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quarta-feira, 30 de março de 2016

Relato de Mãe: Amamentação


Hoje tem relato de uma mamãe que viveu momentos difíceis quanto à amamentação. Ela aprendeu tanto nos primeiros meses da sua filha em relação à amamentação que veio compartilhar com a gente suas experiências e aprendizados. Com vocês, minha amiga Cintia, mamãe, dedicada e sortuda!

"Não é fácil ser mãe. As mães sempre falam isso, mas nenhuma - nunca - conseguirá expressar o quão difícil e trabalhoso é. Mas também nunca farão as pessoas entenderem o quão gratificante e maravilhoso é. 

No primeiro dia de vida da minha pequena meu peito feriu. A pediatra que foi nos avaliar disse "se sua filha golfar ou evacuar sangue, não se preocupe porque é seu e não dela". Começamos bem. Uma coisa que nunca haviam me dito é que o leite não sai assim que o bebê nasce e como eu sofri com isso. Minha filha não conseguia sugar e - para o leite sair - ela precisaria fazer isso. No hospital mesmo sugeriram que eu comprasse um intermediário (bico de silicone). Meu marido e minha sogra saíram pra buscar. 

No dia seguinte, saímos do hospital. Chegando em casa o desespero começou. Minha filha chegou em casa com as bochechas vermelhas / roxas de tanto apertarem para a ensinarem a mamar. Ela ainda não conseguia sugar sozinha e eu não tinha leite. Minha princesa esguelava de fome e eu chorava de dó e medo de não ter leite, já que meu sonho sempre foi amamentar (depois vi que não ter leite não é o fim do mundo). A gente vê as mães amamentando na tv e acha lindo, acha fácil, mas eu só chorava. Graças a Deus eu contava com o apoio do meu marido, que chegou a sair tarde da noite pra buscar complemento (afinal nossa filha não poderia morrer de fome) e me apoiou muito enquanto o leite não vinha. Fui ter leite por volta do sexto dia, o que me disseram depois ser normal. 

No sétimo dia fomos fazer exame do pezinho e teríamos a consulta de egresso com a pediatra. Minha filha só chorava. A pediatra me encaminhou para a maternidade para que as enfermeiras me ajudassem, pois minha filha estava com fome e teríamos que tentar tirar o intermediário. Voltei à maternidade mais vezes para pedir ajuda, fui a banco de leite... mas o intermediário continuava lá. Tentei muito, até que a moça do banco de leite disse "sua filha está mamando e ganhando peso. Pra que a estressar e te estressar? Deixa isso (intermediário) aí". Ela estava certa. Nós duas já estávamos cansadas dessa história. Ficamos bem. Era o fim da briga entre mãe e filha versus intermediário. Mas as pessoas não podiam nos deixar em paz. Achavam um absurdo a menina usar um bico para mamar, já que a mãe tinha o bico do peito ótimo. Eu me sentia péssima. Me sentia a pior mãe do mundo. Não queria mais sair de casa para não ouvir mais represálias. Cheguei a ir embora dos lugares porque não aguentava mais ouvir críticas. Ninguém estava passando pelo que eu passava. Ninguém viu o quanto Anna e eu nos esforçamos por uma amamentação sem o intermediário, porque “é o certo”. Estávamos esgotadas! Mas com 3 meses, ela ainda mamava apenas com o intermediário e estávamos sobrevivendo a isso tudo. 

No início, achava que meu leite não ia sair, mas depois começou a empedrar. As duas primeiras vezes eu consegui tirar com ajuda de enfermeiras. A terceira vez não saiu. Eu fazia massagem como haviam me ensinado e aquela pedrinha insistia em não sair dali. Quando assustei, estava com metade do seio empedrado e bem vermelho. Era mastite. Sim, aquele leite empedrado se tornou uma inflamação na mama. É impossível descrever a dor e o desconforto que isso causa. Minha ginecologista me orientou a ir ao banco de leite do hospital Odete Valadares (eles são ótimos. Se tiverem problemas com amamentação, corram para lá), a moça fez massagem, ordenhou, fez compressa gelada (nunca quente. 

A orientação que as pessoas nos dão é errada porque a água quente faz produzir mais leite e a situação piora), mas nada tirava a pedra de lá. Saí do banco de leite e fui avaliada por médicos que não conseguiram encontrar um abscesso para realizar a punção e me receitaram antibióticos. Até então, achei que drenariam o leite empedrado. Seis dias depois fui ao pronto socorro por não estar aguentando de dor. A médica pediu uma ultrassonografia e - durante o ultrassom - foi feita uma punção. A médica tirou 150 ml de pus do meu peito utilizando seringas. Foi um alívio, mas o seio ficou roxo, duro e ainda dolorido. Fui ao médico. Tive que drenar. Ele abriu um buraco no meu seio, colocou uma mangueirinha e deixou o pus saindo por alguns dias. O curativo ficava encharcado e eu tinha que trocar sempre. Era horrível. Continuei tomando antibiótico e depois anti-inflamatório. No dia que coloquei o dreno, ainda no hospital a Anna gritava o tempo todo. Toda hora ia uma enfermeira atrás da gente pra saber do que precisávamos. Meu marido tentava acalmar a menina e nada. Teve uma hora que peguei o soro e fui atrás dele porque não aguentava mais ouvi-la chorar. Eles estavam em outro andar, acreditam?! E parecia que estavam do meu lado de tão alto que ela berrava. Estava com curativo no peito, soro do outro lado e ela no colo. Fui atrás da médica pedir alta porque precisava tirar minha filha dali. 

Saí do hospital por volta das 22h.Chegando em casa, a pequena não sossegava. Estava trocando o curativo, parei na metade pra ficar com ela. Abracei-a e fui conversando com ela. O berreiro virou choramingo até ela dormir. Meu problema era a dor. Mas fiquei com ela no colo por um bom tempo. A dor só aumentava, mas eu quem precisava acalentá-la. Ela não aceitava ninguém além de mim. Ouvi coisas absurdas nesse período, como "é bom que agora você para de amamentar, não sei quem inventou que isso é bom", "você é doida de amamentar sua filha com esse pus no peito", "você vai amamentar mesmo com esse dreno? Faz mal" e por aí vai. Foi muito difícil. Fiquei um tempo sem dar banho na pequena porque doía, colocar pra arrotar era uma tortura, carregar nem sempre era é fácil... mas ser mãe é isso aí. Quem disse que seria fácil?! 

