segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Status: Culpada!

Culpa, Maternidade, Mãe de Primeira Viagem,



Sabe, eu sou daquelas leitoras que ama um livro de papel. Gosto do cheiro do livro novo, da textura do papel e de poder marcar e anotar passagens que me chamam a atenção, que me tocam de alguma maneira pra, depois de um tempo, voltar e reler aqueles pensamentos. 

Outro dia fui arrumar meus livros e comecei a folhear alguns sobre maternidade e, apesar de cada um ter um tema, seguir uma linha, percebi que havia um ponto em comum no discurso de todos os autores: a culpa. 

Esse sentimento que você, assim como eu, deve conhecer bem. Ele nasce dentro de toda mulher no momento em que ela se torna mãe!

Sentimos culpa porque não tivemos parto humanizado, culpa porque fez cesárea, culpa porque não conseguiu amamentar até 18 anos (essa eu colei do Paingers), culpa porque trabalha fora, culpa porque é mãe em tempo integral, culpa porque o filho fica com a babá, culpa porque fica na escolinha, culpa, culpa e mais culpa. É uma lista infinita. 

Nos julgamos e somos julgadas o tempo todo a partir do momento em que nos tornamos mães. A Laura Gutman falou uma coisa muito sábia sobre isso “Era mais fácil ser mãe antigamente porque havia um reconhecimento social da função. Hoje, só há reconhecimento sicial se a a mulher trabalha”. E, mesmo assim, ela é julgada e se sente culpada por qualquer escolha que faça. Não exite uma escolha certa, sempra haverá pessoas para apontar o dedo, criticar e fazer com que a mulher se sinta culpada. 

O que é mais interessante, é que dentre todos os dedos que apontam e todos os julgamentos que fazem, ninguém de fato pergunta pra essa mulher que acabou de se tornar mãe, do que ela precisa.

Quando nos tornamos mães, ninguém percebe que a única coisa que de verdade a gente precisa é de uma pessoa ao nosso lado perguntando “o que você precisa de mim hoje?”, mas não é só isso. Ao fazer essa pergunta, a pessoa, seja ela o marido, companheiro, irmã, amiga, e muitas vezes a nossa própria mãe, tem que estar disposta a ouvir de verdade a resposta, e fazer aquilo que a gente está pedindo. Pode ser um copo de água, segurar o bebê pra gente tomar um banho ou simplesmente ficar ali fazendo companhia enquanto amamentamos. Porque nós não precisamos que nos digam o que fazer, a gente sabe o que precisa ser feito... e como será feito é uma escolha unicamente nossa. Também não precisamos que nos julgem. A mãe já se culpa sozinha por uma infinidade de coisas. Ninguém tem que nos ajudar aumentado essa lista, não é mesmo?!

Nós somos sempre as melhores mães que podemos ser!  A gente erra?! claro, quem não erra?! Mas erramos tentando acertar e com a melhor das intenções, e o maior amor do mundo no coração. 


Fabiana Miranda

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