quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Relato de pai: Meus 20 dias de férias com minha pequena.

A licença maternidade acabou. O bebê é muito pequeno para ir a escolinha. A mamãe precisa trabalhar e agora?
Hoje o texto é do maridão! Ele vai contar como foi a experiência de ficar sozinho com nossa princesa quando minha licença maternidade acabou.

“Quando nossa filha nasceu, minha esposa e eu decidimos que tiraríamos uns dias de férias juntos para aproveitarmos uma viagem em família e eu deixaria uns 20 dias para ficar com a pequena, uma maneira de adiar por alguns dias a ida dela para a escolinha ou babá.

Viagem à Cuba com a pequena



Ela estava com 6 meses. Extremamente dependente da mãe. E iniciando uma vida completamente nova e diferente daquela que estava acostumada, num mundo aterrador, sem a mamãe mega protetora e com o papai bem rigoroso (claro, dentro dos limites que a idade dela permite).

Claro que minha mãe ajudou muito, bem como meu pai (mesmo que minha mãe tenha ajudado mais, vindo mais à minha casa, ele também ajudou muito), eles moram a poucos minutos da nossa casa, mas não estavam por minha conta. Várias horas (várias horas mesmo) eu ficava sozinho, eu dava fruta, a papinha, trocava fralda, fazia dormir e, mesmo quando estava com meus pais, fazia questão de fazer isso tudo. Era o meu tempo com minha pequena. E eu fazia a papinha, preparando os legumes e tudo mais, amassando (depois passamos a usar um mixer, muito bom) e servindo, ela sempre comeu muito bem, graças a Deus (sabemos como isso é difícil em crianças) e foi delicioso participar disso também, da bagunça, dela abrindo a boquinha querendo mais e etc. Confesso que hoje, se minha mãe quiser trocar a fralda, dou a preferência para ela.


Experiência do começo da transição do leite materno para papinha

Experiência do começo da transição do leite materno para frutas

Avós paternos


Poucos sustos, mas que ensinaram muito. Como, por exemplo, um tombinho no primeiro dia com ela para começarmos bem. Ela já ficava sentada sozinha. Mas resolveu sacanear o papai e cair batendo a cabeça no sofá, claro que o escândalo foi desproporcional, mas serviu para me assustar e me deixar mais ligado. Eu e minha esposa criamos nossa filha meio solta e isso ajudou muito na independência dela, mas gerou alguns galos também.

Ela era dependente da mamãe porque estava acostumada a mamar a hora que queria (livre demanda), estávamos começando a regular melhor os horários, conforme orientação do pediatra, mas ela ainda não tinha aceitado isso muito bem. Coube a mim, regular os horários. O começo foi muito difícil, os horários do sono e das mamadas não coincidiam e deu muito trabalho inventar distrações por mais de uma hora até os horários certos. Mas isto foi maravilhoso em vários sentidos. Passear com a pequena para distraí-la, inventar brincadeiras e palhaçadas. Neste primeiro sentido, passar muito tempo com ela, interagindo e criando vínculos duradouros. Em um outro sentido, regular os horários proporcionou melhor saúde para ela e para nós, os pais. Ela dormia cerca de 20 minutos, acordava a noite toda, não descansava e não deixava a gente descansar. Com o tempo e a regularidade, ela passou a dormir de 2 a 3 horas de manhã e à tarde, e a noite toda (neste caso associamos um tratamento de choque: antes, ela ia para cama às 20 horas. Então, passamos a segurar até 21:30 / 22h. Depois voltamos para o horário normal e hoje é normal ela dormir de 20:30/21 até 7 horas da manhã).


Distrações para regular o horário


Anna dormindo

Outra experiência interessante foi levá-la ao hospital sozinho, por causa de uma gripe. Lá nem foi nada demais, distraí-la, ajudar a médica e etc. A volta é que foi o complicada. Ela odiava andar de carro e do hospital eu iria à casa da minha sogra. Algo em torno de uma hora de viagem de Belo Horizonte à Contagem, mais o trânsito e pelo menos 45 minutos de berreiro.

Esta sempre foi uma das maiores brigas que eu e minha esposa tivemos em relação à nossa filha. Minha esposa ficava horas sem se alimentar, ir ao banheiro e etc. Ela não conseguia ver nossa filha chorar por alguns pouco minutos enquanto ela ia ao banheiro por exemplo. Eu sempre fui contra. Damos muito carinho, brincamos, dengamos, mas ninguém morre por alguns pouquíssimos minutos de choro. E mais uma vez sobrou para mim. Não parei o carro e ela chorou até dormir, chorou por uns 45 minutos (o que podia ser evitado se ela não tivesse sido mimada antes). Dormiu por uns 5 ou 10 minutos, chegamos na casa da minha sogra e ela acordou com os cachorros latindo, rindo e empolgada com eles, querendo ora vovó, ora papai. Não ficou brava comigo, não morreu, nem ficou infeliz. E, depois disso, ela passou muito tempo sem dar trabalho no carro, ainda que volta e meia chorasse de novo.


Avós maternos

Bem de uma forma geral foi isso, e acho que a experiência foi tão marcante que mesmo hoje, 7 meses depois, ainda tenho bem viva na memória. Algo que todos os papais deveriam experimentar. Esta é uma forma de estreitar os vínculos com os filhos, nos transformar e ajudar as mamães mais diretamente. Espero ter contribuído para isso.


Família feliz!
Thiago Queiroga!”



Como mãe, acho que essa foi a melhor coisa que fizemos. O bebê costuma ser bem mais apegado à mãe e perder o convívio pode ser bem difícil (tanto para a mãe quanto para o bebê). Então, ela ficando com o Thiago, entendia que ficaria sem mim, mas estava com alguém bastante conhecido nesta transição. O que me deixava mais tranquila.Quando ela foi para a escolinha, foi bem mais fácil pra todo mundo!!!




@minhas24horas

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