As energias dessa fase são dinâmicas, inspiradoras, de iniciativa, e se assemelham a uma jovem Donzela e à primaveraUma fase que nos pede ações independentes e a realização de tarefas. Sugestão: Faça uma lista de todas as coisas que você quer fazer esta semana e mãos á obra, a criar novos projetos.

Já a lua cheia se relaciona com a Mãe e representa o período da ovulação (fase ovulatória), as energias aqui se assemelham com a do verão e com a da maternidade pois contam com a energia de criar, sustentar e fortalecer. A criatividade interna da mãe surge para criar uma nova vida. Esta fase nos pede para ser amorosas, aproximar-nos das pessoas e expressar-lhes nossa gratidão. Sugestão: alimenta projetos e ideias que já existem.

A diminuição da luz durante a fase minguante reflete a diminuição da energia física da ovulação à menstruação (fase pré-menstrual), assim como aumento da criatividade, da magia e a palavra escolhida para este aspecto é a da Feiticeira, a qual tem o poder tanto para criar como para destruir. Nesta fase se liberam as energias que podiam ter criado uma nova vida, um filho, só que desta vez se desenvolvem no exterior pedindo-nos uma criatividade e espiritualidade independentes. Relaciona-se com a energia do outono. Sugestão: Deixa que o seu coração, o seu útero e a sua criatividade encontrem as imagens e palavras para expressar-se. TPM - tempo para mim!

Fonte: Mandala Lunar


Se comparamos o ciclo lunar com o feminino, as fases crescente e minguante são momentos de mudança e equivalem as etapas da Donzela e da Feiticeira. Já a lua cheia e a lua nova são períodos de equilíbrio, assim como as fases da Mãe e da Anciã.

Não é necessário que o ciclo pessoal acompanhe o ciclo lunar, o importante é estar em harmonia com o seu próprio ciclo.  Os limites entre uma fase e outra não são rígidos (uma semana num ciclo de 28 dias), as energias passam livremente de uma para outra numa fusão dinâmica. Pouco a pouco e com algum tempo de observação perceberemos como uma fase vai diminuindo sua força para iniciar à outra.

O mais importante é que cada uma perceba no seu ciclo, individualmente, como estas energias estão presentes, como nos influenciam e o tempo que cada uma delas nos acompanha. Muitas vezes uma só atividade em harmonia com cada uma das fases já nos faz sentir bem e nos alinhamos com nossa natureza!




Parece algo complexo e difícil?! Na prática é muito mais fácil de compreender estas relações já que fazem parte da nossa natureza essencial feminina. Uma sugestão para que nos conectemos mais e mais com essa natureza é anotar diariamente, o estado emocional, o nível de criatividade, ou de energia, o dia do ciclo e a fase da lua. Este recurso é também chamado de Diagrama Lunar. Essa observação diária ajuda a despertar nossa percepção entre o útero e a mente consciente, criando um vínculo positivo com o ciclo menstrual.

Quando reconhecemos e aceitamos nossa ciclicidade e aprendemos a utilizar os recursos pessoais que estão disponíveis diariamente, expressamos mais e mais o nosso Ser no mundo, nos sentimos em conexão com nós mesmas e com as pessoas ao nosso redor.

Se desejar entender mais sobre as fases da mulher, podem entrar em contato conosco e nos acompanhe através do @calima.souessencial. Além de informações, compartilhamos muitas dicas e ferramentas para nos auxiliar nessa jornada!

Abraços





Referência:
Livro: Lua Vermelha - Miranda Grey
www.mandalalunar.com.br
www.tendavermelha.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Como ter uma gestação tranquila em tempos de quarentena


A gestação envolve muitas mudanças na vida da mulher, do seu parceiro e de sua família, as alterações hormonais e emocionais andam lado a lado e infelizmente na atualidade estas alterações ainda não são levadas a sério, para se ter uma ideia: 

70% das mulheres apresentam alguma queixa ansiosa ou depressiva na gravidez, 
De 10 a 16% das mulheres tem prevalência de depressão na gravidez; 
25% das depressões pós-parto começam na gestação, 
1 em cada 3 mulheres sofrem de ansiedade após o nascimento do primeiro filho; 
1 em cada 4 mulheres tem depressão pós parto no Brasil. 

