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sexta-feira, 22 de setembro de 2017

22 perguntas sobre os dentinhos dos nossos filhos!


Quando começar a escovar os dentinhos dos nossos filhos? Quando levar ao dentista? Quando nascem os dentes quais os sintomas? O que fazer quando ocorre uma queda de boca no chão? Essas e outras perguntas nos permeiam na maternidade!

Nina já virou frequentadora assídua do consultório odontológico! Fazemos acompanhamento em família a cada 6 meses e cuidar da nossa saúde dentária é uma rotina por aqui! Nosso acompanhamento realizamos na Mr. Clean Odontologia e Saúde, e desse contato com as dentistas de lá surgiu a oportunidade de realizar uma entrevista com perguntas pessoais, e também contribuições das nossas leitoras!

Entrevistamos a Dra. Andreia Miranda, que é odontopediatra, e também com a Dra. Luciana Nogueira, que é ortodontista!

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sábado, 18 de fevereiro de 2017

A primeira visita ao dentista


Não precisa ser mãe para saber que as crianças são sempre um mistério, quando você acha que elas irão amar algo elas te surpreendem ao falar que não gostaram, e quando você acha que elas irão detestar, elas gostam. Hahahaha.

Bem, nesta semana levei a Nina à primeira consulta odontológica. Ela está com 2 anos e 5 meses e chegou o grande dia! Fiquei imaginando mil coisas de como seria este primeiro encontro, até mesmo por não ter lembranças de infância sobre ir ao dentista. Isso me gerou uma ansiedade extra. Sabe aquele "trem" de sexto sentido? "Vai ser um choreiro só."

Como boa mãe já havia feito uma preparação durante a semana "Nessa semana vamos ao dentista! Ele vai ver se está tudo certinho, se não tem bichinhos, se você está com os dentes limpinhos, se estamos escovando direitinho...". E ela me respondia um enfático: "Nãããããão". Hahahahaha! 

Deu a hora de sair de casa e ela ainda estava dormindo. Ao pegá-la na caminha ficou muito brava pois não queria ser acordada. Pensa na mãe que saiu cedo de casa, pegou um trânsito fora do comum e quando chega ao consultório você percebe que sua filha está com bafinho de leite que tomou no caminho, está sem escovar os dentes, com as unhas gigantes iguais ao do Volverine, de chinelos e com o cabelão pro alto com cara de "acordei agora!". Que correria! 


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quarta-feira, 30 de março de 2016

Relato de Mãe: Amamentação


Hoje tem relato de uma mamãe que viveu momentos difíceis quanto à amamentação. Ela aprendeu tanto nos primeiros meses da sua filha em relação à amamentação que veio compartilhar com a gente suas experiências e aprendizados. Com vocês, minha amiga Cintia, mamãe, dedicada e sortuda!

"Não é fácil ser mãe. As mães sempre falam isso, mas nenhuma - nunca - conseguirá expressar o quão difícil e trabalhoso é. Mas também nunca farão as pessoas entenderem o quão gratificante e maravilhoso é. 

No primeiro dia de vida da minha pequena meu peito feriu. A pediatra que foi nos avaliar disse "se sua filha golfar ou evacuar sangue, não se preocupe porque é seu e não dela". Começamos bem. Uma coisa que nunca haviam me dito é que o leite não sai assim que o bebê nasce e como eu sofri com isso. Minha filha não conseguia sugar e - para o leite sair - ela precisaria fazer isso. No hospital mesmo sugeriram que eu comprasse um intermediário (bico de silicone). Meu marido e minha sogra saíram pra buscar. 

No dia seguinte, saímos do hospital. Chegando em casa o desespero começou. Minha filha chegou em casa com as bochechas vermelhas / roxas de tanto apertarem para a ensinarem a mamar. Ela ainda não conseguia sugar sozinha e eu não tinha leite. Minha princesa esguelava de fome e eu chorava de dó e medo de não ter leite, já que meu sonho sempre foi amamentar (depois vi que não ter leite não é o fim do mundo). A gente vê as mães amamentando na tv e acha lindo, acha fácil, mas eu só chorava. Graças a Deus eu contava com o apoio do meu marido, que chegou a sair tarde da noite pra buscar complemento (afinal nossa filha não poderia morrer de fome) e me apoiou muito enquanto o leite não vinha. Fui ter leite por volta do sexto dia, o que me disseram depois ser normal. 