Apesar se ouvir muita gente me desanimando, me desencorajando, ainda amamento minha florzinha (agora com 6 meses). Escrevo para mostrar minha experiência. Escrevo para mostrar o que a falta de informação pode fazer com as pessoas. Mamães, não deixem que os seios de vocês cheguem ao ponto que o meu chegou. Os cuidados abaixo são muito importantes e nem sempre devidamente divulgados: 

- O bebê deve fazer a pega correta na hora da amamentação. Experimente posições diferentes para amamentar, para ver se o bebê pega melhor o seio. 
- Esvazie totalmente o seio após a amamentação, caso o bebê não tenha feito isso. 
- Não use sutiã meia-taça com ferrinho, não usar sutiã apertado, não dormir de bruços... evite pressão excessiva sobre as mamas para prevenir o desenvolvimento de bactérias. 
- Evite que a sua resistência fique baixa, repousando bastante (como se isso fosse possível com um recém-nascido em casa) e mantendo uma boa alimentação. 
- Após o término da mamada, é importante espremer os mamilos para retirar a saliva do bebê que ficou retida durante a sucção, pois nela estão as bactérias que porem causar mastite. Outra coisa que eu nunca tinha ouvido falar e – no meu caso – a mastite foi por bactérias e o médico disse que quase sempre vem da boca do bebê. 

E o mais importante: não se desespere. 
Não desista. 
A fase difícil vai passar!


Cintia Muniz"

terça-feira, 15 de março de 2016

Ser Madrinha...

Amanhã é o aniversário de nove anos da minha afilhada.
Quando a Mariana estava chegando, fui a primeira a saber que minha irmã estava grávida e acompanhei de perto tudo o que podia. Lembro que no início da sua gravidez, Camila enjoou muito, por isso perdeu peso e ficávamos na ansiedade de ver a barriga crescer. Eu tinha dezoito anos e comecei a trabalhar de carteira assinada, ganhava o suficiente para cada mês dar uma lembrancinha para a Mariana por mais simples que fosse. Com o tempo eu esqueci de todos os presentes, não sei mais o que eu dei ou deixei de dar e muito menos ela. O que nos marca até hoje é a nossa relação:


quinta-feira, 3 de março de 2016

Cadê os bebês que estavam aqui?


Gente, estamos em 2016 e essa semana perguntei ao André: - Amor, aonde estão os nossos bebês?! Ele olhou lá no fundinho dos meus olhos sem saber responder! Mas confesso que me deu um apertinho coração e uma saudade grande! E foi como se passasse um filme na minha cabeça e com a mente aliviada e com uma pequena sensação de que estou no caminho certo para dar o meu melhor para os nossos filhos!

Vejam só, Laura já tem cinco anos. CINCO ANOS GENTE!!!!! Cadê minha Laurinha? Quando tive a Laura, fui mãe de primeira viagem, mas com experiência com minhas primas menores e um amor imensurável por crianças e bebês. Então com meus 21 anos a Laura chegou para abrilhantar meus dotes de mamãe. E agora eu penso, cadê aquele bebê tão dependente de mim? Que tinha preguiça de engatinhar, preguiça até pra segurar a mamadeira? Cadê meu bebê mamando no meu peito? Fazendo cara feia ao experimentar coisas novas? Cadê minha boneca que eu podia escolher toda a sua roupa, dos lacinhos aos sapatos? Cadê aquela neném que ao tropeçar, logo chorava e pedia colo e um beijinho? Cadê aquela neném que pedia DIDI E XÁ (bico e fralda) para dormir? Oh gente eu tinha que prendê-la no bebê conforto. Hoje ela puxa sozinha o cinto e prende o assento (SOZINHA, palavra chata). Ela toma banho sozinha e sem eu mandar!  Essa bebê se tornou uma criança feliz e continuou muito tímida. Mas uma criança extremamente feliz, amiga, companheira, ajudante, interessante e muito inteligente. Hoje ela está no antigo 3° período do ensino infantil, aprendendo a separar sílabas batendo palmas, sabendo escrever o nome inteiro, sabendo todas as letras do alfabeto, cor, numero, já conta de dois em dois, já saber fazer algumas somas, conhece muito bem os mecanismos de objetos eletrônicos, falando igual papagaio, participando de excursões da escola, nadando em um piscina funda, jogando futebol, brincando de rouba bandeira, pega-pega, polícia-ladrão, pulando corda... Dá pra vocês? 

E Pedro não fica pra trás! Gente, ele chega aqui em casa e fala assim:

- Mamãe, I LOVE YOU! 

Derrubando qualquer cansaço ou qualquer tristeza! Ele acabou de fazer 4 anos, isso mesmo QUATRO ANOS, também já sabe todas as letras do alfabeto, números e somar! Mas ainda continua um carrapato e um pouco dependente de mim! Mas um pouco diferente da Laura, andou com 9 meses. Mas cadê aquele bebê que eu chamava de Tete? Cadê aquele bebê de cara fechada e manhoso? Cadê aquele bebê que adorava ver sua irmã cantando pra ele? Cadê aquele bebê que saia correndo de casa para ligar a mangueira da garagem e se molhar todinho? Cadê meu bebê mamando no peito também? Cadê aquele bebê que esticava todo pra gente pegar no colo? Ele cresceu também e acho que passou tão rápido. Hoje não toma leite na mamadeira, não chupa bico (que por sinal largou quando tinha quase 1 ano e meio), mas gosta de colo, de carinho nas costas, cafuné no cabelo, gosta de escutar história, gosta de tomar leite no copo para dormir e ao acordar escolhe a roupa que quer vestir, escolhe o filme que quer ver, já tem um personagem preferido e escolhe até o tema de aniversário. Montou um livro na escola com os desenhos dele e já faz quase tudo, mas ainda gosta de ser meu neném!

Aí eu pergunto: - CADÊ OS BEBÊS QUE ESTAVAM AQUI?

Eita nostalgia! E para matar a saudade, nada melhor que fotos! 
Vejam o quanto agradeço à Deus por tudo!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Eu tenho um toddler em casa!

