sexta-feira, 10 de julho de 2020

Empreendedorismo na Quarentena - Histórias Inspiradoras: Alegria Doceria


Ao meu redor tenho muitos amigos empreendedores, e eu tenho sentido um orgulho imenso de cada um deles! Eles se reinventaram nessa pandemia! Olho para o meu pai, que é psicólogo, com quase 70 anos, fazendo terapias on line com os seus pacientes! Não é fantástico? Eu acho lindo demais, incrível e de uma força imensa! Nesse momento tão importante da história, e desafiador, os pacientes dele não podem ficar desamparados. E são tantas histórias inspiradoras que tenho escutado!

A pandemia trouxe desafios, e a forma como os empreendedores tem lidado com ela vai definir os próximos meses dos seus negócios. Podemos simplesmente parar tudo e aceitar que não dá para fazer  nada, como também podemos criar novas formas de gerir os nossos negócios, inovar, criar novos produtos, novas formas de atender etc!  

Quero trazer algumas histórias aqui no blog, desses meus queridos amigos, dos quais sinto muito orgulho, para que possamos deixar registrado para a eternidade histórias desse tempo!

Para esse primeiro texto, convidei a minha amiga, Tati Borba, da Alegria Doceria, para contar sobre esse tempo de pandemia na doceria dela e também contar o que ela inovou por lá! Tenho certeza que vai inspirar muitas pessoas nessa jornada!







"Quando foi declarada a pandemia pela OMS eu estava no Doceria trabalhando, escutei a notícia no rádio e ainda parecia um pouco distante... Naquele dia e nos próximos 1 ou 2 minha vidinha seguiu relativamente normal. Até que a escola das crianças decretou a interrupção das aulas e o prefeito decretou o fechamento do comércio. Foi aí que minha ficha caiu!

Eu ainda não fazia ideia de como isso afetaria meu trabalho ou minha rotina. Minha primeira providência foi dar folga à ajudante de casa, a segunda foi suspender a contratação da pessoa que me ajudaria da Páscoa. Obedeci à risca todas as orientações de segurança. Estava com cardápio da Páscoa prontinho e não me sentia à vontade para divulgar. Comecei a achar fútil da minha parte querer oferecer doces às pessoas nesse momento de caos, tinha vergonha de pensar nisso, me sentia egoísta.

Precisei de um momento comigo mesma para voltar ao meu porquê de existir enquanto Doceria e enquanto ser nesse mundo, aí mudou tudo! Em dois tempos me reencontrei de novo, refiz minhas conexões comigo mesma. O que eu gosto é levar luz, alegria e doçura para a vida das pessoas, e é isso que todo mundo precisa nesse momento! Um abraço e um carinho, o aconchego que um docinho, um bolo, um biscoitinho, com um cartão escrito à mão com todo cuidado, pode proporcionar. 

Aí, cheia de ânimo e renovada, comecei a pensar em estratégias para que todo esse afeto realmente chegasse a quem precisava de um abraço nesse momento. Foi aí que vi que apenas o meu porquê em prática não era suficiente, precisava facilitar a vida das pessoas que nesse momento estão com cabeça muito cheia, ou perdida, ou muito vazia, enfim... temos várias cabeças enfrentando essa situação como dá... 

Para isso já parti do princípio que as pessoas queriam a Doceria, só não sabiam como a Doceria chegaria até elas. Aí: 

- Abri mão de parte do lucro e reduzi o preço da maioria dos produtos, levando em conta que a maioria das pessoas ou teve a renda reduzida, ou quer economizar;
- Criei estratégias de entrega sem taxa em que eu mesma possa entregar para dar um oi para as pessoas e um sorriso junto com o cartão e a gostosura;
- Permiti que as pessoas escolhessem mais de um endereço de entrega para que elas possam presentear quantas pessoas quiserem;
- Me dispus a transcrever os cartões que as pessoas enviassem pelo whatsapp para os presenteados. Teve até neto enviando desenho escaneado para a avó, foi sucesso total!



Aos poucos vão fluindo novas ideias, agora temos kits com descontos todas as semanas... Na verdade, todas essas ideias não foram reinvenções da Doceria, foram uma extensão, eu apenas me permiti ir além, dar mais de mim nesse momento. Tenho trabalhado demais e o retorno financeiro tem sido menor porque abaixei os preços, os insumos aumentaram, tem as entregas, enfim... o lucro diminuiu demais, mas tenho a certeza de que estou entregando afeto e sorrisos no momento em que as pessoas precisam. Sei que nem todo mundo pode se dar a este luxo, e, apesar de tudo, sou grata por poder de alguma forma tornar esse caos mais gostoso para as pessoas. 

Não sei quanto tempo tudo isso vai durar, espero que acabe logo, bem logo, mas se tem uma certeza que carrego comigo depois dessa pandemia é a de que realmente amo o meu trabalho, e posso sim fazer do mundo um lugar melhor, porque não entrego doces, eu adoço vidas!"


Gostaram?!
Você tem alguma história de empreendedorismo na quarentena para inspirar outras pessoas?
Me envia no email que eu quero saber tudo! contato@mamaesortuda.com

Beijão,








_

0 comentários:

Postar um comentário

Obrigada!
Volte sempre!