No sétimo dia fomos fazer exame do pezinho e teríamos a consulta de egresso com a pediatra. Minha filha só chorava. A pediatra me encaminhou para a maternidade para que as enfermeiras me ajudassem, pois minha filha estava com fome e teríamos que tentar tirar o intermediário. Voltei à maternidade mais vezes para pedir ajuda, fui a banco de leite... mas o intermediário continuava lá. Tentei muito, até que a moça do banco de leite disse "sua filha está mamando e ganhando peso. Pra que a estressar e te estressar? Deixa isso (intermediário) aí". Ela estava certa. Nós duas já estávamos cansadas dessa história. Ficamos bem. Era o fim da briga entre mãe e filha versus intermediário. Mas as pessoas não podiam nos deixar em paz. Achavam um absurdo a menina usar um bico para mamar, já que a mãe tinha o bico do peito ótimo. Eu me sentia péssima. Me sentia a pior mãe do mundo. Não queria mais sair de casa para não ouvir mais represálias. Cheguei a ir embora dos lugares porque não aguentava mais ouvir críticas. Ninguém estava passando pelo que eu passava. Ninguém viu o quanto Anna e eu nos esforçamos por uma amamentação sem o intermediário, porque “é o certo”. Estávamos esgotadas! Mas com 3 meses, ela ainda mamava apenas com o intermediário e estávamos sobrevivendo a isso tudo. 

No início, achava que meu leite não ia sair, mas depois começou a empedrar. As duas primeiras vezes eu consegui tirar com ajuda de enfermeiras. A terceira vez não saiu. Eu fazia massagem como haviam me ensinado e aquela pedrinha insistia em não sair dali. Quando assustei, estava com metade do seio empedrado e bem vermelho. Era mastite. Sim, aquele leite empedrado se tornou uma inflamação na mama. É impossível descrever a dor e o desconforto que isso causa. Minha ginecologista me orientou a ir ao banco de leite do hospital Odete Valadares (eles são ótimos. Se tiverem problemas com amamentação, corram para lá), a moça fez massagem, ordenhou, fez compressa gelada (nunca quente. 

A orientação que as pessoas nos dão é errada porque a água quente faz produzir mais leite e a situação piora), mas nada tirava a pedra de lá. Saí do banco de leite e fui avaliada por médicos que não conseguiram encontrar um abscesso para realizar a punção e me receitaram antibióticos. Até então, achei que drenariam o leite empedrado. Seis dias depois fui ao pronto socorro por não estar aguentando de dor. A médica pediu uma ultrassonografia e - durante o ultrassom - foi feita uma punção. A médica tirou 150 ml de pus do meu peito utilizando seringas. Foi um alívio, mas o seio ficou roxo, duro e ainda dolorido. Fui ao médico. Tive que drenar. Ele abriu um buraco no meu seio, colocou uma mangueirinha e deixou o pus saindo por alguns dias. O curativo ficava encharcado e eu tinha que trocar sempre. Era horrível. Continuei tomando antibiótico e depois anti-inflamatório. No dia que coloquei o dreno, ainda no hospital a Anna gritava o tempo todo. Toda hora ia uma enfermeira atrás da gente pra saber do que precisávamos. Meu marido tentava acalmar a menina e nada. Teve uma hora que peguei o soro e fui atrás dele porque não aguentava mais ouvi-la chorar. Eles estavam em outro andar, acreditam?! E parecia que estavam do meu lado de tão alto que ela berrava. Estava com curativo no peito, soro do outro lado e ela no colo. Fui atrás da médica pedir alta porque precisava tirar minha filha dali. 

Saí do hospital por volta das 22h.Chegando em casa, a pequena não sossegava. Estava trocando o curativo, parei na metade pra ficar com ela. Abracei-a e fui conversando com ela. O berreiro virou choramingo até ela dormir. Meu problema era a dor. Mas fiquei com ela no colo por um bom tempo. A dor só aumentava, mas eu quem precisava acalentá-la. Ela não aceitava ninguém além de mim. Ouvi coisas absurdas nesse período, como "é bom que agora você para de amamentar, não sei quem inventou que isso é bom", "você é doida de amamentar sua filha com esse pus no peito", "você vai amamentar mesmo com esse dreno? Faz mal" e por aí vai. Foi muito difícil. Fiquei um tempo sem dar banho na pequena porque doía, colocar pra arrotar era uma tortura, carregar nem sempre era é fácil... mas ser mãe é isso aí. Quem disse que seria fácil?! 