Além disto, as alterações hormonais são inúmeras como é possível perceber abaixo: 

Primeiro trimestre: neste período o hormônio progesterona é responsável pelos enjôos, sono excessivo, salivação e alteração do humor. 

Segunda trimestre: já no segundo trimestre o estrogênio que tem uma produção até trinta vezes maior do que o normal aumenta o volume de sangue nas veias e artérias, provoca rinite,ondas de calor, dor de cabeça, aumento das glândulas mamárias, aumento da libido, brilho no cabelo e na pele, entre outros. 

Terceiro trimestre: aqui prevalece o hormônio prolactina que prepara a produção de leite, diminui a libido e se intensifica após o parto. 

As alterações hormonais contribuem para os altos e baixos emocionais durante a gestação, além de mudanças corporais, emocionais e de papéis, medos relacionados ao desenvolvimento do bebê, ao parto e a questões de trabalho e sustento; falta de apoio familiar e/ou parceiro, entre outros. 

Uma gestação em tempos de pandemia, onde é necessário passar a maior parte do tempo em isolamento social multiplica tais questões, pois as incertezas e os cuidados são ainda maiores. 

Para vivenciar uma gestação tranquila neste período é importante estar ao lado de pessoas que gerem segurança emocional e produzir o hormônio oxitocina que aumenta de acordo com as experiências prazerosas da mulher. 

A ocitocina conhecida também como hormônio do amor é responsável por promover as contrações uterinas, reduz o sangramento durante o parto, ajuda a liberar o leite materno, desenvolve o apego e a empatia, produz parte do prazer do orgasmo, modula a sensibilidade ao medo. 

Na prática algumas ações podem ajudar a gestante a se sentir melhor e diminuir a ansiedade durante a quarentena: 
  • Contato físico com as pessoas que estão na sua casa, 
  • Pensamentos e palavras positivas, você pode escrever e colar pela casa, ouvir áudios, ler um bom livro, 
  • Ouvir outras pessoas que estejam no mesmo momento de vida, 
  • Meditar ou aprender a meditar, 
  • Fazer respiração consciente, 
  • Praticar algum exercício em casa, 
  • Expressar suas emoções ao invés de reprimir ou negar, 
  • Praticar a generosidade e a gratidão, 
  • Estabelecer momentos profundos de conexão com o bebê. 
Este momento é uma grande oportunidade de olhar para suas emoções, compreende-las, vivenciá-las, ressignificar sua vida, deixar para trás o que não te faz bem e acessar a força que existe dentro de você para vencer os desafios, talvez como nunca tenha feito antes. 

Respeite suas necessidades, seu tempo, seu ritmo, saiba que você não precisa passar por este momento sozinha , se sentir necessidade busque apoio de um profissional capacitado para lhe ajudar a gerenciar suas emoções e passar de forma mais leve por este processo. 

Lembre-se que tudo isto vai passar e agora é a hora de desfrutar da sua gestação mesmo que tenha que ser de uma forma diferente, aproveite para criar, reinventar, resgatar os valores mais puros e nobres. Aproveite o momento, o agora, o hoje assim como os bebês fazem muito bem! 

Texto escrito por Clarissa Freitas, Psicóloga, Psicodramatista, que atua há mais de 13 anos apoiando pais e mães a construírem uma educação mais empática e consciente.






terça-feira, 10 de julho de 2018

Quando se esquece, acontece... Quem tem fé, não desiste!