Não existe tradução para a palavra toddler do inglês para o português. 
O que é um toddler? Uma substituição para a palavra "criança" quando se trata do período de um a três anos. Por que? Por que nesse período realmente nossos pequenos não são crianças nem bebês e sim, precisam de uma definição específica para eles! Encontramos artigos que as pessoas tratam essa fase como o período de transição como se fosse a adolescência do bebê e digo para vocês: a paciência dos pais é colocada a prova a todo momento.
Eles querem fazer TUDO, sozinhos.
Eles não tem noção nenhuma de certos perigos.
Eles fazem as temidas birras, pirraças e se tornam especialistas em choros públicos.
Eles são exploradores INCANSÁVEIS.
Eles demonstram os sentimentos com mais ênfase e no pacote tem a raiva, frustração e o medo.
Eles querem bagunçar o negócio todo! Vai tudo, TUDO, T-U-D-O para o chão!
Onde eu quero chegar? Cecília se enquadra em todos os quesitos e vou contar umas coisinhas para vocês tentarem amenizar a situação por aí, afinal por incrível que pareça, essa fase também é linda, deliciosa e encantadora!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Desafio da Maternidade do Facebook


Está acontecendo uma corrente de mães no facebook onde você é desafiada a postar 3 fotos que demonstram sua felicidade em ser mãe. O texto é mais ou menos assim:

"Desafio da maternidade!
Eu fui indicada pela (fulana) a postar 3 fotos, que me fazem sentir feliz em ser mãe. Aí estão minhas bênçãos. Eu vou marcar 10 pessoas que são verdadeiras leoas na defesa de seus filhos(as) e que poderão postar 3 fotos para o desafio da maternidade. Se você for uma das mães que eu escolhi, copie este texto e coloque seu mural com as 3 fotos e escolha 10 grandes mães.
Escolho:"

Recebi de dois modos diferentes, mas ambos com o título de desafio da maternidade e com o mesmo número de fotos. 

Só eu que chorei escolhendo as fotos?
Só você
Diferentona!
Manteiga derretida
Caixa d'água na cabeça
Torneira ambulante
Bebêzona
Mi mi mi
Só você!


Sério gente! Demorei um pouquinho para postar as fotos e vou contar um resuminho de cada uma para vocês entenderem o chororô!


Essa representa nossas risadas, brincadeiras, broncas, amor, companheirismo, confiança, carinho, reciprocidade, dias bons deliciosos e dias ruins que temos que "nos aturar", sempre unidas. Sua safadeza e molecagem que me arrancam risadas que eu devia segurar e as vezes não consigo! 


Essa foto foi depois de 15 dias doente, com dor de garganta e tomando antibiótico sem melhora. Precisei voltar ao médico, meu marido foi comigo e adivinha quem era minha companheira inseparável? Cecília! Carinhosa, compreensiva, dengosa e cheia de charme! Como pode? Como ela entendeu que eu precisava que ela cooperasse e desta vez era eu quem precisava de carinho e muita atenção? Ela me deu, lindamente! 


Minha carrapatinha! Eu vou para a cozinha e lá vem ela "mamãe", vou no banheiro e já escuto "mamãe", penduro roupa com ela me ajudando derrubando todos os pregadores no chão para apanhá-los e me entregar um de cada vez! Longe da minha família pela primeira vez e com o marido trabalhando muito, ela tem sido minha companheira. Fofa, levada e meu grudinho! Nosso amor transborda! 

Ah esses desafios, testes e bobeiras de facebook que se tornam incrivelmente lindos. Depende do jeito que a gente vê!

Beijos
Aline Caldas Viterbo

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Zika vírus e o sonho de ser mãe.


Estar grávida é maravilhoso, mas temos várias preocupações que caminham juntas com o sonho de ser mãe. Para completar esse turbilhão de informações para serem processadas, estamos convivendo com a sombra do Zika em nosso dia a dia. Resolvi convidar minha amiga, Juliana, para escrever um pouco para vocês sobre esse assunto, já que por mais que eu me imaginasse grávida nesta situação, só um olhar de alguém em primeira pessoa é que nos acalenta e nos faz acreditar que não estamos sozinhas. Hoje o post é especialmente para as gravidinhas sortudas:

" Zika vírus e o sonho de ser mãe,

Há cerca de um ano decidi parar de tomar remédio e virar definitivamente uma família junto com meu marido, mas o tempo que esperávamos para um baby aparecer em nossa vida foi maior do que imaginávamos, ao longo de 2015 descobrimos com a ajuda de nossos médicos alguns “probleminhas” que poderiam dificultar ou não permitir que esse nosso sonho se tornasse realidade. Mesmo sabendo que poderia não acontecer, resolvi juntamente com minha ginecologista que não voltaria a tomar remédio, não evitando assim uma possível gravidez.  
Desligada  após  tantos exames veio o fim do ano letivo e eu como sou professora estava com a cabeça em outro mundo, logo após as festas e as férias e ao chegar em casa no inicio de janeiro,  descobri do nada que já havia um bebezinho aqui comigo. Comemorei como nunca, chorei, sorri, acho que nunca fiquei tão feliz assim na minha vida, mas ao ligar a TV as reportagens não paravam de falar no ZIKA VIRUS. Nessa hora senti um grande aperto no coração, pois já havia conversado com algumas amigas que resolveram adiar a gravidez em função do alto número de contaminações pelo ZIKA. Mas e eu? Eu já havia esperado há tanto tempo! Resolvi mais do que logo marcar uma consulta e entrar em contato com a minha médica.


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Mudando de escola - A primeira semana do Théo


Olá mamães e papais!

Como prometido, hoje voltei para falar um pouquinho pra vocês sobre como foi a primeira semana do Théo na escolinha nova!

Resultado de imagem para primeiro dia de aula
Imagem do Google


Coração de mãe vocês sabem como é, né? Tive uma reunião e saí super cedo de casa, mas fiquei de olho no celular o tempo todo! E perguntei pelo menos mil vezes pro namorido como o Théo estava!

Fiquei com muito medo por pensar que ele, agora maiorzinho, teria mais medo, mais desconfiança, etc. Maaaaaaaas, como em todas as outras coisas nessa vida de mãe, tive uma surpresa: Théo se adaptou muito rapidinho! É claro que ele chorou nos primeiros dias, mas nos dois últimos só ficou com uma pequena insegurança mesmo, e não chorou! Ele tem saído de lá bem feliz (palavras do papai).