Apesar se ouvir muita gente me desanimando, me desencorajando, ainda amamento minha florzinha (agora com 6 meses). Escrevo para mostrar minha experiência. Escrevo para mostrar o que a falta de informação pode fazer com as pessoas. Mamães, não deixem que os seios de vocês cheguem ao ponto que o meu chegou. Os cuidados abaixo são muito importantes e nem sempre devidamente divulgados: 

- O bebê deve fazer a pega correta na hora da amamentação. Experimente posições diferentes para amamentar, para ver se o bebê pega melhor o seio. 
- Esvazie totalmente o seio após a amamentação, caso o bebê não tenha feito isso. 
- Não use sutiã meia-taça com ferrinho, não usar sutiã apertado, não dormir de bruços... evite pressão excessiva sobre as mamas para prevenir o desenvolvimento de bactérias. 
- Evite que a sua resistência fique baixa, repousando bastante (como se isso fosse possível com um recém-nascido em casa) e mantendo uma boa alimentação. 
- Após o término da mamada, é importante espremer os mamilos para retirar a saliva do bebê que ficou retida durante a sucção, pois nela estão as bactérias que porem causar mastite. Outra coisa que eu nunca tinha ouvido falar e – no meu caso – a mastite foi por bactérias e o médico disse que quase sempre vem da boca do bebê. 

E o mais importante: não se desespere. 
Não desista. 
A fase difícil vai passar!


Cintia Muniz"

quarta-feira, 16 de março de 2016

Desabafo de uma mãe azul

Há algumas semanas venho lendo coisas, ou desabafos de mães de crianças autistas no face. É incrível como meu face contém grupos e muitas pessoas desse mundo já que faço parte dele há exatos 4 anos!!! Tempinho bom, né? Enfim.....

Semana passada, quarta-feira, foi quando li o texto que mais me marcou. Fiquei pensativa por vários dias e resolvi escrever a respeito. O que venho aqui escrever é, especificamente, o que EU acredito e penso. 

Quando falo que Deus me presenteou com uma criança especial, meu guerreirinho Daniel, digo isso não por amar o autismo e sim por amar algumas características que foram "herdadas" através do autismo! Cada criança autista tem suas características certo?! Por isso coloquei o herdada entre aspas, como sendo uma brincadeira. Digo isso por que o Daniel é o que é graças ao que ele tem de especial. Complicado né?!!? Vou esclarecer.....

Uma criança dita típica, na idade do meu filho (4 anos), já fala, talvez escreva, sua coordenação motora é ótima, formula frases, sabe o brinquedo que quer, rasga o presente e entende o motivo. Sabe que presentes são dados em épocas específicas: aniversário, Natal e Páscoa. Sabe contar, sabe mostrar sua idade na mão. Quando alguém pergunta algo, sabe responder. Brinca com crianças mais novas de sua idade e até mais velhas. Sabe o nome dos animais e seus sons. Sabe subir e descer escadas e talvez saiba o que seja perigoso: tipo atravessar a rua sozinho, não falar com estranhos. Sabe se vestir, não usa fraldas. Sabe escolher sua roupa. Toma aquele banho sozinho (claro que no final os pais dão aquela conferida, mas o grosso eles fazem). Sabem o que querem. Dão birras não por pavor de alguma coisa e se for assim sabem explicar. Quando passam mal sabem falar aonde é a dor. Acreditam em Papai Noel e coelhinho da Páscoa! Nossa casa fica em festa com essas comemorações. Carnaval então, nem se fala!!! É confete, é serpentina, buzina, fantasia e espuma!!! E elas manejam tudo isso entendendo o que cada coisa significa! Elas comem, e quando não gostam não gostam! Exigem brinquedos do Mc Donald's . Sabem esperar em filas, lógico que tem algumas mais impacientes mas tudo bem! Amam assistir filmes infantis comendo pipoca e tomando coca cola! Se divertem em aniversários. Vão ao banheiro sozinhas. Tem algumas meninas que já fazem posts se maquiando, quanta evolução, caramba!!!!! Entendem tudo o que um professor fala. Entendem mesmo! Colocam o sapato sozinhas! Vários amigos, primos, tios querem passear com essas crianças!!! Elas são tão espertas ! Elas sabem ficar com raiva e brigar!!! Entendem quando alguém não gosta de seus pais  e tomam as dores, dentre várias outras coisas. Agora vou abrir a vida de meu filho pra vocês.

