terça-feira, 1 de novembro de 2016

Toda Mãe Precisa de Um Tempo

Não quero lhe falar, meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos.
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo. 
Viver é melhor que sonhar. 




Você acorda um dia, mas é só mais um dia normal. Um dia que você vai fazer o ritual diário para acordar seu filho e convencê-lo a ir mais um dia para a escola, apesar do estado de sonambulismo dele. Vai trabalhar. Fazer seu melhor. Vai estudar. Ler. Escrever. Refletir. Vai cumprir sua agenda de compromissos. Ouvir os problemas das pessoas. Ajudar os outros, de alguma forma. Responder às mensagens infinitas do Whats App. Cuidar das coisas de casa. Cuidar do seu pequeno, que mais parece um artrópode da ordem dos ácaros (lê-se carrapato). Realizar aquelas ligações para os parentes distantes e ouvir como a vida está complicada. E você fará tudo isso sorrindo. É só mais um dia normal na vida de uma mãe. 

Você acorda em outro dia. Acredita que será mais um dia normal, daqueles que deveriam ter 48 horas para cumprir tudo o que você espera realizar. Então... Puft! Você sofre um acidente. Descobre que não era a Mulher Maravilha que achava (e que os outros pensavam) ser. Ainda assim você acha que eram apenas alguns hematomas adicionais para a sua coleção corporal. Então... Cof, cof! Você fica doente. 

Calma aí! Quem está fazendo isso com as mães? Até parece que eu não sou mãe! Que posso ficar machucada, que posso ficar doente. De que mundo você vem? Porque no meu mundo as mães são impecáveis, não ficam de cama, não sofrem por febres altas, não vão para o hospital receber medicações, não ficam afastadas do trabalho, nem do filho.

#SóQueNão


Apesar de nós, enquanto mães, pensarmos muitas vezes assim (e o resto das pessoas também pensam), chega um momento que nosso corpo e alma gritam por socorro. Imploram por paz. Por tempo. Por uma tarde de sono sozinha. Por assistir um episódio na nossa série preferida. Por uma ida ao banheiro sem ninguém batendo na porta. Por um banho sem correria. 

Não! Não é errado querer "ficar longe da maternidade" por algumas horas ou alguns dias. Você não será a pior mãe do mundo por ter esse desejo no subconsciente ou no consciente mesmo. 

A verdade é que toda mãe precisa de um tempo. Um tempo das cobranças, um tempo dos palpites de como educar seus filhos, um tempo das pessoas perguntando sobre como você dá conta, um tempo das pessoas afirmando que você deve ficar cansada da rotina materna, um tempo de tudo que não acrescenta favoravelmente. 

E quando você sentir que está naquele ponto em que você precisa de tempo, então peça! Não é fraqueza admitir que precisa se afastar de algumas coisas por algum tempo. É fraqueza achar que não somos pessoas normais, que vão ter dias muito felizes, dias difíceis, dias impossíveis, dias estranhos e dias neutros. 

Certa vez assisti uma palestra da linda da Cris Guerra e ela pontuou 10 coisas que aprendeu com a maternidade. Quer saber? Super concordo (e faço questão de lembrar sempre disso):

 mãe não vem com manual;

 ser mãe é saber dizer não, principalmente para as expectativas dos outros;

 mães são empreendedoras por natureza;

 comparou, chorou;

 ter um filho rejuvenesce;

 SER MÃE NÃO É MINHA ÚNICA FONTE DE SATISFAÇÃO;

 é uma aventura sem volta;

 MÃES PRECISAM DE AJUDA;

 o que faz um filho feliz é uma mãe feliz;

 APRENDI A ME PERDOAR.

Perdoe-se por a maternidade não ser a sua única fonte de satisfação e por precisar de ajuda. 

Seja Valente!



Fernanda G.


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