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sábado, 17 de dezembro de 2016

Adeus gordurinha !!! -16kg após a gravidez

Olá meninas! 

Hoje vim contar neste post, a minha história com a bendita balança! A gravidez veio, além de muitas alegrias, que já contei aqui, me trouxe 11kg e sinceramente eu desencanei, curti minha gravidez e pensar em perder peso era um plano "mais para frente". Eu não sabia o que iria fazer com um bebê (marinheira de primeira viagem), imagina se eu saberia o que fazer com esses lindos quilinhos! Hahaha! SÓ QUE o "mais pra frente" chegou e eu precisava dar um jeito nisso, dentro da minha louca rotina!

Primeiramente, durante a amamentação (amamentei por três meses) eu perdi praticamente os 11kg, cheguei a pesar 71kg no final da gestação, na consulta de egresso, fui de calça jeans me achando (só Deus sabe o quanto rezei para acabar logo a consulta! Vai boba!) com 15 dias eu já vestia minhas calças sem cinta, com 60 dias já tinha voltado ao peso inicial. Tivemos problemas com a amamentação, introduzimos a fórmula e o Ben não quis mais o peito, resumindo: parei de amamentar engordei quase 4kg mais rápido que o Bolt em corrida de 100 metros rasos! E quando engravidei, estava longe da minha melhor forma, já tinha perdido uns quilinhos, mas 60 kg para mim, ainda era muito. (Vamos concordar que tudo é ponto de vista, opinião pessoal de cada um, que gorda, gordinha, fofinha, magra, magrela, tripa seca é um ponto de vista! Importante é cada um ser feliz do jeito que é e quer e não interessa a opinião de ninguém! Combinado?)

Com quase 64kg, eu comecei um "estilo de comer" conhecido como " dieta paleolítica, dieta primal, paleo" que há tempos queria experimentar, já tinha visto ótimos resultados em três primos meus (Lili, Rafa e Quel.) perderam muito peso e estavam conseguindo manter, o Rafa chegou a perder 18 kg, teve uns probleminhas de saúde e fez a melhor escolha por ele mesmo: largou o copo de cerveja, melhorou sua alimentação, calçou o tênis e foi correr! Com essa inspiração eu precisava tomar uma atitude. Li muito, pesquisei muito, achei esse blog aqui que me ajudou muito. Animei, chamei o marido para embarcarmos juntos. Fizemos 30 dias e cada um perdeu mais que 6kg, cortando industrializados, massas, farinha, óleos vegetais, carboidratos pobres, refrigerantes, sucos de caixinha, bebidas alcoólicas, ou seja, passamos a frequentar muito mais o sacolão e o açougue do que o supermercado, isso é SAÚDE, acima de tudo! Fora a economia, é aterrorizante o quanto a gente gasta com coisas que nos fazem mal. Nossa alimentação era basicamente, carnes, peixes, frango, ovos, legumes ( nada que crescia debaixo da terra), verduras, queijos amarelos e algumas frutas. Tudo era preparado na manteiga e na banha animal. Preciso falar  para vocês que eu emagreci comendo BACON! Isso mesmo! A gordura animal virou nossa amiga e hoje ela frequenta nossa mesa sem nenhum preconceito ou medo.

Foi um sucesso! Só que decidi fazer algo para me superar, chegar a uma meta que não tinha alcançado antes, queria mais! Queria mais 30 dias na linha, sem escapadas! Sinceramente, não são 30 dias fáceis, a primeira semana é terrível, mas vale a pena pelo bem estar conquistado. Chamei as amigas, uma é minha nutri da vida, que mora no meu coração, garota fitness, linda e maravilhosa, Milla Gandra! Que sempre tentou me colocar na linha enquanto eu buscava feijoada toda sexta feira! Hahaha! E a outra, minha irmã de alma e parceira, linda e maravilhosa e mamãe sortuda, Thaísa! Que já estava numa pegada fitness. Elas toparam de imediato e criamos o desafio #30diasparaocropped no Instagram. O intuito era motivar as pessoas a mudarem seus hábito,s alimentares e inserir atividades físicas diárias, cada qual no seu objetivo. Eu me senti tão bem com essa nova forma de pensar em alimentação, que queria isso para todo mundo, não queria só para mim. Mas precisava de um incentivo maior para alcançar minhas metas, era desafiador usar um cropped (aquelas blusinhas curtinhas) depois de uma gestação, não é não?

E lá se foram outros 30 dias, esses mais difíceis para perder o peso que faltava, queria somar 10kg perdidos do peso inicial da dieta, o organismo já estava acostumado a nova alimentação, inseri exercícios fáceis dentro da minha rotina, correr, pular corda, polichinelo, treinos intervalados em casa e na rua. E deu super certo! Estou chegando agora na minha meta final e estou feliz da vida por conseguir me superar! Estou chegando aos 54kg, com um pique que eu não tinha há muito tempo! Perdi quase meu guarda roupa inteiro! Poucas coisas me servem, para falar a verdade, nem achava que voltaria a esse peso um dia, já tinha passado as peças apertadas todas para frente!

Se eu consegui, uma chocólatra, doida com porcarias, que ama cozinhar, pensa em comida o tempo inteiro, que trabalha fora, com filho de oito meses, marido e casa para cuidar, vocês também conseguem! Só precisa ser maior do que aquele tanto de desculpa que a gente inventa para não sair da nossa zona de conforto.