Daniel tem 4 anos. Daniel não sabe desenhar, nem uma bola. Não se interessa por papel, nem lápis, nem cola colorida. Brinco, TODOS OS DIAS, com um dominó que associa números e animais, mas não sabe contar e colocar as peças aonde devem ser colocadas. Eu estou ainda ensinando a ele os números, isso já tem meses. Ele não se interessa por bonecos, não sabe brincar de brincadeiras lúdicas. Não sabe a finalidade de um avião, ou de um carro. Bicicleta, nem sabe pedalar, nem de rodinha. Não sabe expressar sentimentos. Não fala, aliás, algumas palavras ele fala e aqui em casa fazemos uma festa. Não sabe me dizer quando está com dor e muito menos aonde. Sentou com 9 meses, engatinhou com 1 ano e 2 meses, andou com 1 ano e 6 meses. Suas passadas não são seguras, por isso cai as vezes. Não consegue subir escadas e nem descer sozinho. Tem várias manias "esquisitas". Lugares fechados? Odeia! Parece que lhe falta ar. Ama ir ao supermercado, mas não pra comprar e sim pra ficar observando as luzes lá no alto. A única coisa que ele gosta é do pão de queijo e do pão de sal, por que é da rotina dele. Toda vez que vai ao supermercado temos que dar seu pão de queijo ou o pão francês senão é uma gritaria doida, rs.

Quando mudo o percurso de seus atendimentos se sente incomodado, e reclama. Não consegue entender que estamos indo pro mesmo lugar, apenas fizemos outro caminho. Não sabe cores. Se mudar sua rotina, é nítido que seu humor muda. Desde meses toma remédio, então essa história de que criança não consegue tomar remédio, não existe aqui em casa. Tive que ensinar a ele que sem seu remédio ele não sobreviveria, inclusive sabe os horários e quando vou chegando perto ele já vai abrindo a boca. Não gosta de aniversários, nem de parabéns, mas se tiver cama elástica fica horas. Ama andar de carro, parece que fica pensando na morte da bezerra, rs!

Aqui em casa é uma festa a cada pequena, que para nós é uma grande conquista. Quando ele começou a andar fomos comemorar na pizzaria. Não sabe a diferença entre uma pessoa mal educada ou nervosa, de uma pessoa alta ou baixa, ruiva ou loira, chata ou legal! Pra ele todos são tata ou titia. Ele ama beijar, beija pessoa, cachorro, papagaio e cavalo. Seu olfato é aguçado, logo cheira tudo e todos. A comida se ele não gosta já sabe pelo cheiro, nem precisa ir para boca. Não sabe jogar bola, muito menos serpentina. Não se interessa por filme, seus desenhos são restritos. Não sabe se vestir, ou tomar banho. É um adorador de água. Usa fralda. Não sabe o dia do seu aniversário e não entende datas comemorativas. Sua semana é mais agitada que qualquer pessoa em época de eleição. Tem aula, tem natação, judô, equoterapia, TO, fono e terapia. Ama a batata do Mc Donald's, mas nem liga pra brinquedos. Não conversa com ninguém na rua. Não sabe distinguir calça, de bermuda, de blusa, de calçado. Enfim, poderia também passar a madrugada inteira falando, mas é isso.

O porquê escrevi tudo isso?

Eu não amo o autisto, mas sou loucamente apaixonada pela pureza de meu filho. Ele pode não saber ou entender muita coisa. Mas ele ama a todos, ele beija a todos, ele não faz distinção de nada, nem compara ninguém. Eu posso acabar de brigar com ele que passam 3 minutos ele já vem me beijar!!!! Ele pode não ser comunicativo, mas ele é amoroso, carinhoso, meigo, singelo. Ele dá a mão a qualquer um. Ele beija qualquer animal. Eu amo e me admiro pelo o que ele é. Ele, com certeza, me fez ver o mundo de outra forma.

Eu e meu filho temos batalhas diárias! A minha vida não é um mar de rosas. Quando escrevo aqui de viagens, carnavais, que tudo ocorreu bem, estou falando a verdade. Mas nada é simples. Sempre tem as crises. A vida de Daniel é tipo assim: 1 passo pra frente, alguns pra trás, as vezes fica na mesmice e por ai vai!!!! Me fortaleço nos grupos que tenho, nas amizades que adquiri nessa caminhada e na doçura de meu filho.

Quando li o relato de uma mãe que disse que odiava ser mãe azul, consequentemente, o autismo, e pedia que respeitassem a decisão dela, fiquei muito sentida. Acredito que ninguém ame o autismo, que não seja fácil os olhares de estranhos quando seu filho faz algo diferente do normal. Que não seja fácil criar uma criança atípica. Mas acredito também que todos, digo TODOS tem a estranha mania de ter fé na vida! Todos são puros e vieram a esse mundo pra ensinar algo. Nada é 100 por cento ruim ou bom.

Então por isso resolvi escrever isso tudo. Para que pessoas que tem filhos especiais que passassem a olhar de outra forma seus filhos. Que familiares entendessem mais o que passamos, que dessem força para nossas lutas. Para que todos queiram aprender algo com nossos filhos. Que a paciência e o interesse de qualquer pessoas exista, quando se trata de pessoas especiais. Não acredito que devemos obrigar nossos filhos a conviver com esse mundo! Acredito que o mundo deles seja mais limpo, mais humano, mais amoroso. Vamos repensar
.
Um enorme beijo a todos, reflitam e fiquem com Deus!!!!
Beijo e até!

