segunda-feira, 20 de julho de 2015

Melhor ou pior: Mãe que não trabalha

Sabe o café? Pesquisas apontam que é uma excelente bebida para 1001 coisas, após uma semana novas pesquisas apontam os seus malefícios para outras 1001.  Assim é o mundo das mães, cheio de "benefícios e malefícios" para uma infinidade de situações e o pior, mães se dividindo em categorias para se julgarem "Melhores ou Piores".




Trabalho desde quando formei no colégio, isso sem incluir minha venda de brigadeiro enquanto estudava aos 15 anos. Sempre, sempre aprendi a me virar. Aos 19 já pagava meu plano de saúde e dava conta das minhas despesas pessoais, tive muitos problemas para pedir dinheiro aos meus pais, travava! Como eu consigo ficar em casa sem trabalhar? Vou dizer a vocês, mas para isso vou explicar algumas coisas:

Eu não peço dinheiro para meu marido!

Ele sabe o que eu faço, me valoriza, acha certo que nesses dois primeiros anos eu fique com a Cecília e o dinheiro que entra em casa é nosso dinheiro. Sempre foi assim, até mesmo antes da cecília chegar. Aprendemos a conversar sobre dinheiro, a sentar e fazer planilhas, planejar viagens, a entender quando num próximo mês precisamos economizar. Somos muito parceiros! Eu tenho o meu cartão e no máximo peço para ele sacar o dinheiro para mim, converso antes de comprar uma coisa mais cara e é o mesmo que faria se estivesse trabalhando. Construímos isso, é muito saudável.

 


Eu não deixei de viver a minha vida!

Nossa, como tenho sonhos, planos, projetos! Posso dizer que hoje eu estou mais próxima de concretizá-los do que se eu estivesse trabalhando. Sempre quis ter meu negócio e aos poucos estou trilhando meu caminho para isso. Sem ansiedade e procurando entender o mundo mãe como ele é. Não temos o controle de tudo, a rotina pré-estabelecida é mais variável do que se imagina. Ano que vem a Cecília vai para  escola meio período e não será para eu voltar a trabalhar fora, mas sim tocar esse projeto com apoio do meu marido.

Eu não sou desleixada!

Me considero vaidosa, gosto de andar bem vestida e me preocupo com meu corpo. Acho que não estou nada mal! E sim, fico em casa praticamente o dia todo!



Meu marido não é machista!

Sabe aquelas licenças maternidades europeias perfeitas de pai ou mãe em casa com o filho por um bom tempo, meu marido toparia! Ele acredita nesse estilo de vida de pais mais presentes e por isso dá certo essa escolha que fiz. Ele não me ajuda, faz a sua parte como pai, isso sim: dá banho, coloca roupinha, fica com a Cecília por prazer ou para eu descansar no final de semana, troca de fralda, mas eu não posso mentir, se for de cocô ele sofre!




Eu não sou dona de casa!

As vezes você vai chegar em minha casa e estará uma bagunça! Primeiro: aqui tem uma criança. Segundo: aqui tem uma "mãe pedagoga", que passa horas com sua filha pelo prazer de cantar, ensinar como os bichinhos fazem, brincar e a partir daí ver seu desenvolvimento acontecer. Como é lindo! É como se a Cecília fosse meu objeto de estudo de Psicologia do Desenvolvimento I, disciplina que eu escolhi fazer na faculdade por AMAR os primeiros anos da criança. Estou magrela, com as olheiras enormes, então meu marido não se incomoda de lavar a louça em um dia que ele chega e percebe que o trabalho dele foi mais fácil que o meu do dia.




Eu tenho tempo para meu marido e não vivo a vida da minha filha!

Nós somos eternos namorados mesmo! Desses que assistem filme com pipoca, ainda gostam de balada, tomam cervejinha em casa com tira-gosto e uma boa música. Não deixamos de ir em encontros de amigos. Quase sempre levamos a Cecília, ela foi acostumada assim e é uma anja, roda no colo do pessoal e quase sempre somos uns dos últimos a ir embora. Já tivemos a sorte de estar em BH e podermos sair sem ela deixando-a com a minha mãe.

Minha filha não é atrasada porque não foi bebê para a escola!

Cecília engatinhou aos 7 meses, começou a falar com significado, mais do que sílabas, aos 9 meses, andou aos 10. Como disse, não sou dona de casa, sou mãe. Das comidinhas às brincadeiras, das trocas de fralda ao banho. Não quero que ela fale corretamente "inconstitucionalicimamente" aos dois anos, já sabendo escrever o nome e contar até 100, quero que ela se desenvolva da melhor maneira: BRINCANDO! E isso é uma das coisas que vou observar para escolher a escolinha da Cecília para o ano que vem.




Eu não sou melhor do que a mãe que trabalha fora!

Quando nos dividimos em grupos como esses, deixamos de respeitar o que há de mais belo no ser humano, sua individualidade e capacidade de se adaptar. Imagino como é difícil deixar um bebezinho em uma escola em tempo integral, já vi de perto, do outro lado. Sempre tento tranquilizar as mães que passam por isso e auxiliar no que posso, como dando ideia sobre o que devem observar na escola a meu ver como pedagoga. Não somos nem melhores nem piores, apenas temos estilos de vida diferentes que devem ser respeitados. Se você estiver segura da sua escolha não precisará atacar a do outro para se sentir melhor. Isso é se sentir bem de verdade. O que percebo hoje é: Mulheres demais preocupadas em ser magras, mas que não se preocupam em ser leves!



Beijos.


Aline Caldas Viterbo
contato@mamaesortuda.com







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