Fiquei pensando sobre o que escrever no blog... Pensei, pensei, pensei... E me surgiu uma dúvida! Como é o fato da religião no convívio familiar das pessoas que me cercam?
Hoje, minha família toda é católica. Quando digo a família toda, vou desde a minha avó ate mesmo meus filhos. Minha avó sempre nos ensinou e nos levou para rezar o terço, para assistir a missa, para fazer via sacra com tudo que diz respeito a Igreja Católica, mas nisso eu ainda era bem nova quando a acompanhava, mas eu amava fazer isso tudo. Tinha um Padre, chamado Matias, que celebrava a missa das 9 da manhã do domingo, era uma missa que eu entendia da homilia, que ele jogava um balde de água benta e gostava que todas as crianças sentassem bem pertinho dele no altar. Ah que saudade deu agora! E também gostava de frequentar a missa que acontece no asilo Santo Antônio, no mesmo horário e dia. E sempre que ia, levava os meus filhos comigo.
Sou batizada na Igreja, fiz a primeira comunhão e por fim, fiz a crisma. Porém, não sou praticante. A gente cresce, escuta muita coisa, lê outras e acaba se questionando se isso ou aquilo é realmente necessário. Se aquilo vai me trazer sabedoria, liberdade ou se serei apenas mais um "cristão" que segue todas as doutrinas da Igreja. E quando falo que não sou praticante, não falo isso com orgulho. Meus filhos são batizados na Igreja Católica, batizei aonde não me cobravam o casamento no religioso (?), batizei por ser uma doutrina da Igreja e quase que algo imposto por minha família. Mas, eu também quis batizá-los. Eu quis consagrá-los a Nossa Senhora, na qual acredito muito. Mas se eu não sou praticante, meus filhos acabam não sendo também. E mais uma vez não falo com orgulho disso!! Mas toda noite, André ora com eles, lê a Bíblia e agradecem pelo dia que tiveram.
Mas filhos nos surpreendem a todo momento né? Nuh!!
As vezes eu paro e só agradeço a Deus! São tantos ensinamentos...
E um desses ensinamentos, foi o desejo de frequentarem uma nova igreja. De participarem de uma célula kids, de terem e lerem uma Bíblia. E vou te contar, a cada vez que eles chegam me contando algo, me arrepia, me enche de orgulho e muito mais amor! E eu fiquei sabendo que na célula, existe uma arvore das orações e uma dessas orações, era da Cecília, amiga deles, que pedia para que Deus levassem os dois para a célula na casa dela... tá aí algo que me faz acreditar no poder da oração!
E dessa célula, brotou o desejo de irem para o Resgate Kids da Igreja Metodista, uma espécie de Acampamento Espiritual. Foi a primeira viagem sozinhos, com suas malas, travesseiros, cobertores, pijamas, escovas de dentes e sem a gente por perto... O coração parecia que queria parar quando eles me fizeram o pedido e a cada vez que ficava mais perto do dia da viagem, mais eu pedia a Deus pra acalmar nossos corações de pais. André estava muito ansioso, dizendo a todo momento que iria morrer de saudade, que eram muito pequenos ainda pra tanta responsabilidade, que eles não aguentariam ficar muito tempo longe da gente e todo aquele drama de pai coruja! Eu por outro lado, estava ansiosa e calada. Dando força a todo momento para que eles mergulhassem de cabeça nessa nova etapa que eles pediram pra viver. Uma nova experiência, para duas crianças de 8 e 7 anos de idade.
Chegou o dia, malas prontas, muitas cobertas e blusas de frio, afinal esse seria o final de semana mais frio até então do ano... Coração a mil de todos nós lá de casa. Eu sempre soube que eles estariam bem guardados, meus amigos de infância estavam la, meus antigos vizinhos também. Então, chegou a hora de nos despedirmos, malas etiquetadas, filhos devidamente identificados, com pulseiras e por crachá, que continha o nome e quem seria a responsável por eles durante a estadia nesse final de semana do dia 7 ao 9 de junho! Desde a chegada deles ao sítio e ate o retorno, tudo nos era informado. E tinham muitas fotos! E era perceptível a carinha de felicidade deles. E eu só queria encontrá-los, para eles me encherem de historias, para me contarem tudo que viveram e se sentiram a presença do Espirito Santo. Mas por outro lado, o pensamento tomava conta, será que eles vão dar conta de fazer tudo sem a minha supervisão? Será que se alimentarão bem? Irão cuidar das roupas e não misturar as limpas com as sujas? Ahhh gente, tem criança que cresceu!
Senti saudades, confesso! Mas por outro lado, aproveitei que estava sem filhos esse final de semana, coloquei a vida e a casa em ordem, fomos a um gastropub, a um pagodinho e dormimos ate a hora que deu!
Laura e Pedro viveram algo extraordinário, Pedro me contou tudo com os olhos brilhando, atropelando as palavras, cheio de trejeitos, já Laura, me contou do jeitinho tímido dela, em poucas palavras resumiu o que viveu e o que mais gostou. Durante a viagem, a Igreja pediu para mandar uma lembrança pra eles, além de fotos da nossa família e uma carta. Fizemos tudo com muito amor e contamos o quanto estávamos orgulhosos pela decisão que eles tomaram, de conhecer um pouco mais de Deus.
Na mala de volta, tinha muita roupa suja, tinha muita bala, chicletes, pirulito, fotos, tinham as cartas que eles receberam de seus mais novos amigos... E tinha também muito história, muita saudade, muito amor, muito aprendizado e tinha também, duas crianças cheias do Espirito Santo... E sabe o que eu espero? Que eles vivam verdadeiramente o amor de Deus. Que eles crescem em graça e que saibam o verdeiro valor da vida. Independente de qual religião, eles queiram seguir.
E aí na casa de vocês, como é a relação religião e filhos?
Um super beijo, Carol
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