Déborah Gouvêa


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Férias X Rotina

Em relação às férias ... Conversando com outros pais em relação as férias e o que elas causam em nossos filhos, cheguei a uma conclusão unânime (risos)!!! Para crianças autistas a rotina é muito importante, então quando ocorre essa quebra, eles ficam bem agitados, alguns voltam ou adquirem novos movimentos repetitivos, estereotipias.

No caso do Daniel ele entrou de férias em dezembro e só volta as aulas em início de março. Teve recesso de suas terapias em dezembro também, então sua rotina foi "destruída" (risos) !Percebi que ele ficou muito mais agitado, nervoso e com novas estereotipias. Fiquei desorientada e sem saber como lidar com essa situação. Foi quando comecei a conversar com outros pais que estavam na mesma situação. Percebi também que não era somente em relação aos nossos filhos especiais, mas também a qualquer criança. Percebi nesse instante que precisava fazer algo. Pra piorar aqui em Brasília o clima esta péssimo. Muita chuva, vento e consequentemente frio. Daniel não gosta de shopping (a não ser para comprar sua famosa batata "tata", como ele mesmo diz) . Não dá para levá-lo ao zoológico, nem a um parque. Ele não gosta de lugares fechados e cheios, então cinema também não é uma boa. Inclusive na quarta-feira dia 20, teve a primeira sessão de cinema para crianças autistas e ele detestou, infelizmente. Gosta de passear de carro, mas o preço da gasolina não está de acordo com seus passeios (risos)!!! Gosta de ficar em casa assistindo seus desenhos favoritos, mas chega uma hora que também cansa. Não tem brinquedo que o distraia por mais de 15 minutos e comida que ele ama, também não existe pra 10 horas por dia.


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Mamãe Especial: O diagnóstico de Daniel


Primeiramente queria pedir desculpas por não ter feiro meu ultimo post. Estava com problemas de saúde! E em segundo lugar sei que é atrasado, mas é de coração: meu feliz 2016 a todos. Espero que seja um ano prospero e cheio de realizações!!!!

Gostaria de ter escrito coisas natalinas e dicas para passar suas férias com seus filhos, principalmente os especiais, mas ainda tenho que finalizar minha trajetória até aqui com meu filho, com minhas emoções e sentimentos, contar quem é o Daniel, como criança especial! Por isso vou tentar ser bem rápida, pois quero começar a dar dicas, a falar do nosso cotidiano, dos dias super felizes e outros nem tanto.

Daniel nasceu com a mão fechada, com 6 dedos no pé, e por conta disso, e do atraso, consegui o tratamento pelo Hospital Sarah. Eles fizeram todos os exames possíveis e impossíveis no Daniel e não acharam a causa desse problema em suas mãos. Hoje em dia ele consegue fazer tudo, mas sua mão não se abre completamente. Daniel também teve sua primeira convulsão nos braços de sua psicóloga, na época, no Sarah e eles me deram um encaminhamento  para um neuropediatra. Desde então toma remédio anti convulsivo (desde 1 ano e 03 meses). Me separei nessa mesma época e o tempo não parou nem me privou de nada, nem a meu filho.

Daniel nessa época foi afastado do que mais gostava no Sarah, que era a natação e começaram os incansáveis eletroencefalogramas, foram mais de 10. Pra quem não conhece vai ai um resuminho: é um exame que a criança, as vezes pode fazer acordada, mas na maioria ela tem que estar dormindo. Colocam uns fios na cabeça, mais de 20, com umas coisinhas gelatinosas pra pegar as ondas cerebrais da criança. Na época nenhum resultou em nada, inclusive fiz 2 em outras clínicas, mas nada. Ano passado (2015) fiz o último e resultou em epilepsia. Eu fiquei mais aliviada, porque é horrível você não saber o que seu filho tem. Graças a Deus a epilepsia do Daniel consegue se controlada por remédio.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Aprendendo a Conviver com as "Bombinhas"


Você passou grande parte da infância em serviços de saúde, tomando sopa de letrinhas, entre uma internação e outra, sendo extremamente agasalhada(o) pelos pais, perdendo algumas brincadeiras agitadas com os amiguinhos e colecionando fotos que hoje estão guardadas em algum álbum que, quando seus pais mostram para as visitas, você tem o "orgulho" de dizer: "Quando esta foto foi tirada eu estava doente", "Ah! Nesta aqui também"?

