quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dia dos professores com dica de professor

Oi pessoal!
O mês de outubro chegou e, com ele, chegou uma dupla comemoração para mim: meu aniversário, no dia 9, e o dia do professor, no dia 15. Parabéns pra mim!!!
Pensando no dia do professor, lembrei-me de um assunto que já queria tratar aqui há algum tempo: leitura. Para mim, que estou formando no fim do ano no curso de letras, nada melhor do que comemorar escrevendo um texto sobre um tema de que tanto gosto!




Nossos filhos estão crescendo num mundo totalmente diferente daquele em que nós crescemos. E grande parte da mudança pela qual passou o mundo nesse período entre o nosso nascimento e o deles foi propiciada pelo desenvolvimento dos milhares de tecnologias a que hoje temos acesso. É certo que essas tecnologias têm forte influência sobre o funcionamento cerebral de qualquer ser humano, mas de que modo será que toda essa novidade afeta o aprendizado de nossos filhos, sobretudo durante o processo de aquisição de leitura e escrita?

 
Ver e falar são habilidades naturais do ser humano. Toda pessoa nasce com circuitos cerebrais preparados para o desenvolvimento da visão e da fala. Ler e escrever, no entanto, não são habilidades para as quais o ser humano está preparado. Para aprender a ler e escrever, uma criança precisa fazer centenas de conexões cerebrais e especializar alguns circuitos para essas funções. Essa reconfiguração cerebral é extremamente importante para o desenvolvimento do pensamento abstrato, do pensamento complexo. Pensando em toda essa reconfiguração pelo qual o nosso cérebro passa para que possamos adquirir as habilidades de leitura e escrita, podemos então pensar sobre como a entrada das tecnologias nas nossas vidas (e sobretudo nas vidas dos nossos filhos) afetam e modificam a nossa maneira de ver o mundo e, sobretudo, de ler o mundo.
Quando desenvolvemos os circuitos específicos para a aquisição da leitura, nosso cérebro se acostuma com aqueles estímulos que a leitura o faz receber. Mas se aprendemos a ler em livros, quando passamos a realizar a leitura no computador nosso cérebro acaba passando, novamente, por uma reconfiguração.
O nosso cérebro muda de acordo com a freqüência de estímulos que recebe.
Qualquer pessoa leitora da nossa geração sabe apontar a diferença entre ler em livros e ler no computador. Lendo um livro, sentimos que nossa atenção está predominantemente voltada para a leitura, mas no computador isso já não acontece. O computador, sobretudo aquele provido de internet, é um espaço cheio de distrações e de oportunidades de interrupção, e a leitura feita nesse espaço é certamente afetada, e demanda um novo desenho dos circuitos cerebrais. É esse novo desenho que merece a nossa atenção: o excesso de exposição à leitura em meios digitais pode fatigar o cérebro.
Calma, vou explicar: quando ficamos expostos aos milhões de hiperlinks que os textos digitais apresentam, ou quando queremos acessar ao mesmo tempo o conteúdo de diferentes publicações que nossos amigos fazem no facebook, acabamos dividindo nossa atenção. Apesar de termos a impressão de conseguirmos fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo, o nosso cérebro só processa uma atividade por vez, com diferenças de milésimos de segundos entre elas. Com isso, nossa assimilação sobre o conteúdo lido cai bastante. Queremos ler tudo, saber de tudo, mas acabamos é por adquirir um conhecimento extremamente superficial sobre cada assunto sobre o qual lemos.
Quem nunca comentou uma publicação de um amigo no facebook sem nem ao menos abrir o link publicado atire a primeira pedra. Fazemos isso recorrentemente e muitas vezes sem perceber. E se nós, que nascemos quando o mundo ainda estava se adaptando a essas tecnologias, já somos tão afetados pelas tecnologias, o que será dos nossos filhos que já nasceram num mundo totalmente adaptado - e até mesmo dependente - delas?

Escola de Pais Bee Family

Já percebo em casa que o Théo, com apenas 2 anos e 4 meses de idade, já sabe acessar sozinho o YouTube no meu celular. Pior que isso é perceber que ele não tem paciência de ver mais de 30 segundos de um mesmo vídeo. E agora me vejo pesquisando sobre o que fazer para reverter essa situação.
Minha intenção, gente, não é ser contra a internet. Eu mesma sou viciadona nesse troço. O que eu quero com toda essa explicação é apenas alertar todos os pais sobre o que a internet, a longo prazo, pode fazer com o cérebro de nossas crianças. Por isso, é sempre importante estimular nossos filhos com atividades que não dependam do uso das tecnologias. Nesse sentido, incentivar a leitura fora dos ambientes digitais é uma tarefa mais do que importante. E para isso, vai aí uma dica incrível:
Joca - o único jornal brasileiro escrito especificamente para crianças de 7 a 12 anos.
Pessoal, fui apresentada a esse jornal no início da semana e não tive dúvidas: precisava falar dele para vocês. Com um vocabulário adequado para essa faixa etária, o jornal traz matérias nacional e mundialmente relevantes, de diversos temas bacanas, além de uma grande quantidade de curiosidades, do jeito que a criançada gosta ( e precisa).
Entrem no site do jornal para conhecê-lo um pouquinho melhor. Vocês não vão se arrepender!
Por hoje é só isso tudo, minha gente!
Uma beijoca,
G.


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2 comentários:

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