Lembro que na segunda, quando me encontrei com ele, perguntei:

- E aí, Théozinho, como foi na escolinha?

Ele, mais que depressa, respondeu:

- Escolinha futebol!!!

(Lá na escolinha dele tem uma quadrinha infantil de futebol, e ele com certeza amoooou isso).


(Olha a carinha de cansado depois do primeiro dia =D )


Pra mim essa resposta foi satisfatória! Ele associou a escola a algo bom, pelo menos inicialmente. Ele está almoçando lá, e chega exausto (o que pra mim e outro bom sinal, de que ele está se exercitando e gastando bastante energia).

Por ser uma escola menor, de bairro, fiquei um pouco mais insegura, pois ele estava vindo de uma escola bem grande. Nessa semana ele ainda ficou sem uniforme (não tinha do tamanho dele quando fui comprar), o que só aumento as minhas preocupações malucas. Mas uma coisa aquietou meu coração: no primeiro dia de aula ele chegou cheio de lembrancinhas da escola, mensagens de início de ano... Tudo uma gracinha!

Agora já chegou a lista de material e a apostila, e já deu pra ver que ele vai fazer muita coisa linda! Eu adooooro trabalho de escola, e eles fazem muitos la na escolinha dele!

Mas não pensem que acabou:

O próximo desafio agora é deixá-lo uma vez por semana na parte da tarde. Vou tentar isso apenas na semana que vem, pois esse carnaval com certeza vai ter uma má influência na adaptação dele, né?


Queria saber de vocês também, gente! Como foi o primeiro dia de escola dos filhotinhos? Dá um aperto no coração, né? Mas temos que deixar tudo nas mãos de Deus, além de confiar naqueles a quem entregamos nossos amores! Tenho certeza que todos nós fizemos as melhores escolhas!

Me contem tudo, em?!

Um beijinho,



G.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Nem melhor, nem pior: Tem uma idade ideal para ser mãe?


Amigas se encontram e chovem um milhão de assuntos. Quando se tem um grupo que vive momentos diferentes da vida é que a coisa fica mais interessante e nos faz refletir. Vim para Belo Horizonte no início de dezembro e desde então tenho encontrado amigas daqui e dali. Foi unânime o assunto sobre a idade certa para ser mãe. Em meio as perguntas da rotina e a curiosidade de como sua vida fica após a maternidade. Há aquelas que são mães e te ajudam a contar sobre o mundo do lado de cá e demonstrar que as individualidades continuam daqui.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Moda infantil: 10 vestidos que nos fazem suspirar!

No post anterior falei sobre a adultização na moda infantil.
Como mãe de menina recebi de várias pessoas um link com fotos de vestidos fofos que estão circulando no facebook retiradas do google. Resolvi compartilhar com vocês alguns modelinhos que me fizeram suspirar!


quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Moda infantil: Adultização da infância

Até onde vai a moda para a criança?
Os pais devem impor uma maneira de vestir para seus filhos?
Existem restrições de acessórios para a saúde infantil?
Maquiagem, esmalte, escova em salão, tingir o cabelos... Há limite para a vaidade na infância?
Daí por diante os questionamentos são infinitos e devem ser perguntados para profissionais da saúde física e emocional de sua confiança.
Eu AMO emperiquitar a Cecília, mas respeito os seus nãos. É difícil ter uma mãe que não faz da sua filha uma bonequinha, escolhe sua roupa e combina acessórios com seu toque, jeitinho e amor. Pra mim é uma das delícias de ter uma menina.
Então, surgem os medos de acidentes com alguns acessórios: pulseirinha que pode prender a circulação, strass que pode soltar de acessórios parar no olhinho ou ser engolido, etc. Percebemos que a saúde, bem-estar e conforto estão em primeiro lugar sempre!


segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A Vida em 4 Anos

Não sei se o mundo é bom

Mas ele está melhor
Desde que você chegou
E perguntou:
Tem lugar pra mim?


Há 4 anos seus olhos abriam para o mundo, exatamente 09:30 daquele dia 14. No dia em que completávamos nossa 42ª semana de formação (da sua vida e da minha nova vida). Nosso perfeccionismo foi fortemente contemplado nessa hora e nessa data. Tudo exatamente!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Mamãe Especial: A chegada de Daniel.

Enfim chegada a hora de ver meu filho na UTI! Caramba pense, Daniel nasceu as 10:45 a.m e só fui vê-lo as 21:00 p.m! Quando entrei na UTI fui logo perguntando para Paulo qual daqueles bebês seria o Daniel e ele me levou direto na incubadora 06. Ele era o maior bebê da UTI, pessoas diziam que ele não parecia bebê de UTI, e bebê de UTI tem cara é?!?!?! Ser humano, mas continuando..... Nasceu com 3,650 Kg e 51 centímetros! Tinha pêlos até nas orelhas e como tinha 6 dedos em cada pé o apelidei de fera dos x-men! Ele era lindo aliás, é! kkkk...Que vontade de pegá-lo, mas não pude. Fiquei feliz em saber que sua situação não era grave e lá estava eu até último minuto que pude admirando meu lindo e amado filho, depois fui para o quarto.