E então você disse para si mesma(o) que quando você tivesse um filho ele jamais teria problemas respiratórios? Que na sua casa (dos seus pais) deveria ter alguma poeirinha que acabava por favorecer o desencadear das suas crises e, ao contrário dos irresponsáveis dos seus pais, você tomaria todos os cuidados possíveis para que seu filho (na sua casa) jamais tivesse qualquer problema respiratório? 

Então, seu filho nasceu?!
E poucos meses depois lá está ele, como você quando criança?

E você faz aquela perguntinha: ondei eu errei? Tudo no quarto é antialérgico. Todos os dias tem aquela limpeza básica para não acumular poeira. Não existem bichos de pelúcia ou manta de pelo. Eu agasalhei o suficiente. Não deixei tomar friagem... 

Então você perdoa seus pais porque eles não eram os irresponsáveis que você julgava que seriam. Possivelmente, eles também seguiram a "receita de bolo" para que você não ficasse doentinha(o) e, consequentemente, resistiram bravamente às noites de "crise" ao seu lado.

Estamos no mesmo time!

Quando meu filho teve suas primeiras crises de asma, eu recorri a tudo que as pessoas indicaram, tudo mesmo!!! Para minha surpresa, algumas coisas pareciam "agravar" o estado de saúde do meu filho.

Com o tempo, descobri que nada funcionava melhor que os medicamentos inalados, especialmente, os inalados por spray. Sim! As famosas "bombinhas", das quais as pessoas têm preconceito, viraram nosso "livro de cabeceira".


Passei por uma verdadeira quebra de tabus, muito mais dos outros do que minha. A "bombinha" nada mais é do que uma forma de inalar um medicamento. Se ele não for inalado, ele terá que ser "consumido" de outra forma. 

Segundo a Associação Brasileira de Asmáticos - São Paulo, o grande objetivo no tratamento da asma é atingir a melhor qualidade de vida e a melhor função pulmonar possível, utilizando a menor dose de medicamentos, com a menor chance de efeitos colaterais. E acredite, se fizer as "contas", doses de comprimidos e xaropes podem ser beemmmm maiores que as doses ao utilizar spray. 

É possível conviver bem com as bombinhas? Claro!

Com o tempo, você acostuma com os comentários que preferia não ouvir das pessoas. Afinal, é muito fácil falar e apontar, mas difícil mesmo é conhecer a rotina diária, é saber o quanto seus pais foram guerreiros nas noites sem dormir ao seu lado e saber o quanto você também é, por não conseguir dormir em tempos de crise, quando confere 30 vezes por noite se seu filho está respirando.

Se seu filho não adoece, que ótimo! Entenda, porém, que algumas crianças vão adoecer nos primeiros anos de vida e, não necessariamente, é culpa dos pais. Entenda, também, que meu filho não é um "coitadinho" ou menos incapaz por causa da asma. Faz tudo que qualquer criança faz e aproveita a vida do seu modo. 

Para conviver melhor com a ideia das bombinhas fazerem parte da vida, aqui vão algumas dicas que funcionaram na minha casa:
  • tenha, além do seu pediatra de confiança, um pneumologista pediatra; 
  • crie uma rotina (meu filho faz uso todos os dias de noite, antes de dormir); 
  • carregue a medicação para onde for (viajar/passear); 
  • relate na escola o caso clínico do seu filho e explique se precisar usar algum medicamento (deixe sempre anotado na agenda e encaminhe todas as recomendações médicas também); 
  • faça uso dos soros nasais; 
  • use, no quarto do seu filho, umidificador frio no verão e umidificador quente no inverno; 
  • inclua seu filho em atividades que favoreçam o sistema respiratório (coloquei meu filho na natação, como já compartilhei com vocês aqui); 
  • ter um estetoscópio e saber auscultar ajuda muito (já descobri muitos sibilos que alertaram para a intensificação dos cuidados, visando prevenir uma crise maior); 
  • nem todas as crises podem ser controladas. Eventualmente você estará no pronto atendimento; 
  • se seu filho estiver em crise e você não conseguir dormir, por causa da preocupação se ele está respirando bem, é melhor que você durma no mesmo quarto que ele (traz mais segurança); 
  • não fique se culpando e não dê ouvidos aos comentários maldosos; 
  • siga o tratamento com o maior compromisso possível, tenha disciplina. 
Meu filho já teve muitas crises, mas, depois que adotei racionalmente o uso do spray, a frequência de crises por ano despencou. 

E ele? Ele já acostumou com o uso das bombinhas. Para ele é normal. O fator positivo foi que favoreceu o ensino da contagem (1 respiração, 2 respirações, 3 respirações...).

