terça-feira, 1 de março de 2016

As influências externas na rotina e educação das nossas Crianças!


Sem dúvidas alguma a parte mais difícil de criar os filhos é a Educação.
Quem concorda comigo levanta a mão:



E não só a educação, mas sim o que o filho se torna.
Os pais, e em maior parte a mãe, têm este peso imensurável sob as costas... A educação e o que o filho vai ser, entende-se que provém UNICA e EXCLUSIVAMENTE deles. Se a criança é birrenta vem logo um dedinho apontando: "Mas a mãe deste menino tá mimando muito ele!". E se ele é gordinho: "Mas a mãe deixa comer o que quer!" E se machuca? "Mas mãe dele não olha esse menino não"?
O que muita gente não entende é que o meio e as pessoas que nele vivem, influenciam também no que nossos filhos vão ser! Os pais tentam de toda forma que isso não ocorra... Mas de um jeito ou de outro isto acaba acontecendo! Mas este meu post tem como objetivo alertar as pessoas "extra-casa" que convivem com os nossos filhos.

Os pais tem um trabalho danado para instituir na vida da criança uma rotina. A rotina é fundamental para as crianças. Segundo Vera Tschiptschin Francisco - psicanalista, pedagoga e membro-fundadora da Gesto Psicanálise - "o bebê e a criança pequena vivem uma certa fragmentação interna. Cada sentimento é muito intenso, por exemplo, a sensação de fome é uma sensação avassaladora. Por isso, garantir um tanto de cadência, de ritmo, de previsibilidade e de continuidade àquilo que já sentiu antes, àquilo que se repete, frente a toda surpresa inerente ao desenvolvimento é fundamental".

Não acho que a rotina tenha que ser uma "rotina militar" com horários regrados, imposições e etc. Até mesmo porque com o crescimento da criança isto vai se tornando um pouco mais difícil... Mas o minimo de organização precisa-se ter. A criança precisa de entender que ela faz parte de um sistema organizado e que a vida não gira em torno do que ela quer. Acho que isto ajuda a criança a enfrentar melhor a vida adulta... diminui nele o sentimento que o mundo gira ao seu redor, fazendo-o lhe dar melhor com os desafios e frustrações.



Lara está me dando um pouco de trabalho ultimamente... Faz umas birrinhas quando quer alguma coisa! Ai sabe o que eu faço? Abaixo na altura dos olhos dela e falo com ela que nem tudo na vida é como a gente quer... que temos que seguir regras... ajudar os outros... E até agora tem dado certo.
Estes dias para trás fui na casa da minha sogra em Sete Lagoas e a noite fomos a uma feirinha que acontece na orla da Lagoa. Chegando lá Lara viu os brinquedos infláveis e de cara já queria ficar brincando... Nós queríamos ver primeiro a feira depois parar para comer algo e brincar! Ai começou a birra e o choro... ela não queria ver a feira primeiro, simplesmente queria brincar!
O que eu fiz? Levei ela para trás das barraquinhas, abaixei, segurei firme em seus braços e disse a ela que nós iriamos brincar, mas que primeiro teríamos que ver a feira toda. Depois de um choro e um abraço, ela entendeu e tudo se resolveu!

Mas onde entra as influências externas ai? Vou contar!
Minha sogra ou outra pessoa qualquer poderia ter interferido, poderia ter feito a vontade dela (o que não aconteceu), poderia ter a levado aos brinquedos sem ao menos andar nas barraquinhas... Mas olha como isto ia gerar uma confusão na cabeça da criança?
"A minha mãe é chata, mas fulano é legal, olha... só eu chorar que o fulano me ajuda aqui a convencer minha mãe!"
PELO AMOR DE DEUS, Pessoas!
Quando uma mãe ou um pai der uma ordem ao filho NUNCA desautorize este pai! NUNCA!
Isto abre brechas para o filho ser cada vez mais desobediente!



Ao sair com a criança, pergunte sempre aos pais o que a criança pode ou não pode! Se os pais não deixam, você também não deve deixar! São as regras.
E não venha com esta frase que eu particularmente odeio: MAS É SÓ HOJE!
Tudo bem de vez em quando dormir tarde, de vez em quando comer mais doces que o normal... Mas se você faz parte de um convívio mais assíduo na vida da criança, como uma avó, madrinha ou tia, o "só hoje" não vai ser entendido bem pela criança; Ele vai ser rapidamente substituído por um "Com minha vó pode", "Com minha tia pode"...
E assim a criança vai começar a ser desobediente com os pais na frente daquele fulano permissivo, porque sabe que ele poderá ajudá-lo a convencer os pais.


E se você não permite algo a criança porque foi ordem dos pais, nunca diga: "A titia até deixa, mas sua mãe não deixa...". Nunca diga isto a criança. Você não deixa porque estas são as regras e ponto.

As vezes você pode até julgar aquela ordem dos pais como errada, ou muito rígida, mas lembre-se que ele está tentando fazer o que acha melhor para os filhos e a responsabilidade de se der certo ou errado será dele. Você pode até não concordar, mas desautorizar jamais. Sugiro neste caso uma conversa franca... Diga aos pais (sem a presença da criança) o que acha do modo que ele educa seu filho, mas esteja preparado para ouvir todos os tipos de respostas... Os pais podem aceitar e ajustarem o que estiver errado, ou podem simplesmente não gostar de tamanha intromissão.

Sejamos um pouco mais compreensivos com as mães! Damos um duro danado para podermos educar as crianças e assumir esta responsabilidade. Então todos que fazem parte deste convívio precisam somar e não subtrair!
Se você ama mesmo estes pequenos, você vai sim ajudar os pais!

Dizer não também é amar!

Difícil né? Conta aqui pra gente como está sendo este processo de educação ai? 
contato@mamaesortuda.com

Beijos e mais Beijos


Thaísa Freitas

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