Daniel - Foto da carteirinha da maternidade

Foram tantas emoções vividas naquele dia, boas e ruins. Pensamento de incapacidade, de irresponsabilidade, sei lá. Um amor que não tinha como explicar ou dizer! Queria tanto o Daniel nos meus braços, mas naquele momento o melhor lugar seria na incubadora. Que coisa estranha né? Você espera 8 meses para ter seu filho em seus braços, arruma a mala, se prepara para a nova fase da sua vida e de repente vem a vida e te joga um balde de água fria, dizendo que ainda não é a hora! Tive que aprender a ser mãe sem poder praticar uma rotina que imaginava! Mas se engana quem acha que não pratiquei a maternidade. Foram os 30 dias mais longos, cansativos e sofridos da minha vida. Sabe o medo de pegar criança recém nascida no colo, os pais desajeitados e outras coisas que sentimos com um recém-nascido? Pois é, isso não aconteceu comigo e nem com Paulo. Daniel tinha vários fios pelo seu corpo: um que era colocado no pé para medir pressão, a sonda que era no nariz para alimentação, um no peito que foi dado até dois pontos para não sair para o soro e por último um para o oxigênio.
Não aguentava mais os apitos dos aparelhos, o cheiro do sabonete, a incubadora, a proibição de tirar foto do MEU filho, a saída e entrada de bebês e o Daniel lá! Com 7 dias ele pegou uma infecção generalizada e com 14 descobriram uma anomalia e ele teria que fazer uma cirurgia. Caramba, não bastava a dor da cesárea, as idas e vindas de carro que acabavam comigo, a tristeza de ver meu filho na UTI e não tê-lo em casa, viria mais essa: uma cirurgia marcada as pressas!
Infelizmente meu corpo padeceu, tive paralisia facial do lado esquerdo. Como não pude amamentar por alguns motivos pude tomar remédio a base de corticoide. Entre os problemas da não amamentação era que Daniel não conseguia mamar, pois não é tão fácil assim, algumas mães perdem a paciência com seus filhos quando o mesmo não consegue mamar. Aí vai uma dica: quando Daniel não conseguia mamar, questionava o porquê com as enfermeiras e elas me disseram o motivo. Mamar não é só um ato, é feito de 3 atos: chupar o leite, respirar e engolir. Nada muito fácil principalmente para um ser que acabou de nascer! Meu sonho era amamentar, todos dizem que é muito bom para a aproximação de mãe e filho e pensava: "Poxa, essa aproximação foi tirada de mim pela UTI e agora pela impossibilidade de amamentar."
Fiquei muito chateada, mas depois pensando melhor e mesmo sabendo da importância do leite materno, vi que a sociedade impõe certas coisas que as vezes quando você não consegue atingi-las você se sente incapacitado. Comecei a pensar como um ser humano único, como se é, sem se importar com os outros porque precisava estar bem. O que a sociedade me impunha já não me abalava mais. Só podia ver meu filho 3 vezes ao dia e assim foram os 30 dias. A vida nos ensina até nas horas tristes e sempre tem um lado bom. Emagreci 14 kg em uma semana ( 7 dias), Paulo mesmo dizia para colocar no face "Emagreça 14 kg em 1 semana, me pergunte como!" kkkkk. E o que é mais engraçado é que disse que foram os piores dias da minha vida, mas pude observar o amor no ar: Amor de pai para filho, amor das enfermeiras e médicos, amor de avós, esperança, força, capacidade de coisas impossíveis, fé, brincadeiras, garra, confiança, cumplicidade dentre várias outras. Cirurgia feita e depois de mais 15 dias Daniel sai do hospital!
Que maravilha! Agora meu filho vai VIVER, poder RESPIRAR, OBSERVAR o mundo!! Que vontade de apresentar pessoas, lugares, sensações para meu filho. Caramba, que felicidade! Quanta felicidade! Parecia que meu filho tinhas renascido. Os dias foram passando e fui percebendo que meu filho não era uma criança "NORMAL". E lá vamos nós batalhar de novo...
Encerro aqui mais um dia de lembranças boas e ruins, relembrando que tudo passa e melhora! Que nada na vida é definitivo, e que devemos ter fé sempre, não só a fé religiosa, mas a fé em nós mesmas! Acredito que mães são seres abençoados e admirados por Deus e pelos homens. São fortes e frágeis, são doces e amargas, elas são todos os defeitos e qualidades ao mesmo tempo. Porque precisam disso para sobreviver, cuidar de tudo priorizando seus filhos!

Até a próxima ...
Beijos a todos



Déborah Gouvêa




quinta-feira, 26 de novembro de 2015

DESABAFO

Eu e o André sempre fomos um pouco desligados da nossa família e isso inclui avós, tios, mãe (só eu), pai, primos, mas isso não quer dizer desrespeito ou falta de amor, nós só não tínhamos vontade de ficar tão perto deles! Eu sempre fui muito de ser da família dos outros. Dá família dos amigos da rua da minha avó, dos amigos de colégio, dos amigos dos amigos! E refizemos a nossa família e hoje é a bem mais precioso que temos na vida. É o bem que mais amamos.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Mamãe Especial: Uma janela para o meu mundo!

"É um prazer trazer mais uma colunista para nosso time! Escolhi a Déborah por acompanhar seu facebook e perceber seu encanto por seu filho especial, sem esquecer de batalhar por seus direitos e ter muita força de vontade para isso. Apesar de conhecê-la a 2 anos, a vida que nos apresentou foi a mesma que diminuiu nosso contato, risos, então posso dizer que minha escolha foi por admiração! Tenho certeza que vocês adorarão acompanhar seus posts quinzenais e abrimos aqui um espaço para mães especialmente lindas de coração, escolhidas por Deus para uma tarefa e tanto!" Aline Caldas Viterbo

Sou Déborah de Melo Gouvêa, tenho 32 anos e moro em Brasília. Fui convidada para escrever no blog  e já me considerava sortuda e muito especial, talvez seja porque tenho um filho especial. Primeiramente gostaria de agradecer o convite a Aline, pois você acabou realizando um sonho que sempre tive. Já havia pensado em fazer um blog, mas não consigo mexer nessas coisas novas,rsrsrsr. e a Aline vem me ajudando nisso também. 


terça-feira, 3 de novembro de 2015

Julgamentos do mundo mãe: Amamentar e andar de bicicleta.

Circulou na internet esta foto: uma mãe amamentando e andando de bicicleta ao mesmo tempo. Inusitado não é? Nem tanto se comparado ao comentário que vinha a seguir:

"POBRE FAZENDO POBRICE! Vai em um bairro nobre, ou em um restaurante fino pra vc ver se encontra mulher com o peito pra fora?! Kkkkkkkkk! JAMAIS! Elas levam mamadeira! Como eu fazia! Ou no mínimo colocam uma fraldinha pra tapar o peito! Isso se chama BOM SENSO! Essa ridícula aí ta querendo aparecer! E outra, depois dos 6 meses a criança já começa a comer outros tipos de alimentos e não é necessário ficar amamentando a qlq momento e em qlq lugar não! Essa história de amamentação é um programa de incentivo do governo pra fazer as coitadas das pobres virarem umas vacas leiteiras e ficar amamentando até 2 anos de idade! Economia pro governo! Imagina se toda a pobraiada que se empenca de filhos resolvessem dar NAN (mamadeira) para toda a sua penca? O governo tava lascado! Eles incentivam amamentação e cada uma q se vire com os peitos mesmo.... Agora, quem tem dinheiro não segue esse incentivo... Eu nunca amamentei meu filho e ele é lindo e saudável! O NAN hj em dia é completamente igual ao leite materno em questão de nutrição! Hoje em dia não tem mais necessidade de amamentar dessa maneira! O mundo ta evoluindo gente! Só que custa muito caro! Mas eu optei por isso... A criança mama com muito mais facilidade, fica mais tranquila, dorme melhor, não tem dor de barriga e vc leva a mamadeira pra qlq lugar e não passa vergonha com o peito de fora... Foi a melhor coisa que fiz na minha vida!"


