quinta-feira, 26 de novembro de 2015

DESABAFO

Eu e o André sempre fomos um pouco desligados da nossa família e isso inclui avós, tios, mãe (só eu), pai, primos, mas isso não quer dizer desrespeito ou falta de amor, nós só não tínhamos vontade de ficar tão perto deles! Eu sempre fui muito de ser da família dos outros. Dá família dos amigos da rua da minha avó, dos amigos de colégio, dos amigos dos amigos! E refizemos a nossa família e hoje é a bem mais precioso que temos na vida. É o bem que mais amamos.



Sendo assim, fui apadrinhada pelo irmão da minha mãe e pela irmã da minha avó. Confesso que o meu maior contato é com o Dindinho, por quem sinto um amor imensurável. Não que não ame a tia Maria, amo sim, só não tenho tanto contato com ela como tenho com meu Dindinho Ricardo.

Quando me tornei mãe, me tornei outra pessoa, BEM melhor que antes. Então, sempre pensei na questão de padrinhos, madrinhas e filhos! Quando a Laura nasceu, ainda não havia escolhido quem seriam os padrinhos dela, pois queria quem sempre seria presente na vida dela. E quando digo presente, não é questão material, é só questão de querer o bem, querer estar perto, ninar, amar, conversar, saber como foi o dia ou só acompanhar o crescimento e as conquistas. Com o Pedro também não pensei diferente. Escolhi alguém que ficasse perto, conquista por conquista! Mas infelizmente, não saiu como planejado o Convite Padrinhos e Madrinhas. E com isso, vejo que meus filhos também caíram nas mesmices dos padrinhos, assim como eu caí! Afilhados abandonados, o que me incomoda MUUUUITO! Parece que preciso implorar atenção para os afilhados que eles batizaram com todo cuidado e amor. São ausentes em tudo. Em aniversário, em mostra da escola, em passeios e em coisas que eu acho importante para meus filhos. Já perguntei, já cobrei, fiquei sem conversar por muito tempo.. Sempre tem algo a se fazer. Isso doi em mim! Sei bem que todos temos nossos afazeres, temos nossa vida, temos nossa família, algumas já são mães, outros estudam, outros trabalham, outros dão mais importância a religião ou ao esporte e sempre têm um tempo para diversão e eu só queria que incluíssem meus filhos, um pouquinho só no dia a dia deles! Mas também não posso reclamar, tenho excelentes amigos, que se fazem presentes na vida deles, que estão muito mais presentes que os verdadeiros padrinhos, também tenho o Padrinho Pato, que se faz presente e mesmo que não venha no dia, sempre dá um jeitinho de aparecer na vida deles!

Mas penso também, quem está perdendo não somos nós e sim quem não quer conviver com eles!

Ontem foi o dia da madrinha e o que significou para mim e para meus filhos? NADA! 

E quero que entendam, que esse texto é só um desabafo! Não sei se outras mães passam por isso assim como eu passo, eu só estava engasgada com tudo isso!

Beijo, mamãe de dois!

Ana Carolina



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