terça-feira, 22 de setembro de 2020

Mãe e livre

 Oi, Amandinha!

Aqui sou eu, sua versão 30 anos mais velha. Vim te contar um pouco sobre como chegamos até aqui. Tivemos uma infância feliz, brincamos muito na rua, ralamos joelhos, caímos da laje de testa no chão (e só nos arranhamos, sempre fomos cabeça dura), aprendemos a andar de ônibus sozinha com 7 anos, brincamos e brigamos muito com @andressa, até que passamos para a adolescência.

Na adolescência começamos a construir parte do maior tesouro da nossa vida, as amizades. No colégio fizemos grandes e até hoje, melhores amigas. Demos o primeiro beijo (de muitíssimos 😂), fizemos revolução contra professora, brigamos muito com nossos pais, fugimos de casa, ficamos sem lugar no mundo, nos apaixonamos, namoramos, sofremos por amor que achávamos ser o único, descobrimos que não era, conhecemos outros amores e com um deles, ainda nessa fase (porque hoje eu enxergo que com 19 anos nós ainda éramos adolescentes e não adultas), fizemos-lhes mais um tesouro: o Paulo Victor.


Com a chegada dele, as pessoas diziam que perderíamos nossa juventude, e, por um tempo ela realmente ficou adormecida. Mas depois de entendermos a maternidade, e percebia que não precisamos abrir mão de toda nossa vida pelos filhos.

Descobrimos que é possível ser mãe e ser LIVRE. Podíamos nos divertir, podíamos beber, podíamos flertar, podíamos dançar e que isso não nos faz pior em nenhum aspecto da vida.  Nós não precisamos e nem vamos carregar  o peso de julgamentos da sociedade.

Entramos na faculdade, trancamos faculdade, duvidamos da nossa escolha.

Vimos o Galo ganhar a Libertadores! Vimos o Galo ganhar, vimos o Galo perder, vimos muitos jogos do Galo, em casa e no estádio. 

Passamos por alguns empregos, trocamos de faculdade, tivemos certeza da nossa escolha, fizemos mais grandes amigos.

Sofremos mais por amor, conhecemos novos amores e dentre todos conhecemos o amor mais importante: o próprio

Percebemos que nossa força e resiliência é  GIGANTE e com elas acreditamos que podíamos chegar onde quiséssemos, e é o que temos feito e buscado.

Nos formamos e percebemos que amamos advogar, ajudar as pessoas aquece nosso coração.

Hoje, posso dizer que apesar de ter dias difíceis, estamos bem, felizes e completas. 

Não temos, ainda, grandes conquistas materiais e profissionais, mas estamos construindo nosso caminho e temos orgulho de onde estamos hoje, de quem somos hoje e das pessoas que trazemos em nossas vidas.

Enfim, hoje, você Amanda, é uma mulher forte, dona de si, livre, com amigos maravilhosos, com uma relação cada dia mais sólida e melhor com sua família e com um filho que é o seu melhor amigo.

Você terá orgulho de você, Amanda. 

Eu tenho.

Feliz 30 anos ❤️

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