Depois de tamanha infelicidade, que prefiro nem comentar ou entrar em detalhes, percebi que essa foto precisava de uma nova legenda muito especial, direcionada a essa super mãe:

"Querida mãe, imagino que seu dia não está sendo fácil e mesmo assim você lembrou do capacete da sua filha. Andar por aí de bicicleta com uma criança tão novinha deve ser um desafio, admiro sua disposição. Não pude deixar de notar que você está amamentando, talvez por isso imaginei que esse foi "um dia daqueles", que só quem é mãe sabe o que quero dizer. Amamentar em movimento deve ser uma loucura, mas o que não fazemos por nossos filhos, não é mesmo? Espero que ela esteja bem sem nenhum problema de saúde que tire seu apetite, pois é principalmente nessas horas que o santo leite materno é o melhor remédio. Obrigada por nos mostrar que coisas inusitadas são possíveis basta amor, coragem e determinação. Tenha uma ótima semana!"

Beijos


Aline Caldas Viterbo


quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Eu acredito na Criação com Apego

Acho triste que a sociedade seja tão ligada as regras sem respeitar a individualidade quando o assunto é cuidar de um bebê. Preocupações com uma independência precoce estão cada vez mais presentes e podem comprometer toda a troca de amor deliciosa entre pais e bebês.

Eu sou uma mãe que:
Pego minha filha no colo e dou atenção quando ela chora
Adormeço com ela e tenho a cama compartilhada.
Amamentei por livre demanda exclusivamente até os 6 meses e ainda hoje quando a Cecília pede o "mama de sobremesa" ou durante o dia junto com outras refeições, não recuso.

Sobre o desenvolvimento da minha filha? Perfeito! Sem qualquer atraso, insegurança ou apego excessivo. Estimulo-a de acordo com sua evolução individual e "cobro"! Como? Se ela já entende, porque não fazer? Ela já guarda as coisas no lugar quando peço, claro que a sua maneira, pois está com 1 ano e 2 meses. É extremamente insistente, quer as coisas para ontem! Tento conversar, mudar de assunto, distrair caso não possa atendê-la, mas estou ali: conversando, cantando e as vezes dando uma de doida.



Para refletir, resolvi trazer alguns trechos do livro Bésame Mucho – Como Criar Seus Filhos com Amor, escrito pelo pediatra Carlos González , que foram publicados pela revista Crescer:

“O proibido parece ser a parte mais agradável da maternidade: ninar o bebê no colo, cantar para ele e desfrutar da sua companhia. Talvez seja por isso que criar os filhos se afigure tão difícil para algumas mães. Todos estes tabus e preconceitos fazem com que as crianças chorem e também não deixam os pais mais felizes.”

“O bebê que chora quer a mãe. Não a quer pela comida, nem pela roupa, nem pelo calor, nem pelos brinquedos que comprará mais tarde, nem pela escola particular onde vai matriculá-la, nem pelo dinheiro que deixará como herança. (...) Ninguém negaria comida a uma criança que chora com fome; ninguém deixaria de abrigar uma criança que chora com frio. Deixaria chorar uma criança que o faz porque necessita de carinho?”

“Devemos dar toda a atenção possível aos nossos filhos. Nunca será demais. Não se pode provocar qualquer ‘trauma psicológico’ por sorrir muito a uma criança ou por dizer muitas vezes ‘gu-gu’.”

“Um sorriso de vez em quando, uma carícia ocasional, uma palavra, mesmo que dita de longe, podem ajudá-lo a se tranquilizar nos momentos em que não podemos dar nossa atenção total. Sempre será melhor do que seguir o conselho tão gasto de ‘não permita que ele o aborreça, deixe-o chorar até que se canse’.”


Leia, se informe e escute o pediatra, mas nunca deixe de confiar em sua intuição. Repeite sua forma de enxergar a vida, as relações familiares e lembre-se: um filho não é um bicho de sete cabeças e é sua responsabilidade.

Beijos


Aline Caldas Viterbo


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Parto NATURAL - Relato de um caso real

Desde a minha primeira gravidez, eu comecei a ler muito sobre o assunto! Gosto tanto de conversar sobre gravidez, parto, filhos, que eu mesmo me intitulo a "Maníaca da Barriga"! Hahahaha
Quando eu voltei da licença maternidade do Theo, fiquei sabendo que a esposa de um colega de trabalho, o Cris, estava grávida... Ai lá fui eu, enche-lo de perguntas e encheção de saco... As vezes o encontrava no café e sempre perguntava: "E ai Cris? Como Janaína está? Já está ansioso?" e uma dessas conversas ele me disse que ela queria que o parto fosse natural. Eu, no alto de minhas duas Cesárias, me calei... não tinha opinião nem conselhos para dar! Mas estava ansiosa para saber como seria.
Quando Luíza nasceu, chegou um burburinho ao escritório que teriam sido mais de 24 horas de parto... Aí a "Maníaca da Barriga" aqui, já foi logo perguntando ao papai (quando ele voltou, claro!) e fiquei sabendo que Janaína, que é jornalista,  havia escrito sobre seu parto. Gentilmente (leia-se insistentemente) perguntei a ela se eu poderia publicar o relato do seu parto aqui, e olha só? aqui está!

