sexta-feira, 5 de junho de 2015

Introdução Alimentar: Ninguém me disse que seria difícil!

Fiz uma opção: amamentação exclusiva até os 6 meses. Meu contato com estudantes de medicina, uma grande amiga nutricionista na área infantil e a segunda pediatra que levei a Cecília me fizeram acreditar muito em todos os benefícios dessa escolha a partir de estudos recentes. E vou ser bem sincera, eu quase, QUASE me arrependi!
Quando iniciei a alimentação da Cecília com banana amassada, mamão, suco de laranja e maçã, ela provava, fazia careta, cuspia e logo depois queria mamar. Comecei a ler, ler e ler e estava lá: não force, não recuse amamentar e deixe o bebê em seu tempo aceitar os novos alimentos. 
Agora eu te pergunto: Ansiedade de mãe deixa? Estava quase desistindo e escutando os pitacos que todo mundo gosta de dar: chega de peito, deixa chorar de fome que aí vai comer papinha, e por aí vai.



Tentei amassar menos, amassar mais, usar alimentador de silicone, vários bicos de mamadeira, dar a mesma fruta mais dias, dar alternado, iniciar a papinha salgada, vai que ela não gosta de doce e vai comer bem os legumes? NADA! Quando eu começava a amassar os alimentos, ela já virava o rosto.
Vou deixar a Cecilia pegar nos alimentos, senti-los, fazer lambreca... Minha alegria durava segundos!


A única coisa que ela aceitava bem de pedir mais era o amado picolé de frutas! Batia manga, mamão e laranja, melão e fazia picolé em forminhas. Chegou a ficar com a boquinha queimada de tanto chupar picolé. Isso porque os dois dentinhos debaixo estavam com tudo e talvez isso explicava também sua resistência aos alimentos. Então, não desisti!


Quando minha esperança estava esgotada percebi que ela comia se eu oferecia o alimento inteiro e amassava com as próprias mãos,na pontinha dos dedos. Se eu comesse ela pedia e se eu desse para a Pepa, Backardigans e outos desenhos na própria televisão ou para os passarinhos que voavam perto da varanda, ela comia mais um pouquinho.
E aí, ouvi falar sobre o método BLW, Baby Led Weaning , que propõe que bebês a partir de 6 meses, se alimentem de forma livre, com as próprias mãos, mantendo o seu ritmo para as refeições. É uma maneira de fácil aceitação para bebês amamentados que já treinaram a musculatura da boca sugando o peito. Era TUDO o que eu precisava! Era inovador, estimulava autonomia, independência e etc.
A comida é oferecida picada e não amassada. Uma das maneiras é você cortar a fruta longitudinal e deixar que o bebê coma. E lá estava eu, como qualquer mãe, tentando de tudo um pouco, esquecendo de qualquer outro benefício que o método traria que não fosse fazer a Cecília comer bem. #mãesnatorcida



Ela comeu!!! Passei a comer junto. Dava para ela um pedaço e comia o outro na frente dela, fazendo a interação na mesa e cadeirão, ou puxava uma cadeira e sentava ao seu lado. Quando ia em restaurantes sentava-a no colo e eu reservava um pedacinho do meu prato de coisas para ela, dava os pedacinhos com a minha mão, fugindo um pouco do método que não segui a risca, foi só uma ajuda muito bem-vinda, com adaptações. Desapeguei de quantidades! Foi o passo mais importante e que me ajudou a controlar a ansiedade.
Se eu voltasse no tempo daria os 6 meses de leite materno exclusivo novamente, já que além de amar amamentar, a Cecília tem uma saúde de ferro, peso ideal e a longo prazo espero me deparar com outros bons resultados.
Quanto a alimentação, percebi que ela gosta de pedacinhos, é alucinada por feijão e depois de deixar ela comer sozinha esses pedaços, ela ficou mais aberta a experimentar alimentos. Mas nunca mais amassei fruta e nem precisei  recusar o "mama", o que foi um grande alívio.


Hoje, em seus dez meses funciona assim. Tem semana que ela come mal, bem mal! Noutras ela bate um pratão e já demonstra o que gosta mais: uva, mexerica, qualquer coisa com feijão, beterraba, sopa de mandioca com carne cozida couve e tomate, etc. Se está resfriada e com dente nascendo, posso esquecer, ela vai provar as comidinhas e só vai querer o "mama", já que nesse tempo mais friozinho não me atrevo a oferecer picolé. Mesmo assim ofereço a banana inteira para ela raspar o dentinho, assim como biscoitinhos nesfit ou de polvilho mesmo sabendo que possuem sódio, sou bem flexível com essas coisas, sem extremos. Aos poucos ela vem comendo o que eu como, por isso passei a comer mais frutas, menos sal, a compartilhar meu prato e a ter uma carrapatinha para o almoço que está de olho no que vai para a minha boca!

Qualquer dúvida mamãe, não se acanhe! Sei como é difícil ver que seu filho não está comendo.
Então se precisar, sinta-se a vontade e entre em contato comigo, quem sabe não descobrimos juntas como fazer ele comer. Estou a disposição!

Beijos



Aline Caldas Viterbo
contato@mamaesortuda.com




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2 comentários:

  1. Adorei o post Aline! O Be começou a comer comida há uma semana! Frutas ele amou e não recusou nenhuma até agora, seja em pedaço, raspadinha ou amassada! Agora, os legumes tem dado ânsia! Hoje que ele comeu quase tudo... mas tive que amassar e misturar os legumes! Acabou que ficou docinho. Acho que por isso gostou... Foi cenoura, batata baroa e chuchu! Fiquei mega feliz... Sou mega ansiosa tbm! Mas adorei a ideia de comer junto com ele em pedaços... Vou fazer isso amanhã e te conto minha experiência! Boa sorte pra nós... Que difícil essa fase rs

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    1. que demora para respoder dani! Me deculpe.... Vida de mãe.. sabe quanod você para pra fazer uma coisa.. ai acontece algo, você não faz e acha que fez? Pois bem... achei que tinha te respondido! Como está com o Benício? Cecília está nas mesmas fases e quando eu acho que ela não gosta de uma coisa de um dia para o outro ela passa a gostar! e tem sido assim... Prefere sal... não gosta mto de doce. Ficou com nojo do glacê no seu ensaio smash the cake... não entrou de cara no bolo, fiquei arrasada! kkkk beijos

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