À medida que ele está crescendo, ele está melhorando. E temos reduzido, gradativamente, o uso da bombinha. 

Claro, acredito eu, que um dia ele deixará de usar, mas, enquanto precisamos, aprendemos a conviver. 

Saúde aos pequenos!


Fernanda Garrides

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

terça-feira, 23 de junho de 2015

"Etiqueta" da corrida de rua

Como todos sabem, eu sou uma apaixonada pela corrida. 
Ai você me pergunta: "Este é um blog para mamães, la vem a maníaca da corrida fugir do assunto"! Nããão... não estou fugindo do assunto... só trocando as ordem um pouquinho! Ainda farei um post contando a vocês como a corrida me fez voltar ao meu peso apos a gravidez, me relaxa e me deixa muito mais disposta a enfrentar a minha rotina SUPER pesada.

                                Corrida de Rua

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Enjoo: O Monstro da Gravidez - Parte 1


Oi mãezinhas!

A primeira coisa que eu gostaria de fazer hoje é agradecer a todas as mamães que participaram da pesquisa de emergência que lancei lá no nosso facebook. Muuuuuuito obrigada!!! Vocês me ajudaram muito a escrever o texto de hoje, e quase morri de rir de alguns comentários! É rir pra não chorar, né gente, porque o enjoo na gravidez é desesperador!!! 




A ideia principal do post de hoje não é fazer uma lista do que a grávida deve ou não fazer, do que deve ou não deve comer para evitar os enjoos. Se você, que está lendo este texto, está tendo ou já teve enjoos na gravidez, certamente já revirou o Dr. Google procurando qualquer dica milagrosa que pudesse fazer você comer qualquer coisa sem virar uma máquina de vômito em poucos segundos. Infelizmente, lindinhas, não existe NENHUMA regra para o enjoo que nos acomete nesses primeiros meses. O que eu mais quero hoje é aquietar o coraçãozinho de quem sofre com esse sintoma e que sente que nada vai adiantar para melhorar o quadro. É dar aquele colinho que nenhuma pesquisa do Google conseguiu dar às mamães até agora (e que é tão necessário nesse momento tão sensível). O que eu quero é promover uma troca de experiências, sem impor regras a algo que é absolutamente individual e variável, e assim fazer com que cada futura mamãe, cansada dessa náusea, possa testar e descobrir o que funciona ou não com ela.

Para começar, meninas, é importante saber que quem tem enjoo na gravidez não está sozinha: cerca de 85% das grávidas sofre com esse problema nos primeiros meses de gestação! Quem, portanto, não teve nada de enjoo, pode colocar o joelhinho no chão e agradecer infinitamente por fazer parte dos 15% de mamães (muito mais que sortudas) que puderam curtir os primeiros meses de pança sem passar a maior parte do tempo no banheiro. É importante lembrar, no entanto, que isso não varia de mulher para mulher, mas de gravidez para gravidez. Uma mesma mulher pode ter uma gravidez maravilhosa sem nenhum sintoma e outra gravidez típica, com muito sono, seios doloridos e inchados, desejos inexplicáveis, inchaço nos pés e, porque não, um enjoo daqueeeeeles.

Para conseguir aceitar e conviver com o enjoo da gravidez (que é muito diferente e mais forte do que qualquer indisposição que alguém pode ter ao longo da vida) é preciso saber por que ele é desencadeado. Conhecer seu corpo é o primeiro passo para procurar alternativas que melhorem seu estado. O enjoo típico do primeiro trimestre de gestação é gerado principalmente pelo olfato mais apurado e pela maior acidez no estômago.

O olfato mais apurado faz com que a gestante sinta com muito mais intensidade aqueles cheiros que normalmente são comuns para ela. De repente ela toma nojo do cheiro de tempero refogado, de sardinha, de café ou até do cheiro que a grama exala quando é cortada (beijos grama da UFMG). De repente você não consegue mais usar desodorante perfumado e toma ódio do perfume que usa há anos, ou pior, não suporta mais o cheiro do seu parceiro! Essa reação é muito comum! Mas o que dá pra fazer é o seguinte:

· Passe longe dos lugares que tenham cheiros fortes e que você julgue desagradáveis (eu parei de ir para a sala de lanche no trabalho e passei a usar outra entrada da faculdade para evitar o cheiro do café, que era quase o meu “botão de vômito”);

· O lado bom é que, se por um lado você passa a odiar certos aromas, outros ficam incrivelmente bons! Se descobrir algum cheirinho que diminua seu enjôo, vá fundo (eu andava com um limão na bolsa e ficava cheirando a casca)!