Vilamamifera.com

"Mesmo antes de engravidar já tinha em mente que queria que meu parto fosse normal, sempre vi a cesariana como uma intervenção cirúrgica que faria somente se realmente fosse necessária. Quando engravidei continuei consultando com minha ginecologista que também é obstetra. Desde o início falei que gostaria de ter parto normal e ela disse que não havia contraindicações e que poderia ser feito dessa forma. Sempre que perguntava sobre o parto ela me dizia que ainda estava cedo para pensar nisso. Na consulta do sexto mês disse a ela que queria saber tudo sobre o parto. Ela me explicou como seriam feitos os procedimentos desde minhas primeiras contrações. Perguntei sobre ser parto normal e ela me disse que não dava para saber ainda, mas que tudo indicava que não seria possível, pois eu não tinha idade e nem estatura para tal (estava com 34 anos e meço 1,63cm). Fiquei estarrecida com os argumentos dela e na semana seguinte estava consultando com um novo obstetra, Dr. Lucas Barbosa, que é especialista em partos normais e referência do Ministério da Saúde. Na primeira consulta já senti confiança em suas palavras que foram as seguintes: “O parto é assistido pelo médico ou pela enfermeira obstetra, mas quem o realiza de fato é você”.
Já frequentava aulas de yoga com uma turma de gestantes adeptas do parto normal e que, assim como eu, tinham muitas dúvidas. Pudemos fortalecer nossas opiniões através da busca e troca de informações. Passei também a participar da Ong Bem Nascer e das Rodas de Conversa promovidas por eles, os quais participam gestantes, seus maridos, enfermeiras obstetras, doulas e outros interessados. Esses encontros foram muito interessantes por causa dos depoimentos, da troca de vivências e do esclarecimento de dúvidas. Através dessas fontes fui conhecendo ainda mais os benefícios do parto normal, tanto para o bebê quanto para a mãe. Iniciei também, na sequencia, sessões de fisioterapia para fortalecimento do assoalho pélvico, o que ajudaria no parto. Meu obstetra me passou muitas informações a respeito do parto normal e me indicou vários livros e filmes que falavam a respeito... À medida que me informava fui ficando cada vez mais interessada em ter um parto mais natural possível, com o mínimo de intervenções e que fosse respeitoso com minha condição e vontade.
Pesquisei sobre as maternidades possíveis e por ter certeza de minha vontade seria respeitada, fiz opção por parir no Sofia Feldman. Fiz uma visita para conhecer as instalações e apesar de serem modestas, fui muito bem recebida e senti clima caloroso que não encontrei em outros lugares. Isso só confirmou que seria ali que minha filha nasceria.


Meu trabalho de parto se iniciou numa terça-feira, dia 19 de maio. Tive um dia muito atarefado... Durante a manhã fui ao médico e como ainda estava com 39 semanas, achei que voltaria na semana seguinte, sendo assim dispensei o exame de toque para que ele pudesse avaliar minha dilatação. Chegando em casa senti uma dor de barriga que voltava a cada 1hora. Desconfiei que pudesse ser contração, mas fiquei na dúvida. À tarde fui para aula de ioga. Havia decidido que seria minha última ida antes de ter bebê. Na ioga havíamos combinado de fazer um chá de bênçãos para abençoar a chegada da minha bebê. Da ioga busquei meu marido na academia (ainda estava dirigindo) e fomos para casa. No caminho já alertei a ele que estava sentindo contrações, mas que pudesse ficar tranquilo, pois havia mulheres que ficavam dias com essa “dorzinha”. Contudo, em casa as dores foram aumentando e comecei a ter contrações a cada 10min, com duração de até 2min. Achei que ia conseguir esperar passar a noite e descansar um pouco mais em casa, mas as dores só aumentaram. Liguei para a doula que havia contratado, Rosana Cupertino, e fomos todos para o Sofia Feldman.
Chegamos lá por volta das 02:00 da madrugada. Como foram chegando grávidas em estado mais urgente que o meu, elas foram passando na minha frente e eu só consegui dar entrada na maternidade às 05:00. Fiquei com receio de me mandarem de volta para casa, mas como havia vaga na Casa de Parto, me deixaram ficar. Estava com dilatação 3,4 nesse momento.
Já era a manhã de quarta-feira, dia 20. Me acomodei no quarto disponível e verifiquei que ali havia tudo o que precisava para o parto normal: cama, banheira, chuveiro, espaldar, banquinho para parto vertical, bola de fisioterapia para relaxar das contrações e uma enfermeira muito simpática que a todo momento verificava minhas condições (pressão, batimentos) e as do meu bebê. Já estávamos uma noite sem dormir e nessa altura, as contrações já incomodavam ainda mais. Para relaxar a ajudar no trabalho de parto, no meio da manhã recebi lava-pés com massagem e chá relaxante em uma casa anexa à maternidade que oferece esse carinho às gestantes, almocei e fiquei caminhando para ajudar na dilatação. Também recebi massagens e exercícios oferecidos pela doula para amenizar as dores e aumentar a dilatação. Entrou a tarde e já no finalzinho do dia a enfermeira pediu para avaliar minha dilatação, pois caso o parto não estivesse próximo, eu teria que ser transferida para a maternidade, uma vez que a enfermeira do turno da noite da Casa de Parto iria faltar. Na avaliação minha dilatação estava 7,8, o que meu deixou muito frustrada, pois já havia passado uma noite e praticamente um dia de trabalho de parto. Não acreditava que seria tão demorado. Fui transferida para um quarto com condições semelhantes ao que estava na Casa de Parto. Já entrava a noite de quarta-feira e as contrações, assim como o cansaço foram aumentando... já não conseguia mais me assentar e muito menos deitar, pois as dores aumentavam nessas posições. Na tentativa de aliviar o incômodo e relaxar um pouco eu revezava entre o chuveiro e a banheira, contudo, comecei a relaxar mais do que era necessário e as contrações diminuíam, o que atrapalhava no trabalho de parto. A essa altura, o pouco que ainda dava para brincar com a situação, nos intervalos das contrações ficávamos eu e meu marido apostando se o bebê nasceria sob o signo de touro ou de gêmeos.


Não teve jeito. Seria geminiana, pois entramos a madrugada ainda em trabalho de parto.  A enfermeira orientou que tentasse me esforçar para agilizar o trabalho de parto, com caminhada, agachamento, etc. Eu estava exausta pelo tempo sem dormir, e por já não conseguir me alimentar direito desde o início da noite... Nesse momento passou um filme em minha cabeça do meu médico dizendo que se chamava trabalho de parto porque era trabalhoso mesmo; de saber que o primeiro filho geralmente demora mais para nascer mesmo; por tudo que acreditava a respeito do parto natural e que tudo logo passaria e quanto mais eu fosse guerreira e me esforçasse, mais rápido teria minha filha em meus braços...
Em uma nova avaliação minha dilatação era 8,9 e a enfermeira ofereceu para acabar de abrir meu colo através do toque, de forma que pudesse encaixar a cabeça do bebê, que era somente o que faltava para o nascimento. Essa foi, sem dúvida, a intervenção necessária. Depois disso foi só fazer a força de expulsão.


