quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Deixe o pai ser pai!

paternidade ativa

A cada dia o assunto paternidade tem sido mais discutido, a maternidade hoje divide seu protagonismo lado a lado com pais cada vez mais ativos na criação dos filhos. No meu caso, vim de uma criação que a respondibilidade educacional era muito mais da minha mãe do que do meu pai. Apesar de ser um excelente pai, de termos histórias incríveis juntos, era uma relação distante e a função do pai era intervir em questões que fossem mais importantes, enquanto a mãe cuidava das questões corriqueiras. E por experiência, vejo que isso deixa lacunas nas relações entre pais e filhos. E meu pai, como filho, não foi diferente né? Ninguém o ensinou a olhar a paternidade sob um outro olhar. Ele foi pai, como ele viu o pai dele o sendo.

Acredito que hoje nossa geração seja privilegiada, por haver mais informações, pelo assunto ser mais debatido e também por vários homens que tiveram esse mesmo modelo de educação, e acreditam que ela possa ser melhorada.

Hoje é muito comum vermos pais com as crianças e dando conta do recado. Vemos mais pais em reuniões escolares, vemos pais parando para conversar com os filhos, pais participando das atividades e decisões do dia a dia, seja para comprar roupa, levar ao dentista ou ao médico de rotina, ao judô ou ao balé.

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Maternidade é...Carregar nove meses e nascer a cara do pai! Hahaha!

E aqui em casa não é diferente. Ser pai era um grande sonho do Ed, meu marido. Ele teve uma criação parecida com a minha e viu, quando o Benzinho nasceu, a oportunidade de realizar-se na paternidade. Desde quando engravidei, Ed tem sido um parceiro impar, já contei nossa história aqui, e me passou tanta confiança que eu sabia que poderia contar com ele, que ele iria participar de TUDO do Ben, ao meu lado. Ele nunca quis ser coadjuvante e nem eu quis ser protagonista, e exatamente por isso eu não sei falar hoje sobre a minha experiência com a maternidade sem falar sobre ele.

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Lindos, né?
Quando o Ben nasceu, deixamos de ser apenas o casal e tornamos um time! Já na maternidade o Ed tinha incorporado seu papel de pai. Meu trabalho de parto foi difícil e durante as dezessete horas ele esteve ali, segurando a minha mão e apoiando as minhas escolhas. Foi quem me ajudou a fazer a última força para o Ben nascer, pois eu já estava completamente fraca e exausta. Foi ele quem viu os primeiros exames e acompanhou o nosso filho logo depois do nascimento, pois eu me permiti fechar os olhos e descansar. Só consegui fazer isso porque eu sabia que ele já era pai e que o meu papel estava feito e ali ele assumiria com sucesso.

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O momento mais esperado pelo papai
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Papai acompanhando os primeiros exames
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E aqui começou a paternidade para ele
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Quem deu o primeiro banho?
No retorno para casa, tivemos o apoio das nossas mães para nos ajudar com toda nossa inexperiência, mas com poucos dias já tínhamos dado conta da nossa nova realidade. Ed me ajudou em tudo que eu precisei, me dava suporte inclusive nas madrugadas e é assim até hoje!

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Quem me ajudou a cuidar do umbigo?

Aqui todas as decisões em relação ao Ben são tomadas juntas, das mais bobas às mais importantes e que saber? Isso me alivia muito, me ajuda tanto no cansaço do dia a dia quanto nos mil medos e inseguranças na maternidade.

Enfim, eles precisam entender o papel de pais e nós precisamos deixar que eles sejam pais! Precisamos dar espaço, chamar para participar, do jeito deles, é claro. Pai não tem que ser mãe! Isso mesmo, nós como mães queremos que eles sejam cópias nossas, eu já me vi várias vezes querendo isso do Ed e está errado! São  referências completamente diferentes e são nessas diferenças e diversidade que nossos filhos vão aprender muito mais.

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Cinco meses ao lado do papai!

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O primeiro dia dos pais

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Passeio com o papai no aquário do rio São Francisco - Zoo BH
A maioria das mães tomam tudo para si, é preciso aprender a dividir e delegar funções, falo principalmente por mim, que tenho muita dificuldade com isso. Não implique se o pai não é daqueles que escolhem a roupa lindamente para o filho sair, tudo bem se ele sair de vez em quando com uma bermuda listrada e uma camisa xadrez! Hahaha! Tudo bem se acertar na roupa e não deixar o cabelo da sua filha com laço maravilhoso como você! Não cause uma tempestade se der uma bobagem antes do almoço, sentem e conversem. Ele vai ser pai, mas do jeito dele! Da forma que ele descobrir e perceber a paternidade, acertando e errando, assim como nós. Mas eles precisam de espaço e tempo para que isso aconteça e não se assuste se ele sair melhor que você, aqui em casa geralmente acontece! Hahaha! E os filhos só ganham com isso!

Então é isso mamães, não assumam um papel que não é de vocês, DEIXE O PAI SER PAI! E papais que estão lendo aqui, se acham que poderiam participar mais, corram atrás, ainda é tempo! Desfrutem da oportunidade de serem pais, com todos os erros e acertos só existe um herói para cada filho e é através desses que nossos pequenos enxergam a vida. Então... "ao infinito...e além!"

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"To infinity and beyond!"

Um grande beijo,
Lalá,
 super sortuda!

 


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3 comentários:

  1. Lala
    A única palavra que cabe sobre o seu amadurecimento e crescimento é "Orgulho" lindinha da titia!!! Beijos mil Tia Ju

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  2. Lala
    A única palavra que cabe sobre o seu amadurecimento e crescimento é "Orgulho" lindinha da titia!!! Beijos mil Tia Ju

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    1. Obrigada tia Ju, me tornei só um pouquinho da mãe que vi vocês sendo! Amo você!!!

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