Já em relação à maior sensibilidade estomacal... não sei se há regra. Meu médico dizia para evitar alimentos que aumentassem a acidez do estômago, o que faz sentido, já que a azia também gera náuseas. O que aconteceu comigo, no entanto, é que muitos desses alimentos me faziam bem! O que eu acho que vale, então, é respeitar seu instinto: sentiu que aquele alimento vai te fazer bem? Coma! Pode ser uma fruta ou um hambúrguer. O seu corpo é que vai dizer o que vai ou não fazer bem a ele. Coma o que você puder. É mais comum que alimentos leves ataquem menos seu estômago, mas conheci uma grávida que só melhorava com Coca-Cola! Não exagere nos alimentos ricos em gorduras e açúcares, mas não passe fome (e nem vontade)! 

Além das causas geradas pelas alterações no nosso organismo, muita gente espalha informações controversas por aí. Enjoo demais é sinal de menino, é sinal de que tem mais de um bebê, é sinal de que a gravidez não vai bem. Não se guie por isso. Pode ser que você esteja grávida de menina, que não seja uma gravidez múltipla, que sua gravidez vá muito bem, obrigada. O que vale, na verdade, é escutar seu corpo e, se sentir que os enjoos estão muito violentos, procurar seu médico. Ele e somente ele vai poder indicar o tratamento mais adequado, de um repouso a um medicamento. Existem síndromes relacionadas à gravidez, como a hiperêmese gravídica (sofrida pela linda Kate Middleton nas duas gestações) que precisam ser tratadas para não gerar desidratação ou anemia.

Fica aqui a MINHA experiência:

Tive enjoos a partir da sexta semana de gestação (uma semana depois da descoberta). Meus enjoos eram mais intensos durante o dia, só à noite é que conseguia comer melhor. Não suportava cheiro de café e de terra molhada. Já tive que pegar 4 ônibus para chegar à faculdade (tinha que descer no meio do caminho para vomitar). Chorava todo santo dia quando acordava, que era o momento mais intenso dos enjôos (o enjoo matinal é o mais comum pelo fato de o estômago estar vazio, então fica a dica de comer de 3 em 3 horas e comer bem antes de dormir). Cheguei a ficar com o rosto cheio de veias estouradas por conta dos acessos de vômito. Perdi 3 quilos no primeiro mês (e recuperei tudo e mais um pouco no quarto mês). Gostava (e passava bem) com os alimentos mais aleatórios: banana, hambúrguer, limonada gelada e macarrão do Bolão (o rei do espaguete).


De tudo o que eu queria dizer, o mais importante é: não se desesperem, mãezinhas. Essa condição é dura, cansa a gente, mas passa. Depois da 14ª semana é raro ter enjoo. E a partir daí vocês vão conseguir curtir a barriga linda, o bebezinho que vai chegar e todo o mimo que a gente ganha quando está grávida. Vocês vão ver: em pouco tempo estarão morrendo de rir dessa situação (que seria cômica se não fosse trágica). O que resta a fazer, na maior parte das vezes, é esperar (verbo de comando de qualquer gestante). Se precisarem desabafar, contem comigo. Meu e-mail, como sempre, é o giulia.lage@gmail.com

A pesquisa continua: O que comiam? O que não suportavam? Você pode responder a essas perguntas lá na nossa página do Facebook ou aqui mesmo, nos comentários. Quem quiser contar sua experiência com os enjoos também pode deixar seu depoimento aqui ou mandar um e-mail pra gente pelo contato@mamaesortuda.com . Lembrem-se que são vocês também as autoras desse blog!

Um Beijinho,
G.


Giulia Lage

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Check list: bolsa de passeio do bebê

Sou aquele tipo de pessoa esqueciiiiida, que sai de casa e percebe que esqueceu o bico quando está na metade do passeio, ou quando vem aquele frio inesperado e percebe que não tem manta ou blusa  de frio dentro da bolsa. Minha mãe sempre me fala: "Você tem que fazer uma lista dos itens que deve carregar, minha filha!". Seguindo sugestões da vovó da Nina, fiz uma lista de itens essenciais! Se você é esquecida, assim como eu, imprima logo essa lista e a deixe na cômoda, grudada na parede ou dentro da bolsa para conferir toda vez que for sair!

terça-feira, 3 de março de 2015

Conchinhas de amamentação ou seria "Conchinhas da Salvação"?


Esses dias me sentei confortavelmente em minha cadeira de amamentar e minha mãe ficou ao meu lado enquanto eu me preparava para tal tarefa. Ao colocar minhas conchinhas de amamentação, me veio a cabeça a pergunta: "Mãe, como vocês faziam antigamente para amamentar sem que o outro peito molhasse toda a roupa?"