Luísa nasceu às 05:20 de quinta-feira, dia 21. Seu nascimento foi muito emocionante e o sentimento de já tê-la em nossos braços ao nascer, indescritível. Ela nasceu sem chorar, bem tranquila e permaneci com ela em meu peito – ela já mamou no primeiro contato - durante todos os primeiros procedimentos. Na própria sala de parto ela foi pesada, medida e vestida e já sai dali com ela em meus braços. Não estivemos nem por um momento longe. Meu marido cortou o cordão umbilical e teve participação ativa em todo trabalho de parto. ‘Sofreu’ as dores junto comigo e foi essencial para meu suporte emocional.

E assim foi meu parto, sem ocitocina, sem anestesia, sem episiotomia e sem qualquer outra intervenção que julgava desnecessária. Foram quase 30 horas muito exaustivas de trabalho de parto, mas não me arrependo de minha escolha pelo parto natural. Descobri em todo esse desafio de parir uma força que não tinha noção que existia em mim. Me sinto mais encorajada para novos desafios e principalmente o de ser mãe, o qual venho aprendendo dia a dia desde que minha filha nasceu. Acredito em todos os benefícios do procedimento do parto natural e se tiver outro filho e puder optar, farei da mesma forma."



Confesso que quando eu fiquei sabendo pelo Cris, como tinha sido o parto, eu fiquei bem mais assutada do que lendo o relato da Janaína. Em conversa, ele me disse que devia ter se preparado melhor... lido mais... pois ele sabia que poderia não ser fácil, que demoraria, mas não imaginou que fosse tanto. Ele acabou ficando muito  mais cansado e estressado que a própria Janaína.
Um dia desses a Luíza e a mamãe vieram almoçar com o papai aqui em frente ao nosso serviço, e eu (a maníaca da barriga) dei uma palavrinha com a Janaína. Ela me disse que não se arrepende de nada, e que se tiver um próximo filho fará tudo igual. Bom, pelo menos o Cris já está mais preparado né? rss...
Então papais que estão por aqui... se a sua mulher optar por um parto natural, tenha em mente que vocês também serão peças fundamentais... então leiam e perguntem tudo que tiverem curiosidade, para que a insegurança de vocês não passe para as mamães neste momento em que elas têm que ser tão fortes.

E pra terminar, deixo vocês com essa fofurinha linda, a Luiza!


Alguém aqui quer parto natural? Alguém já teve um parto natural? Conte para a gente a sua experiencia também
contato@mamaesortuda.com

Beijos e mais Beijos


Thaísa Freitas

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

3 coisas que devemos aprender com as crianças.

Acho que depois que nos tornamos pais nossos corações amolecem de uma maneira que conseguimos sentir. Nos tornamos pessoas melhores, mas precisamos caminhar muito nessa busca para a reforma íntima. E neste dia (12),  resolvi escrever sobre o que as crianças podem nos ensinar:


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Doce Infância

Outubro está aí, correndo entre nossas poucas horas, trançando entre nossas pernas na tentativa de nos derrubar, não para machucar, mas para nos fazer rir e brincar, no chão, na chuva, no mar. Como quando crianças.

Sim! Mês, semana, dia das crianças.

Gosto da época sim! 

Não é pela data em si, nem pela lógica capitalista que nos incentiva a comprar presentes e mais presentes para os pequenos, mas por termos um tempinho do nosso ano para lembrarmos de um momento da vida do ser humano carregado de pureza, inocência, imaginação e amor: a infância.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Chegou a hora...


O nascimento se aproxima... na sala de espera do hospital o coração bate forte! Momento de centrar as energias e orações para que o bebê nasça com muita saúde e que tenha uma missão linda neste mundo! O vovô sortudo, Maurício, escreveu uma cartinha para sua netinha, a Júlia, momentos antes do nascimento, compartilhando sua energia de boas-vindas! 

"Júlia meu anjo,

Já estamos na ante-sala da maternidade esperando por você. Lá no bloco está uma jovem mulher... sua mãe. Ela a acolhe no seu ventre, onde você vive seus últimos momentos dentro do ninho em que se formou, e agora, está pronta para entrar em nosso mundo.

Tenho tanta curiosidade para entender o que está a sentir nestes instantes que precedem seu primeiro respirar, seu contato com o ar que sustenta a vida. É um pouco de ansiedade que sentimos. Seu pai vai e vem, entra e sai da sala onde está sua mãe. Carinha de preocupado que se transformará em sorriso tão logo você abra seus olhinhos entre nós.

Como você está? O que sente quando a mamãe tem suas contrações? Ainda agora sua tia Daniela chega dizendo que as contrações voltaram intensas, e foi preciso aliviar com analgesia. Eu sei... Sua mãe está firme, confiante imaginando este anjinho lindo, que tem vontade de chegar e faz movimentos para abrir seu caminho.

Venha meu anjo, estamos de braços abertos para você. 

Continuo pensando e até vendo seu rostinho e seu corpo já vislumbrando que é hora da chegada. Seus olhos sinto-os ainda cerrados. As mãozinhas e bracinhos em movimentos de caminhada em direção ao novo mundo. Os cabelos já grandes como sugerido no ultra-som. 

Imagino o seu querer nascer, diante de tanto amor e carinho de seus pais e todos nós, que já nos orgulhamos de você e a acolhemos no mais íntimo de nossos corações e de nosso desejo de amá-la intensamente. Venha meu anjinho, venha!" 

Maurício Roberto Teixeira Costa


Não podíamos deixar de convidá-lo a mostrar esta cartinha tão linda e especial, para inspirar mamães, que estão esperando a hora do nascimento, a sonhar com este momento sublime. Bem como, incentivar à reflexão de como foi o momento do nascimento dos filhos, ou filhos de amigos e parentes!



Nos conte sobre suas sensações!
 Como foi o dia da chegada do seu filho ou de algum bebê especial?!

Imagem: Freepik


Heloisa Drumond
contato@mamaesortuda.com