Dizer que serei 100% paleo, vai ser pura mentira, mas que dá pra ser uns 70%, dá sim, nós estamos super adaptados lá em casa, acho difícil voltar aos velhos hábitos, porque agora a consciência pesa!

low carb

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Eu sou Todo Tipo de Mulher! Eu sou Toda Mulher! #iamallwoman

"style has no size"
Estilo não tem tamanho! 

Famílias sortudas, setembro chegou! 

Calma! Já vou explicar o contexto da frase style has no size. 

Primeiro, setembro é o mês dedicado à campanha Setembro Amarelo, voltada para a conscientização sobre a prevenção do suicídio. Clique AQUI e saiba mais. Sem tabu! Falar é a melhor solução! 

Quando penso nesse assunto, penso nas pessoas que estão sofrendo com alguma situação. 

Falar de sofrimento no mundo materno, por exemplo, sempre faz com que eu lembre de uma situação que aconteceu comigo e que não é distante da realidade de muitas mães: a depressão pós-parto. 

Hoje consigo enxergar, claramente, que minha depressão pós-parto foi fortemente nutrida por questões físicas (beleza física para ser mais exata). 

Eu era uma pessoa ligada à estética, ao corpo e aos padrões (ou consumos) de beleza. Apesar disso, nunca fui de fazer dietas.

Fui a gestante mais feliz que eu poderia ser, no sentido de comer tudo o que queria. Comia muito! O tempo todo! Tudo o que tinha vontade. De pão de queijo 2 horas da manhã à ração de cachorro na hora do almoço. 

Exagerava! Mas feliz! Não importava. Eu estava bem, meu filho estava bem. Foram 42 semanas de muita comilança até que ele nasceu (já contei sobre nosso parto normal AQUI). 

Muitas mulheres acreditam que, após o nascimento, seu corpo volta à forma anterior à gestação com um piscar de olhos. Pode ser que algumas mulheres (artistas famosas, por exemplo) consigam isso da noite para o dia, que felicidade devem sentir! Mas eu e todas as mães que conheço não passaram pelo parto hoje e amanhã já voltaram a usar aquele jeans que ficou guardado nove meses. 

Eu ganhei 30Kg com a gestação. Sim! Tenho cartão de pré-natal que não me deixa mentir. 

Quando meu filho nasceu, naquela mistura de fatores hormonais, psicológicos, ambientais e sei lá mais quantos, eu fiquei depressiva. 

Ganhei uma cinta de presente um dia após parir, ouvia aquelas piadas sobre se ainda estava grávida, se meu filho ainda não tinha nascido, perguntas sobre o que eu faria para voltar a ter o corpo que eu tinha... Olhava para mim e enxergava estrias e celulites, que eu não tinha antes da gestação. Abria minhas gavetas e minhas roupas de não-gestante não serviam. Fiquei abalada com tudo isso, cheguei a cortar com tesoura as roupas, colocar fogo, jogar coisas pela janela. Eu fazia tudo isso chorando e lamentando a vida profundamente. Eu sofri! Sofria pelo que a sociedade dizia e esperava do meu corpo. 

Como libertei disso? 

Sempre tive muitas prioridades (ou sonhos) na vida, anteriores a manter um corpo "padrão", socialmente aceitável, malhar, fazer dietas e outras coisas. E isso não significa que eu não ache importante a prática de atividade física e uma alimentação saudável. É importante! Todo mundo sabe! Faz bem pra saúde! 

Um dia, olhando para meu filho, percebi o quanto eu não queria importar para o "corpo social" e o quanto eu esperaria que ele tivesse mais orgulho de mim por outras conquistas da vida do que pela minha beleza. Renovei minhas gavetas com roupas de tamanho maior e tratei de expulsar da minha casa as roupas que não serviam mais. Peguei as minhas coisas e fui investir nos meus estudos, na minha formação, no meu profissional. Não quis ter tempo para investir no corpo físico. Foi um estabelecimento de prioridades. 

Meu filho vai fazer 5 anos e durante esses anos eu mudei muito em relação a tudo. Passei a ver o mundo com olhos muito mais tolerantes. Passei a ver beleza onde não via, nas pessoas que não via. Passei a me aceitar com os traços que ficaram da gestação (meu filho compensa qualquer "cicatriz"), com os números a mais na balança, nas roupas. O mais importante de tudo: descobri beleza em mim, mesmo sendo fisicamente diferente do que fui um dia.

As pessoas pararam de falar sobre minhas gordurinhas? Não! Claro que não! Cumprem bem o papel social (É! Estou sendo irônica!).     

Não vou dizer que não emagreci nada daqueles 30 Kg, a metade praticamente (risos!).

Consigo rir de tudo isso hoje, mas ainda preciso de terapia para ignorar completamente os comentários das pessoas sobre beleza (hahaha), porque ainda dói, lá no fundo, bem lá no fundo do coração. 

Às vezes as pessoas não fazem por maldade, às vezes é o estilo de vida delas, mas uma vez aprendi numa aula de Ética e Bioética que a postura ética é marcada pelo cuidado com a palavra em relação ao outro. 

Tenho muita vontade de fazer um ensaio fotográfico sem efeitos, sobre quem eu sou (fisicamente). Desses que valorizem a beleza real (e não as de televisão), que valorizem minhas marcas maternas, sem medo de estrias e celulites. Porque ainda é difícil pensar no novo corpo como um todo. Fiquei muito tempo sem conseguir olhar no espelho, sem conseguir me ver de corpo inteiro e até hoje, vez em quando, ainda existe um "estranhamento". 

A verdade é que ocupando a mente com outras coisas superamos muitas outras. 

Aqui estão umas fotos minhas antes da gestação e para saber como eu sou hoje leia o post até o final...