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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Depressão e Síndrome do Pânico - Como consegui superar!

Setembro! A primavera está chegando! Tempo de florescer, renascer e lembrar a beleza da vida.
Este mês foi escolhido para uma reflexão muito importante: "Setembro Amarelo" - uma campanha a favor da vida, que promove uma conscientização sobre a importância da prevenção do suicídio.
Entre os fatores de risco para o suicídio estão os transtornos mentais, como depressão, síndrome do pânico, alcoolismo, esquizofrenia, entre outros. E de acordo com pesquisas, o número de pessoas com transtornos mentais tem aumentado, assim como o índice de suicídio.
Então, precisamos falar sobre isso!

setembro amarelo, depressão, suicídio

Em 2012, estava recém-formada e engravidei! Tinha acabado de passar por um período de muito estresse: final de curso, TCC, estágio, casa, marido, filha para cuidar...
Não estava me sentindo bem mentalmente, eu sentia que tinha alguma coisa errada acontecendo comigo. Passados alguns dias, com 6 semanas de gestação, eu tive um sangramento e descobri a Gravidez Ectópica (quando o embrião fica implantado fora do útero). Passei por uma cirurgia de urgência para retirar o embrião e acabei perdendo também a trompa direita (onde ele estava implantado). 
Foi um susto muito grande, tudo muito rápido e ainda no hospital tive uma primeira crise de pânico e precisei ser medicada para conseguir dormir.
Recebi alta e voltei pra casa. Carregando uma dor enorme, uma culpa enorme e uma tristeza enorme! Comecei então a ficar sem vontade de fazer nada. Só queria dormir. Para mim a pior hora do dia era quando eu acordava. Eu não queria acordar! Quando acordava precisava enfrentar todos os pensamentos negativos, as inseguranças, os questionamentos, as crises de pânico.
E essas crises... Que coisa horrível! O coração acelerava, eu começava a tremer, tinha ânsias de vômito e chegava até a vomitar mesmo. Tudo fugia do meu controle. Eu não tinha ideias de suicídio, mas achava que ia morrer. Desenvolvi um medo enorme da morte, medo de que as pessoas queridas falecessem, medo do meu futuro.
Minha filha mais velha estava com 5 anos na época. Ela era a minha maior preocupação e foi o que me deu forças para sair da inércia e enfrentar a situação. Eu não podia ficar assim. Ela precisava de mim! Antes de reconhecer que EU precisava de MIM, foi por ela que dei o primeiro passo.



Foi então que procurei um psiquiatra, depois de 4 consultas com médicos diferentes, encontrei um que me acolheu com carinho e humanidade e que escolhi para dar seguimento ao meu tratamento, que durou 1 ano.
Além dos medicamentos alopáticos que usei (o médico foi diminuindo a dose progressivamente), associamos homeopatia e florais. No final do tratamento estava utilizando somente os homeopáticos. 
Procurei também a ACUPUNTURA. Foi uma maravilha para mim. Tive uma experiência tão gratificante, que indico para todos! É uma ciência espetacular, que fez toda diferença no meu tratamento.
Busquei outras terapias alternativas, como Reiki, Cromoterapia e Cristaloterapia, buscando trabalhar os chacras, o campo energético e relaxamento.
Fiz acompanhamento com Psicólogo durante todo o meu tratamento e continuei depois. Me ajudou no auto-conhecimento, no controle das crises, nos meus questionamentos e a desenvolver segurança e coragem para lidar com as dificuldades que sempre aparecem na nossa vida.
Voltei para o trabalho voluntário, do qual tinha me afastado por muito tempo. E foi um santo remédio! Trabalhar em prol de uma causa social, fazendo o bem e sendo útil para aqueles que às vezes enfrentam situações muito piores do que as nossas, nos faz refletir sobre a nossa vida e nos ajudamos quando vamos ajudar. Aprendemos o poder da GRATIDÃO!
A religião foi um grande alento para o meu coração! A fé, a confiança em Deus, a confiança em nós mesmos, nos encoraja e conseguimos seguir em frente com a certeza de que nunca estamos sozinhos!
Livros, muitos livros... quando acabava de ler um, começava outro. Foram também meus remédios para a mente agitada e cheia de conflitos! Busquei conhecimento para entender tudo que estava acontecendo comigo e como poderia superar. 
Quanta coisa né? E gente, na época eu estava desempregada. Como fazia todas essas coisas? O único investimento com dinheiro que precisei fazer foi o psicólogo. Todos os outros tratamentos eu busquei em obras sociais na minha região. Os livros eu pegava emprestado ou em bibliotecas!
Quando a gente quer verdadeiramente, a gente dá um jeito!


Reconheço que no auge da depressão falta vontade de buscar tantas coisas. O apoio e a paciência da família e amigos foram fundamentais para o meu pontapé inicial! 
O mais importante é não desistir de nós! Por mais que essa dor pareça nunca ter fim, ela tem. Basta a gente se atentar para as belezas da vida!
Todos enfrentamos situações desafiantes, em diferentes escalas, em diferentes proporções. Ninguém está livre de sofrimentos. O que vai mudar é a forma que reagimos diante das dificuldades.
Todo esse processo que vivi durou aproximadamente 1 ano. E com ele aprendi tanto sobre mim, cresci, me fortaleci, consegui ajudar outras pessoas e descobri que eu era muito mais capaz do que imaginava! Todos somos! Depois de 1 ano já não precisei de medicamentos, mas continuei firme na busca do auto-conhecimento. 
Hoje consigo ser grata a essa vivência que me permitiu ir além do que eu pensava!
A GRATIDÃO é uma grande aliada. Quando agradecemos por tudo que conquistamos (não só materialmente), por tudo que somos, e até mesmo pelas adversidades que aparecem, seguimos mais felizes e confiantes de que tudo na vida tem um propósito!
Concluindo, gostaria de deixar um pedido: Nunca sofrer sozinho, sempre falar, desabafar, chorar, colocar pra fora toda a angústia e sofrimento, mesmo que pareçam infundados. Diferente do que muitos pregam, estamos cercados de amor, de pessoas que nos amam e querem nosso bem! Saibamos reconhecer, acreditar, confiar, ter esperança e lutar por dias melhores! Saibamos florescer!



Abraços fraternos!