quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Doce Infância

Outubro está aí, correndo entre nossas poucas horas, trançando entre nossas pernas na tentativa de nos derrubar, não para machucar, mas para nos fazer rir e brincar, no chão, na chuva, no mar. Como quando crianças.

Sim! Mês, semana, dia das crianças.

Gosto da época sim! 

Não é pela data em si, nem pela lógica capitalista que nos incentiva a comprar presentes e mais presentes para os pequenos, mas por termos um tempinho do nosso ano para lembrarmos de um momento da vida do ser humano carregado de pureza, inocência, imaginação e amor: a infância.



Como não amar? Como não amar os olhos que brilham com coisas tão simples? Como não amar os risos mais sinceros? O choro mais comovente? A empolgação para contar uma história? O carinho mais envolvente?

E tanta coisa a gente deseja quando é mãe... Deseja que a infância de um filho nunca acabe, que seja sempre possível carregá-lo nos braços enquanto dorme ou quando sai do banho, que sempre tenha que o ajudar a vestir uma peça de roupa, a arrumar o cabelo e escovar os dentes, que os brinquedos sempre tenham lugar no quarto e que o restante da casa ganhe vida. Desejamos que aquela singela inocência possa se transformar em piedade, que aquele doce sorriso possa cativar até quem ainda não descobriu a magia do amor. 

A vida passa rápido, é verdade! Por muitas vezes vamos querer ser crianças, por tantas outras vamos querer que nossos filhos nunca deixem de ser. 

Por que não aproveitar? 

Talvez chegue um dia que meu filho não implore mais para ir ao supermercado comigo, que ele não chore por eu ter que ir para a Universidade sem ele, que ele não mais queira dormir na minha cama ou que eu conte uma história enquanto seguro sua mão. Talvez chegue um dia em que ele não queira mais relatar tudo o que aconteceu em seu dia. Talvez chegue um domingo em que eu vou abrir os olhos e não mais o verei parado na lateral da cama contemplando meu ser, sua mãe.

E se já sinto saudades enquanto tudo isso ainda é realidade, inevitavelmente as lágrimas escorrem só de imaginar a ausência dessa doce infância...






























Comemore sim a vida da sua criança. O amor entre vocês. Mostre a ela o quão importante é sua existência. 

É assim que desejo um feliz "dia das crianças". 

Só não esqueça que todo dia é dia de amar. É dia de viver intensamente. É dia de ser criança. 



Fernanda Garrides



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