quarta-feira, 4 de julho de 2018

Maternidade isentona: cesárea, aderências, alimentação e coragem!

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Instagram: @spiritysol

Sou tão insentona na vida, tão no centro, tão no meio do caminho que fico perdida quando me pedem para escolher lados! Quando você escolhe um, você perde tanto do outro, tantos estudos e práticas de pessoas geniais. Prefiro ser pragmática, tratando as situações e pessoas com certo relativismo, respeitando necessidades e características individuais . Não dá pra jogar tudo numa vala comum! Não consigo! Somos tão únicos no mundo, porque insistimos em buscar tantas respostas simplificadas?

Sou a mãe fria que vem de duas cesáreas e a mãe calorosa da demanda livre na amamentação, que se alonga por 2 anos. A mãe preocupada com desenvolvimento do filho que montou o quarto montessoriano buscando sua autonomia, e a mãe afetuosa que compartilha a cama cultivando o apego. Sou da disciplina positiva com o olhar metralhadora sempre que necessário! Nada constante, tudo é uma questão de observação, necessidade e até mesmo exaustão!

Eu, mulher, sou uma flor de formosura que fala palavrão, sou feliz com muita coisa e escrava de nada; se tem cerveja ta bom, se tem só suco ta bom, se tem piquenique maravilhoso, se tem baile de gala incrível... Preciso mesmo pensar muito em algo que eu não goste de fazer.


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E sim, sou corajosa! Falo de cesárea com muita naturalidade e aconselho que mães de primeira viagem sempre esperem o parto normal, pois sem duvida alguma ele é melhor para o nosso corpo.   Entendo isso perfeitamente e de forma alguma me sinto menosprezada por não ter tido e muito menos, uma mãe pior. 

Maternidade está longe, bem longe de se definir através do jeito que você pariu seu filho. É uma pena termos discussões tão polarizadas sobre o assunto, distantes da saúde e tão próximas da competição e ego. Precisamos incentivar o parto normal, mudar números brasileiros? Sem duvida! Mas o julgamento, polarização, nunca é o caminho.

Venho de duas cesáreas realizadas com muito sucesso e coragem! Eu sei que o parto normal é fisiológico e o natural, eu tentei da primeira, a minha maneira! Minha bolsa estourou, esperei o trabalho de parto, corri para o hospital e fui para a cesárea que escolhi! Talvez se voltasse no tempo seria mais madura e menos ansiosa ao fazer a escolha e poderia sim, ter optado pelo parto normal.

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Na segunda gestação foi que senti contração, gente! Nem as de treinamento tive na primeira! Pronto, seria possível o normal dessa vez? E justo esse parto precisou ser marcado? Pensei um pouco nisso e continuei com a cesárea marcada que foi uma cláusula apresentada desde o início no hospital que meu plano cobre aqui em Natal. Já que não havia equipe de obstetrícia de plantão, eles não realizavam parto normal, mas me encaminhavam para qualquer lugar do Brasil que eu quisesse para ter, ou eu teria que pagar, fazer no particular, e esperar o reembolso num tempo indeterminado se resolvesse ganhar em outro hospital da cidade. Para alguém que veio de uma cesárea tão tranquila, não me importei! Preferia ter aqui com meu marido, na minha casa, do que ter que me deslocar para BH com minha filha mais velha, grávida e depois voltar com Antonela tão pequenininha pra cá no avião. Fiquei tranquila e marquei! Ainda bem!

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A cicatriz da minha primeira cesárea estava cheia de aderências que funciona como uma disfunção do corpo na hora da cicatrização do corte. Não há muito problema e é algo comum, como se fosse uma queloide interna. O problema é quando cola em algum órgão atrapalhando a sua função ou causando alguma dor na parte interna do corpo, na lombar, coluna e outras. Foi o que aconteceu com meu pai por duas vezes e eu já sabia desse risco! Meu médico tirou tudo! Jogou tudo no lixo! Minha cicatriz estava consertada e zerada de aderências! Obrigada meu Deus! Mas, e agora?

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Iniciando o processo de outra cicatrização, me apeguei a dieta que meu pai faz depois do ocorrido, com uma nutricionista clínica funcional e ayverda que cortou o glúten da alimentação dele até que ele esteja mais recuperado e possa voltar a tomar sua cervejinha de vez em quando! E aqui estou eu, no mesmo caminho, sem nem esperar que as minhas aderências tomem a proporção da cesárea anterior! 

O glúten é um alimento inflamatório e eu vivo tranquilamente com receitas que utilizam farinhas funcionais! To fincando muito boa nessa área inclusive depois de tantos experimentos e insucessos! 

Para a medicina tradicional as aderências e seu prejuízo a saúde é uma questão de sorte e azar, algo ainda sem muita explicação, sem ter o que fazer, sem cuidados para se tomar, sem prevenção! Só resolve com cirurgia e pronto, depois de já estarem ali! Por isso, meu pezinho no natureba, me permite acreditar que a nutrição sem duvida é o caminho!

E assim, sigo sem glúten!

Beijos













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Um comentário:

Obrigada!
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