Depois de muitas viagens, saídas, eventos (eu e meu esposo temos uma vida agitadíssima), decidimos incluir mais um integrante neste embalo: resolvemos interromper o uso do anticoncepcional e preparar o corpo e a mente para a chegada do nosso amorzinho! Os planos eram de “limpar” o corpo (eliminar o excesso de hormônios, usei anticoncepcional por 11 anos), fazer os exames pré concepcionais e estudar novamente o ciclo menstrual (já tínhamos esquecido completamente como funcionava isso). E assim fizemos... Depois de tudo ok nos exames, partimos para as posições mais inusitadas (kkkk) regadas de amor, prazer, esperança e fé!

No primeiro mês de tentativa eu fiquei grávida! Psicologicamente falando né? É claro!!! (Kkkk). Gente, como eu me senti grávida! Lia todos os sintomas e automaticamente já os sentia! Pensava, que sorte, logo na primeira tentativa! Somos bons demais!!!(Kkk). Até teste de gravidez já tinha comprado (ansiedade em pessoa), e um belo de um negativo veio ao nosso encontro. Na mesma velocidade, pensei: é claro que não ia ser de primeira! (Kkkk). No mês seguinte faríamos a nossa primeira viagem internacional!

Deixamos rolar, mas sem pernas para o alto, sem fazer dia sim, dia não, sem expectativas, pois estávamos ansiosos com a viagem, com as malas e com as leituras sobre o país que visitaríamos... Na viagem curtimos bastante, passeios regados a bons vinhos e a bifes de chorizo, além de muita fé... Entrávamos nas belíssimas igrejas da Argentina e eu sempre agradecia por estarmos lá e pedia: Deus, estou disposta a esperar o tempo que for... Quando o Senhor achar que deve, nos envie um filho seu! Chegamos da viagem e contávamos e recontávamos empolgados aos familiares e amigos, sobre a nossa experiência no exterior! Nem lembrava de menstruação... Até notar o seu atraso! E como uma boa mineira, pensei: uai, será? (Kkk). Na segunda tentativa??? Melhor fazer o teste, e o maravilhoso positivo veio ao nosso encontro! Quanta alegria sentimos, meu Deus! Nosso bebê tinha puxado os pais mesmo e não quis ficar de fora da viagem internacional... O nosso bebê foi conosco e curtiu tudo no seu ninho de amor!

Contamos da gravidez apenas para a minha mãe, pois precisaria mais do que nunca dos mimos e das orações dela. Para o restante da família, contaríamos após os 3 meses. Após a primeira consulta de pré natal, fizemos o primeiro ultrassom (eu já estava com 8 semanas de gestação). O exame estava marcado para as 18:00 para que meu esposo pudesse ir (o dia mais longo da minha vida), como eu queria escutar o coraçãozinho do nosso bebê! Eis que na hora do exame, visualizamos apenas o saco gestacional, o embrião não (tive uma gravidez anembrionária)...

O coração que não ouvi não era somente dele, do nosso filho, mas era o meu também... Eu não acreditava que tinha esperado tanto para não sentir e ouvir o meu filho... O médico do ultrassom e a médica do pré natal pediram para repetir o exame depois de 2 semanas sugerindo erro de data (mas eu tinha certeza das datas, refazia todo o calendário na minha mente e sabia que não estava errada). Chorei a noite inteira e meu marido ainda manteve a esperança de “erro de datas” como os doutores da medicina. No dia seguinte, senti cólicas e o sangue desceu (aborto espontâneo). Que dor! Dor na alma, no coração... Dor que nunca havia sentido na vida... Mas Deus é tão bom que neste dia pude ficar em casa (era feriado da minha Santa de devoção) e pude me apegar a Ela e rezar pedindo que me curasse da dor, do buraco que havia se instalado em mim, no meu corpo e nos planos que havíamos projetado... No nosso coração, o nosso anjinho estará para sempre e temos a certeza de que ele nos protege e enviará um dia o seu irmãozinho para badalar conosco! Continuamos aguardando a nossa hora e os pedidos nas igrejas portenhas não será em vão... Que assim seja, amém!

Autora Anônima